Brasileirão Série A

Corinthians respira com vitória contra o Cuiabá, mas está longe de poder relaxar

Corinthians tem mais cinco partidas antes da Data Fifa e adversários são complicados, podendo se complicar na briga contra o rebaixamento

O jejum de vitórias do Corinthians chegou ao fim. Depois de três empates seguidos, o Timão venceu o Cuiabá por 1 a 0, na Arena Pantanal, na noite desta quarta-feira (26). O resultado colocou fim aos meses sem conseguir um placar favorável fora de casa. Mas além da quebra tabus, o placar é um alívio para a equipe que vinha pressionada diante dos maus resultados que a colocava em situação complicada na tabela do Campeonato Brasileiro.

A partida da 28ª rodada do Brasileirão, diante do América-MG, na Neo Química Arena, foi a pior do Corinthians no ano. O time parecia desesperado, ansioso e mesmo diante do seu torcedor, não conseguiu apresentar um bom futebol. Foi pressionado e saiu atrás do placar, conseguindo o empate no apagar das luzes, com um gol do Giuliano, que ajudou o alvinegro com apenas um ponto, deixando o Timão há três pontos do Z4. Agora, com a vitória, o time chega ao 13º lugar na tabela, somando 36 pontos, seis a mais que o primeiro na zona de rebaixamento, o Vasco.

Para o treinador alvinegro Mano Menezes, a vitória também ajuda na recuperação da confiança do elenco:

— A vitória é importante para nós confiarmos na capacidade que temos de voltar a crescer, isso é maravilhoso, não é algo de empolgação, é confiança nessa hora para a equipe voltar a entregar um futebol constante, competitivo e sólido, como sempre foi a característica do Corinthians — disse o treinador.

Apesar de respiro e da “descompressão”, ainda não há motivos para o Corinthians relaxar

Apesar dos pontos conquistados aliviarem um pouco da pressão, e de acalmarem em partes o torcedor corintiano, que nos últimos dias ficou somando pontos, contando a partida com o Cuiabá como um empate, ainda não há motivos suficientes para o Corinthians relaxar, já que faltam nove rodadas para o fim do Campeonato Brasileiro, cinco delas antes da última Data Fifa da temporada.

Nenhuma destas partidas são com adversários “fáceis”, muito pelo contrário. Nos jogos válidos pelo primeiro turno da competição, o Corinthians venceu duas (Santos e Atlético-MG), perdeu duas (Athletico-PR e Bragantino) e empatou com o Grêmio, resultados que comprovam que o time não pode relaxar depois da conquista em Cuiabá. Para o treinador corintiano, um início da reação que ele busca desde que chegou:

— Eu tenho uma tese que defendo sempre, a gente passa um tempo com alguma dificuldade, a gente logo se preocupa em querer ganhar. Eu acho que primeiro tem que estancar as derrotas, e estancamos, paramos, solidificamos um pouquinho e vamos ganhando confiança. A vitória é importante para nós confiarmos na capacidade que temos de voltar a crescer, isso é maravilhoso.

Corinthians agora enfrenta um Santos abalado, mas que pode causar problemas 

O Corinthians tem pela frente o último clássico da temporada, na Neo Química Arena, no domingo (29), o Timão vai encarar o Santos na busca de dar uma sequência nas vitórias. Um ponto que talvez possa ser a favor do elenco alvinegro é a situação do alvinegro praiano, que vive momentos complicados na competição nacional, hoje no 18º lugar da tabela.

Já na zona de rebaixamento, o time precisa buscar as vitórias para tentar se livrar da possibilidade de disputar a Série B, e essa necessidade de reação pode causar problemas ao Corinthians, já que a característica do santista é mais ofensiva do que a do Timão, e é pensando nisso que Mano Menezes deve trabalhar:

— O histórico e a tradição não permite ao Santos jogar para se defender e nunca foi essa a característica do Santos. O DNA do Santos é exatamente o contrário. Sempre foi uma equipe ofensiva, eu não acredito que o Santos vai no nosso estádio para se defender. Eu acho que o Santos vai jogar porque sempre jogou e acredito num grande jogo entre as duas equipes mais uma vez.

Foto de Jade Gimenez

Jade GimenezSetorista

Jornalista, fascinada por esporte desde a infância e transformou a paixão em profissão. Além do futebol, se mantem por dentro de outras modalidades desde Fórmula 1 até NFL. Trabalhou como repórter em TV e rádio cobrindo partidas de futebol, futsal e basquete.
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