Brasileirão Série A

Botafogo decepciona em despedida da torcida antes da semana mais decisiva da sua história

Em pleno Nilton Santos, o Botafogo ficou apenas no 1 a 1 com o Vitória e deixou a liderança do Brasileiro a poucas rodadas do fim e perto da final da Libertadores

O Botafogo decepcionou a sua torcida no último jogo no Nilton Santos antes da semana mais decisiva da sua história. Na noite deste sábado (23), o Glorioso ficou apenas no empate em 1 a 1 com o Vitória e deixou a liderança do Campeonato Brasileiro, sendo ultrapassado pelo Palmeiras, que venceu nesta 35⁠ª rodada.

O terceiro resultado negativo seguido veio justamente antes da semana mais importante da história do clube. Na próxima terça-feira (26), o Botafogo enfrenta o próprio Palmeiras, no Allianz Parque, pelo Campeonato Brasilero, e, no próximo sábado, tem a grande final da Copa Libertadores, contra o Atlético-MG, em Buenos Aires.

Com o empate no Nilton Santos e a vitória do Palmeiras sobre o Atlético-GO, o time paulista assumiu a liderança, com os mesmos 70 pontos do Botafogo, mas com uma vitória a mais.

Assim, com o resultado decepcionante, o Botafogo deixou o Nilton Santos sob vaias e com a desconfiança da torcida para o momento mais importante da temporada.

Até mesmo o técnico Artur Jorge, tão exaltado pela torcida do Botafogo ao longo da temporada, também passou a sofrer críticas por algumas de suas escolhas e pela falta de repertório ofensivo do time – por mais que o Glorioso tenha o melhor ataque do futebol brasileiro em 2024.

Trauma de 2023 volta a assombrar o Botafogo

Desde a divulgação da escalação titular do Botafogo, os ecos de 2023 já voltaram a surgir no Nilton Santos. O técnico Artur Jorge surpreendeu e escalou Tchê Tchê como titular no meio de campo do Glorioso, no lugar de Marlon Freitas. O camisa 6, um dos jogadores marcados pela derrocada do Botafogo na última temporada, ainda foi escolhido para ser o capitão da equipe.

Com a bola rolando, o cenário não lembrou 2023, mas sim as últimas partidas do Botafogo pelo Campeonato Brasileiro. Apesar de ter entrado em campo com três zagueiros, o Vitória não fez um jogo retrancado. Mas, ainda assim, o Botafogo não teve repertório ofensivo para superar o time baiano, que também tentava sair para o jogo e, inclusive, era mais perigoso que os donos da casa.

Foi em uma dessas escapadas do Vitória, pela direita, que a bola sobrou para Alerrandro finalizar no canto esquerdo de John e abrir o placar contra o Botafogo. Naquele mesmo momento, em Goiânia, o Palmeiras marcou contra o Atlético-GO e passou o Botafogo na tabela do Brasileiro.

O lance chegou a ser analisado no VAR por um possível impedimento no começo do lance, mas o lateral-direito Vitinho dava condições para o jogador do Vitória. O erro do jogador do Botafogo acabou com a paciência de parte da torcida alvinegra, que passou a vaiar o lateral.

Pouco depois, após perder uma bola no meio de campo, Tchê Tchê também passou a ser constantemente vaiado pela torcida do Botafogo. E, no fim do primeiro tempo, as vaias que antes eram direcionadas para Vitinho e Tchê Tchê passaram para todo o time, que deixou o gramado sob os protestos da torcida.

 

Gol agônico diminui prejuízo do Botafogo

Precisando inverter o placar para continuar na liderança do Brasileiro, o técnico Artur Jorge apelou para mais jogadores que ficaram marcados pelo fracasso do Botafogo no Campeonato Brasileiro de 2023. Após o intervalo, o português colocou a dupla Eduardo e Tiquinho Soares em campo.

Depois de um segundo tempo de pressão pouco efetiva do Botafogo, o Glorioso chegou ao empate aos 43′. Após cruzamento de Matheus Martins, Tiquinho Soares dividiu com Wagner Leonardo, a bola bateu no zagueiro do Vitória e foi parar dentro do próprio gol rubro-negro. No fim, o Botafogo pressionou, mas não conseguiu buscar a virada. Para piorar a situação, Tiquinho Soares ainda foi expulso por reclamação.

Foto de Gabriel Rodrigues

Gabriel RodriguesSetorista

Jornalista formado pela UFF e com passagens, como repórter e editor, pelo LANCE!, Esporte News Mundo e Jogada10. Já trabalhou na cobertura de duas finais de Libertadores in loco. Na Trivela, é setorista do Vasco e do Botafogo.
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