Brasileirão Série A

Mesmo com Botafogo pressionado, Artur Jorge defende escolhas e Textor mantém tom provocativo

Após perder a liderança do Brasileiro, Artur Jorge defendeu Tchê Tchê e criticou vaias da torcida do Botafogo

O Botafogo chegou na semana mais decisiva da sua história no momento mais irregular da temporada sob o comando de Artur Jorge. Com o empate por 1 a 1 com o Vitória, neste sábado, no Nilton Santos, o Glorioso perdeu a liderança do Campeonato Brasileiro e vai chegar pressionado para o confronto direto com o Palmeiras, novo líder, na próxima terça-feira (26), no Allianz Parque, e para a decisão da Copa Libertadores, no sábado (30), contra o Atlético-MG.

Além de fazer o Botafogo perder a liderança, os três empates seguidos pelo Campeonato Brasileiro também fizeram parte da torcida do Botafogo começar a questionar algumas escolhas do técnico Artur Jorge nesta reta final da temporada.

Neste sábado, Artur Jorge escalou o Tchê Tchê no time titular no lugar de Marlon Freitas, que não estava 100% fisicamente. O camisa 6, um dos jogadores marcados pela derrocada do Botafogo em 2023, teve atuação ruim e foi muito vaiado pela torcida no Nilton Santos.

Ao ser questionado sobre a opção por Tchê Tchê, Artur Jorge ficou visivelmente incomodado e chegou a interromper a pergunta. No entanto, acabou defendendo a própria escola pelo camisa 6.

— Não faça isso, escolha outra pergunta. Essa não é a melhor. É a mesma questão da opção. Está me fazendo essa pergunta por qual motivo? Escalei o Tchê Tchê porque quis. Não quero ser grosseiro, mas essa é uma questão difícil de aceitar. Por qual motivo jogou o Tchê Tchê: Porque o treinador quis – afirmou Artur Jorge.

— Ele é o jogador mais preparado para seguir o plano de jogo. Não vamos apontar individualidades. Quem jogou deu tudo o que tinha. Eu falei isso no intervalo: façam o seu melhor. É o que exijo sempre. Temos a obrigação de dar o melhor sempre. Agora, questionar quem poderia jogar é mais fácil. Entrou quem eu achei que tinha de entrar. Não estou arrependido e tampouco insatisfeito com o rendimento de quem entrou em campo – seguiu o técnico do Botafogo.

Artur Jorge critica vaias para Tchê Tchê

Em outro momento da coletiva, Artur Jorge defendeu mais uma vez a opção por Tchê Tchê e criticou as vaias da torcida do Botafogo, que começaram após o jogador perder uma bola no meio de campo durante o primeiro tempo, quando o Glorioso já perdia por 1 a 0.

— Sobre aquilo que é o comportamento da torcida em relação aos jogadores, eu não gostei aquilo que foi feito em relação ao Tchê Tchê. Não merece isso. É um profissional exemplar, que trabalha diariamente para ser útil ao Botafogo. Mas é aquilo que eu digo: não é algo que eu posso controlar. Já falei aqui dentro que somos mais capazes, mais fortes, se conseguirmos ter uma capacidade de olhar para o jogo e para toda uma temporada e dizer que valeu a pena. E não desistirmos no meio ou quando o fim está próximo – disse Artur Jorge.

John Textor segue com tom provocativo

Enquanto Artur Jorge defendeu as próprias escolhas no comando do Botafogo, Jhon Textor, que acompanhou a partida no Nilton Santos, também falou com a imprensa. E o dono da SAF alvinegra ajudou a esquentar o clima para a final da Copa Libertadores, contra o Atlético-MG, no próximo sábado (30), em Buenos Aires.

Ao falar sobre as polêmicas da partida contra o Atlético-MG, na última semana, pelo Campeonato Brasileiro, Textor comentou a declaração do goleiro Everson, que falou sobre uma possível pressão sobre a arbitragem.

— Aparentemente, eu aluguei um apartamento na mente dele (Everson). Ele fez um comentário que eu fiz barulho fora de campo sobre arbitragem. Eu não. Todos vocês acompanharam a história de manipulação nos últimos anos. Eu apoio a arbitragem. Quero ver os árbitros sendo mais bem pagos, mais bem treinados, as ferramentas que usamos ajudam a avaliar os árbitros. Meu foco é manipulação de resultados, a intenção de jogadores perderem de propósito, não só no Brasil, mas em todo o mundo, ocasionalmente, também há árbitros, mas em um número bem menor. Gostaria de dizer ao goleiro que ele é um bom goleiro, que deveria se focar nas linhas do campo, onde ele joga – disse Jhon Textor.

Foto de Gabriel Rodrigues

Gabriel RodriguesSetorista

Jornalista formado pela UFF e com passagens, como repórter e editor, pelo LANCE!, Esporte News Mundo e Jogada10. Já trabalhou na cobertura de duas finais de Libertadores in loco. Na Trivela, é setorista do Vasco e do Botafogo.
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