Após vitória de virada sobre o Bahia, interino avisa: ‘O Santos está vivo’
Marcelo Fernandes aproveitou a entrevista coletiva para explicar as mudanças feitas no Santos e elogiar a equipe

Responsável por montar o Santos que venceu o Bahia, de virada, por 2 a 1, na noite desta segunda-feira (18), em Salvador, o técnico interino do Peixe, Marcelo Fernandes, garante que a equipe está viva no Campeonato Brasileiro. Em entrevista coletiva após a conquista dos três pontos, ele elogiou a entrega e a força mental dos seus atletas, que não se abalaram quando os donos da casa abriram o placar na segunda etapa.
A vitória do Santos foi confirmada com mais um gol de Julio César Furch nos acréscimos do segundo tempo, em cenário semelhante ao emocionante triunfo sobre o Grêmio, na Vila Belmiro, no mês passado.
– Depois do jogo contra o Cruzeiro, praticamente todo mundo já tinha jogado a toalha. Agora a gente mostra que o Santos está vivo. O Santos é uma equipe guerreira, gigante. A molecada aí dentro merece muito. Principalmente a nossa torcida, que nunca nos abandonou, sempre esteve do nosso lado. Dedico essa vitória a eles. Sempre estiveram do nosso lado, estão firmes no propósito de tirar o Santos dessa situação e a gente vai lutar até o fim. Pode ter certeza – disse Fernandes em Salvador.
Fernandes explica as mudanças no Santos
Para levar o Santos à vitória, o interino do Peixe promoveu uma série de mudanças na equipe. Mudou a formação do time, improvisou Dodô numa linha de três zagueiros e apostou no jovem Kevyson para atuar como ala. Ao fim do jogo, Fernandes explicou tudo que pensou com essas mexidas.
– O nosso começo de jogo, até 20 minutos do primeiro tempo, foi excelente. Perdemos, no mínimo, umas três chances claras de gol para mandar no placar. A partir dos 25 minutos a equipe do Bahia começou a se soltar mais. A ideia dos três zagueiros, eu conversei com o Dodô. Até pela experiência dele e de ele ter o domínio total da ala esquerda, achei que seria muito difícil para ele fazer o corredor, porque o Bahia seria intenso por ali com o Gilberto que é muito rápido. O Kevyson é um menino que vem treinando bem, é da base. Tem uma força muito grande. Ali no corredor seria muito importante porque está com ritmo de jogo. E o Braga do outro lado também. Por mais que o Braga goste de fazer a esquerda – disse o interino.
– Foi uma estratégia porque eu queria deixar o Jean Lucas, o Rincón e o Lucas Lima por dentro, sem sair. Em muitos jogos o Lucas Lima estava indo na ponta direita, o Jean na esquerda. Não! Eu queria eles centralizados porque o jogo do Rogério no Bahia é articular pelo meio e mandar a bola na ponta para cruzar. Nesse esquema a gente soube segurar, principalmente, as bolas na área. Nossa defesa esteve muito bem. Não foi 100%. Lógico que tem coisas para corrigir. Mas a equipe não caiu na pressão do Bahia em nenhum minuto. Jogou de igual para igual. Estávamos armados para o contra-ataque como tivemos vários para decidir o jogo. Com o Soteldo, com o Lucas Lima, com o próprio Marcos Leonardo. A estratégia foi montada, eles entenderam o que pretendíamos pelo estudo em cima do Bahia. A vitória foi o mais importante nisso tudo. Lógico que erros vão acontecer, mas vejo muitas virtudes no nosso time hoje. Muitas mesmo. Principalmente, a mental. Foi fundamental porque tomamos um gol e soubemos ir atrás do placar – acrescentou Fernandes.
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Interino quer o Santos finalizando as jogadas
Ainda sem saber como ficará a sua situação no clube, uma vez que a diretoria segue em busca de um treinador para substituir o demitido Diego Aguirre, o interino quer que o Santos seja mais objetivo na conclusão das jogadas. Segundo, ele, isso já vinha sendo trabalhado até mesmo ao lado de Aguirre.
– Já vínhamos trabalhando isso. Até com o professor Aguirre. Temos que ter essa consciência. Principalmente o Jean Lucas, o Lucas Lima por dentro do campo. Eles têm que construir o jogo. Jogar em dois ou três toques no máximo e finalizar a jogada. O Marcos Leonardo teve uma jogada no segundo tempo por dentro que, se ele chuta de bico, de repente faz o gol. Pedimos para finalizar a jogada. Trabalhamos isso bastante. Pedi para eles finalizarem. Se for gol, a gente comemora. Se for fora, nós nos postamos e arrumamos a marcação. É mérito deles. Eles entenderam. A vitória tem uma representatividade muito grande – concluiu.