Brasileirão Série A

Bahia passa por cima do Atlético-MG e se livra do rebaixamento com um roteiro heróico

Depois de um fim de ano maluco, o Bahia goleou o Atlético e conseguiu se livrar do rebaixamento para a Série B

Em um jogo muito de muita tensão na Arena Fonte Nova, o Bahia venceu o Atlético-MG por 4 a 1 e se salvou de forma heroica do rebaixamento, contando com o tropeço do Santos, que foi derrotado pelo Fortaleza por 2 a 1. O Tricolor  de Aço saiu na frente, mas viu um tensão enorme no ar com o empate do Galo, mas o 2 a 1 ainda no fim do primeiro tempo deixou o time mais aliviado para fazer um segundo tempo mais seguro.

Com a goleada, o Bahia chegou aos 44 pontos, mesma pontuação do Santos, mas ficou em 16°, fora do Z4, por somar mais vitórias (12×11) que o Peixe. Um alívio enorme para o Tricolor de Aço, que teve uma reta final inacreditável. Do lado do Atlético, veio a confirmação do G4 mesmo com o revés. O Galo, no entanto, perdeu o 2° lugar da competição e fechou em 3°, com 66 pontos.

Início e fim de tempo decisivos para o Bahia

Precisando desesperadamente da vitória, o Bahia começou o jogo com tudo, marcando pressão no campo de ataque e fazendo com que o Atlético não conseguisse sair para jogar. Aos 11 minutos, em uma das marcações altas do Tricolor de Aço, Edenilson perdeu a bola para Rezende, que acionou Thaciano, o meia só escorou para Cauly chegar batendo no cantinho e abrir o placar, explodindo a Fonte Nova. Dois minutos depois, o Bahia só não ampliou pois Everson fez um de seus milagres rotineiros na competição, em cabeçada à queima-roupa de David Duarte.

Depois do gol e o milagre de Everson, o Atlético conseguiu se ajeitar no jogo e passou a controlá-lo um pouco mais, tendo a bola e ditando o ritmo. No entanto, na maior parte do tempo sem efetividade. Não à toa, o Bahia aproveitou duas chegadas para assustar e quase ampliar. Mas, aos 35 minutos, Igor Gomes achou um passe espetacular Paulinho na área, que dominou e bateu na saída de Marcos Felipe para empatar e instaurar a tensão na Fonte Nova.

Depois do gol do Atlético, o Bahia ficou claramente mais nervoso no jogo, com a torcida também tensa pelo resultado. O Atlético seguiu sem fazer muito, enquanto o Tricolor tentava chegar de “qualquer jeito”. E foi justamente em um lance assim que o alívio veio. Um lance confuso na lateral da área, com muito bate-rebate jogadores se trombando, sobrou para Thaciano, que jogou a bola para a área do jeito que deu, encontrando Luciano Juba, que pegou de primeiro e recolocou o time da casa na frente.

Tensão e menos futebol no segundo tempo

Os primeiros 20 minutos de jogo foram completamente nulos. O Atlético não conseguia chegar, o Bahia até tentava, mas sem sucesso, e a tensão tomou conta do campo. No entanto, aos 22 minutos, Rezende arriscou chute de fora da área e ele saiu fraco, mas achou Thaciano na marca do pênalti, que dominou e bateu livre de marcação, ampliando para 3 a 1.

Depois do gol do Bahia, o jogo ficou ainda mais tenso em campo, com muitos lances em que os jogadores fizeram o famoso bolinho de confusão. De futebol, quase nada, tudo muito truncado e sem grandes chances para os dois lados. Ainda assim, já nos acréscimos, Marcos Felipe fez grande defesa em cabeçada de Alan Kardec e, no contra-ataque, Ademir usou sua velocidade e famosa “lei do ex” para ampliar o placar e transformá-lo em goleada: 4 a 1.

O alívio do Bahia em um roteiro inexplicável

A vitória contra o Atlético livrou o Bahia do rebaixamento depois de um fim de ano insano. O mesmo time que enfiou 5 a 1 no Corinthians em plena Neo Química Arena, perdeu em casa para o São Paulo, que não havia vencido nenhum jogo fora, e para o América, lanterna e já rebaixado há tempos. No entanto, no último jogo, o Tricolor de Aço se superou e encerrou a sequência de nove jogos sem perder do Atlético, vencendo por 4 a 1 e se salvando do rebaixamento graças, também, a derrota do Santos para o Fortaleza, que rebaixou o time paulista.

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O artilheiro Paulinho

Autor do gol do Atlético, Paulinho fechou o Campeonato Brasileiro com 20 gols marcados, liderando a artilharia da competição. O atacante atleticano fez uma competição fenomenal, principalmente no segundo turno, no qual marcou 15 dos seus 20 gols. No ano, ele fechou com 31 bolas na rede, sendo também o artilheiro do time, superando Hulk, que fez 30.

Paulinho se tornou o 3° jogador com mais gols pelo Atlético em uma única edição do Brasileirão, ficando atrás dos 28 gols que Reinaldo (1977) e Guilherme (1999) fizeram em seus respectivos. Ele é o 10° jogador do Galo a terminar a principal competição do país como artilheiro. Nesse quesito, o Alvinegro só perde para o Santos, que teve 13.

 

Foto de Alecsander Heinrick

Alecsander HeinrickSetorista

Jornalista pela PUC-MG, passou por Esporte News Mundo e Hoje em Dia, antes de chegar a Trivela. Cobriu Copa do Mundo e está na cobertura do Atlético-MG desde 2020.
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