Hora de se reinventar? Após mais uma derrota, Botafogo precisa buscar novas maneiras de jogar
Depois de primeiro turno histórico e começo de returno ruim, Bruno Lage admitiu a possibilidade de precisar de novas maneiras de atacar
Depois de um primeiro turno avassalador, o Botafogo vive um momento de instabilidade no Campeonato Brasileiro. Mesmo ainda sete pontos na frente do vice-líder Palmeiras, a derrota para o Corinthians – a quarta seguida na temporada, sendo três delas no Brasileirão -, na última sexta-feira, levantou questões sobre o estilo de jogo do Glorioso, que já seria de amplo conhecimento dos adversários. E o próprio técnico Bruno Lage ressaltou a importância do time conseguir achar outras maneiras de conseguir as vitórias.
O Botafogo somou incríveis 47 pontos nas primeiras 19 rodadas do Brasileiro, conseguindo o melhor primeiro turno da história da competição. Assim, é claro, era pouco provável que o time conseguisse manter o mesmo nível por toda a competição. No entanto, o começo de returno do time está abaixo do esperado, com apenas quatro pontos em cinco jogos.
Naturalmente, os times da parte de cima da tabela são mais visados e estudados pelos adversários. Além disso, o clube que está no topo da tabela do Brasileirão para a ser mais respeitado – e temido. Ao menos, é dessa forma que o técnico Bruno Lage enxerga as dificuldades que o Botafogo vem encontrando neste returno. O português até citou três aspectos do time que já são conhecidos pelos adversários. E ainda ressaltou que precisa buscar novos espaços para atacar.
– Nós temos que ter essa dimensão de campeão, e perceber quais são os passos das equipes que jogam contra nós. Fomos contra o Atlético-MG, jogaram atrás, e aqui a mesma coisa, perceberam que éramos muito fortes em transição, em blocos, com saída rápidas. Se o sinal de alerta é isso, temos que perceber o que precisamos fazer quando tivermos a posse de bola. Os adversários viram o Botafogo jogar seis meses, e agora temos que perceber onde estão os espaços para darmos continuidade ao nosso jogo – afirmou Bruno Lage em uma forte coletiva depois da derrota para o Corinthians.
Dificuldade contra adversários que jogam recuados
Para o técnico Bruno Lage, a principal dificuldade que o Botafogo tem encontrado é jogar contra adversários que atuam em bloco baixo, mais recuados. Assim, o time perde uma de suas principais características, que era transição rápida. Além disso, a equipe fico com menos espaço para criar as jogadas ofensivas.
O próprio Bruno Lage identificou este problema e reforçou que precisa encontrar maneiras e espaço para jogar contra essas equipes.
– O sinal vermelho são as derrotas. Mas isso já tem vindo antecipar um pouco a equipe desde o início, quando eu cheguei. Quem está do outro lado, também estuda o nosso adversário. E não está a dar o espaço que nós criávamos. Nós temos que continuar a trabalhar e também jogar da maneira que é: ter o espaço para jogar, não ter espaço nas costas e, quando o adversário nos oferece o espaço, para construir – afirmou Bruno Lage, antes de completar.
– Nos jogos anteriores, em dois, três passes a gente estava dentro da área. Quando agora o adversário joga em bloco baixo, não conseguimos fazer isso de estar em dois, três passes. Temos que desmontar com posse, criar outro tipo de jogo. E é ter as duas coisas. A equipe tem trabalhado muito bem nisso. Com o Flamengo fez um bom jogo, criando oportunidades desta forma. Temos que olhar e perceber a dimensão que esta equipe tem e eles tomarem de consciência que são os líderes, que tem sete pontos de avanços. E agora quando vão jogar contra o Atlético-MG ou Corinthians, eles que estão lá atrás e nós que temos que procurar os espaços e termos que ser a equipe de ter mais paciência com bola para criar oportunidades de gol – completou o treinador.
Com este começo de returno ruim, o Botafogo parou nos 51 pontos há três rodadas. No entanto, como o Palmeiras também perdeu na rodada, a diferença para o vice-líder seque em sete pontos. O time de Bruno Lage volta a campo no próximo dia 2 de outubro, contra o Goiás, no Nilton Santos.