Expulso pela 2ª vez em quatro jogos, Marlon diz esperar punição do Cruzeiro
Marlon foi expulso enquanto Bahia e Cruzeiro empatavam; sem ele time celeste sofreu três gols e foi goleado

O Cruzeiro foi goleado pelo Bahia, neste domingo (23), em partida válida pela 11ª rodada do Campeonato Brasileiro, na Arena Fonte Nova. A Raposa até saiu na frente, com Gabriel Veron, mas sofreu a virada, após expulsão de Marlon, com gols de Thaciano, Estupiñán (duas vezes) e Biel. No final, 4 a 1 para o Tricolor de Aço.
Apesar de o Bahia ter sido melhor em grande parte do jogo, ainda que o Cruzeiro tenha criado algumas boas chances, a expulsão do lateral-esquerdo Marlon, aos 24 minutos do primeiro tempo, teve grande peso no resultado.
Marlon foi expulso ao chegar de sola em dividida com o lateral-direito Gilberto, recebendo o cartão vermelho após revisão do VAR, que enxergou o contato na hora da dividida.
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Quando o camisa 3 saiu do jogo, o Cruzeiro empatava por 1 a 1. Depois disso, Rogério Ceni fez substituições ofensivas, sacando Thaciano e Gilberto, para as entradas de Estupiñán e Ademir, e conseguiu transformar o jogo em uma goleada.
Mesmo com 11 contra 11, o Bahia já jogava melhor que a Raposa, o que se evidenciou com a diferença numérica.
O Cruzeiro não mais conseguiu atacar com qualidade, enquanto o Bahia passou a pressionar muito e conseguir superioridade numérica em diversas situações, o que resultou nos gols feitos, todos eles com participação de Everton Ribeiro, Estupiñán, Ademir e Biel, todos tendo entrado na segunda etapa.
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Seabra indica cobranças a Marlon
Na entrevista coletiva pós-jogo, o treinador Fernando Seabra indicou que Marlon será cobrado pela segunda expulsão em quatro jogos.
O camisa 3 já havia sido expulso no primeiro tempo no jogo contra o São Paulo, no dia 2 de junho, quando o time perdia por 1 a 0.
Na ocasião, o Cruzeiro vinha bem no jogo e teve sua reação freada. A Raposa ainda viria a tomar o segundo gol numa etapa final onde não teve como atacar.
— A gente tem que orientar, cobrar, conscientizar. Com certeza é excesso de vontade. O Marlon é um jogador leal, não é um jogador desleal. Precisamos achar esse equilíbrio na competitividade, porque isso não pode acontecer, acaba prejudicando o time e a ele também.
É uma pessoa fácil de lidar, que recebe bem as orientações, as cobranças e incentivos, então essa gestão, nesse trato direto com ele, é muito simples e não traz nenhum stress. O desafio é ele conseguir modular isso e ter as decisões corretas nesse tipo de circunstância, para evitar uma expulsão novamente — afirmou Seabra.
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Veja as explicações de Seabra após a goleada sofrida pelo Cruzeiro para o Bahia.
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Marlon
Marlon falou com a imprensa na saída para a zona mista, lamentou mais uma expulsão e destacou que não é um jogador violento. Que se tratou de um lance infeliz.
— Eu não sou um jogador maldoso. Joguei o Campeonato Brasileiro todo no ano passado e tomei só seis amarelos, não fui expulso. O Gilberto é meu colega, fora do futebol e de profissão, ele mesmo não disse para o árbitro que não foi por querer. Ele chegou antes na bola, eu fui e parei para me proteger, eu tento recolher a perna, mas a perna dele pega — se justificou o camisa 3.

Marlon destacou que é um momento difícil, que sabe que será “jogado na cova dos leões”, mas que tem uma “batalha mental contra isso”.
— Eu não fui expulso contra o São Paulo por querer e nem muito menos hoje. Contra o São Paulo eu dei uma entrada dura e reconheci publicamente que era para expulsão — argumentou, afirmando que não discorda da decisão do árbitro no jogo de hoje.
O lateral-esquerdo afirmou ter a ciência de que o Cruzeiro o pode punir, financeiramente, ou deixando-o fora de alguns jogos, e afirmou torcer para não pegar mais que um jogo de suspensão.
— Provavelmente o clube deve tomar algum tipo de atitude, seja me multar financeiramente ou me deixar fora de alguns jogos. Espero não pegar mais de um jogo por isso porque eu não tenho esse perfil de atleta maldoso. Eu sei do meu trabalho, do meu profissionalismo, então eu tenho o “casca” o suficiente para lidar com as críticas — finalizou Marlon.