Gre-Nal: Renato releva momento ruim do Internacional e despista sobre estratégia do Grêmio
Em entrevista coletiva antes do Gre-Nal pelo Campeonato Brasileiro, Renato relevou momento ruim do Internacional, que foi eliminado da Libertadores, e despistou sobre estratégia do Grêmio para o clássico
O próximo domingo (8) reserva mais um Gre-Nal na vida de Renato Portaluppi. Com ótimo retrospecto no clássico, o treinador comandará o Grêmio no Beira-Rio diante de um rival abalado pela eliminação na semifinal da Libertadores, na última quarta-feira (4), para o Fluminense.
Instabilidade do Internacional
Mas Renato não se importa muito com a situação do Inter. E não acredita que isso influenciará de maneira significativa. Ao menos, foi o que passou em entrevista coletiva nesta sexta-feira (6), na antevéspera da partida válida pela 26ª rodada do Campeonato Brasileiro.
— Instabilidade, não sei se existe ou não. Está no lado do rival. A gente sempre respeitou, vai continuar respeitando. Aconteceu o insucesso deles durante a semana. Já passei por isso também, no próprio Grêmio aqui, na semifinal contra o River [em 2018]. Faz parte, futebol é assim mesmo. Mas não estamos preocupados com nosso rival. Estamos preocupados em corrigir nossos erros durante a semana, fazer todos tipos de treinamentos que achamos necessários — comentou Renato.
O treinador rechaçou qualquer tipo de favoritismo do Grêmio. Ainda que, além da eliminação na competição continental, o Inter esteja na parte de baixo da tabela do Campeonato Brasileiro, na 14ª colocação, a apenas três pontos da zona de rebaixamento.
— Não é favorito. Se tratando de Gre-Nal, não. Independente da posição, vocês sabem muito bem aqui na aldeia, que é um Gre-Nal. Um pode estar lá em cima, um pode estar lá embaixo. Alguém pode pensar: ‘eles foram desclassificados da Libertadores'. Mas eles podem pensar: ‘é a grande oportunidade para recuperar a confiança do torcedor, a gente ganhar Gre-Nal'. Até porque eles se encontram em uma situação, digamos assim, um pouco delicada — avaliou Renato.
Despiste sobre estratégia do Grêmio
O treinador gremista reencontrará Eduardo Coudet, sobre quem levou grande superioridade nos clássicos em 2020: foram quatro vitórias tricolores, e dois empates. Renato relevou esse retrospecto, ao mesmo tempo em que não abriu muito o jogo sobre a estratégia que será utilizada contra o time do argentino.
— Não sei. Esse ano reinventamos o Grêmio algumas vezes. Pode ser que isso aconteça no próximo domingo. Independente do treinador que está do outro lado, ele vai procurar trabalhar para que eles tenham sucesso também. Independente do que aconteceu no passado, dele nunca ter vencido Gre-Nal, é do futebol, sempre tem uma primeira vez — ponderou.
Instigado pela reportagem da Trivela sobre a possibilidade de adotar postura mais cautelosa, como aconteceu em um dos Gre-Nais de três anos atrás, no Beira-Rio, pela Libertadores, Renato citou o duelo recente entre outras duas equipes pela competição continental: Palmeiras e Boca Juniors.
— Tudo pode acontecer. A gente teve a semana para treinar, tem nossas opções. Eu vejo todos os jogos, ontem mesmo o Boca passou jogando dessa forma. Baixou o bloco, sendo que eles jogam para dentro do adversário também, e passou pelo Palmeiras. São estratégias dos treinadores. Eu penso dessa forma. Independente do que está acontecendo, você pode mudar ofensivamente, defensivamente. Depende do que está acontecendo na partida, do que teu adversário está te propondo — despistou.
Pressão sobre o líder Botafogo
A vitória no clássico é fundamental se o Grêmio quiser seguir na luta pelo título do Campeonato Brasileiro. Atualmente, o Tricolor está a oito pontos do líder Botafogo, que vive má fase e está há quatro jogos sem ganhar na competição. Renato voltou a frisar que essas derrapadas podem desestabilizar o Fogão, à medida que enxerga os concorrentes se aproximarem.
— O Campeonato Brasileiro é longo, difícil. Dificilmente uma equipe dispara e vai até o final do campeonato. Sempre tem tropeços. O problema do Botafogo é que outras equipes entrem na briga. É o caso do Flamengo, do Palmeiras. São mais adversários que o Botafogo terá pela frente. Troca de treinador é problemas deles. Tem muita coisa pela frente. No momento você joga com essa gordura toda, você olha no retrovisor, vê um adversário ou outro muito distante, te dá tranquilidade, a bola não queima no pé, você erra e a torcida te aplaude. Outra coisa é olhar no retrovisor, ver uma galera chegando. Aí começa a dar desespero — ponderou.