Brasileirão Série A

Atlético-MG bate meta do turno, mas vai precisar de mais por objetivo final

A vitória do Atlético-MG contra o Bahia neste domingo (13), na última rodada do primeiro turno do Brasileirão, fez o time alcançar a meta de pontos que Felipão havia estabelecido. Agora, para alcançar o objetivo do returno, o Galo terá que fazer uma campanha muito melhor.

Após ser eliminado da Libertadores para o Palmeiras na última quarta (9), o Atlético ficou apenas com o Brasileirão para disputar. Após o jogo, técnico Felipão revelou as metas que ele estabeleceu para o clube quando chegou:

Tínhamos um objetivo mínimo de 26, 27 pontos no primeiro turno, pelas mudanças que aconteceram, com as saídas e a nossa chegada. Podemos chegar a esse objetivo para que no segundo turno possamos chegar no objetivo final, que é chegar entre os quatro primeiros”.

O objetivo do turno foi conquistado neste domingo. Com mais três pontos da vitória contra o Bahia, o Atlético chegou a 27 pontos. Com certeza não era o objetivo inicial da temporada atleticana, que começou o Brasileirão pensando em brigar por título, mas, pelas circunstâncias, como a troca de técnicos, como lembrou Felipão, e os dois meses sem vitórias, essa meta teve que ser abaixada.

Segundo turno do Atlético precisa ser muito melhor

Como citado por Felipão, depois de concluir o objetivo do primeiro turno, o Atlético vai correr atrás para atingir o do segundo, que é terminar o campeonato no G4 da competição. Para isso, o Galo terá que ter um desempenho por volta de 10 pontos a mais, no mínimo. Confira o desempenho dos quartos colocados nos últimos cinco anos.

  • 2022: Corinthians – 65 pontos
  • 2021: Fortaleza – 58 pontos
  • 2020: São Paulo – 68 pontos]
  • 2019: Grêmio – 65 pontos
  • 2018: Grêmio – 66 pontos
    Média: 64,4 pontos

Para o Atlético atingir a média de 64 pontos, vai precisar fazer 37 no segundo turno. Mesmo assim, a média não garante nada, já que só em um ano um time com menos de 65 pontos foi o quarto colocado. Ou seja, o ideal é Galo fazer de 40 pontos para cima no returno para garantir o G4 Isso dá um aproveitamento de 70%, melhor do que o de todos os times no atual primeiro turno, com exceção do Botafogo (82,4%). Para melhorar no returno, Felipão vai precisar melhor muito o desempenho do time em campo.

Quarto time está na média

Com o fim do primeiro turno, o quarto colocado do atual Brasileirão vai estar dentro da média dos últimos anos. Atualmente, o quarto lugar é do Fluminense, com 31 pontos, mas ele ainda pode ser ultrapassado por Palmeiras e Bragantino. Mas, independente de qual seja o quarto clube na tabela, ele estará na média dos últimos cinco anos. O único que destoa é o Grêmio de 2018:

  • 2023: Grêmio – 33 pontos OU Flamengo/Palmeiras/Red Bull Bragantino – 32 OU Fluminense – 31
  • 2022: Atlético – 32 pontos
  • 2021: Fortaleza – 33 pontos
  • 2020: Atlético – 32 pontos
  • 2019: Internacional – 33 pontos
  • 2018: Grêmio – 36 pontos

Metas menores, mas ainda de Libertadores

Apesar de Felipão dizer que a meta do Atlético é o G4, a meta real do clube é não ficar de fora da Libertadores. Em 2022, o discurso foi o mesmo e, no fim, quando o Galo conseguiu a vaga na fase preliminar da competição continental, mesmo longe de ficar entre os quatro primeiros, houve uma avaliação positiva no quesito de não ficar fora da Libertadores.

Por conta disso, em 2023, já que o primeiro turno foi longe do ideal e, para chegar ao G4 é preciso de um returno muito acima da média, o Galo pode focar também em ficar no G6 ou no G8, que garantem vaga na Libertadores do mesmo jeito. O G6 é certo de dar vaga, pelo menos na fase preliminar, já o G8 é preciso de algumas combinações, como os times que vencerem as Copas ficarem dentro do G6.

Atlético para o G6

Para chegar ao G6, que no último ano deu vaga direta para a fase de grupos da Libertadores, por exemplo, o Atlético precisa de fazer 32 pontos para chegar na média (59 pontos) dos últimos anos. Isso daria um aproveitamento de 56%, algo mais possível para o clube nesse momento. Fazer 59 pontos garantiu, no mínimo, o sexto lugar em quatro dos últimos cinco anos. A exceção foi o São Paulo de 2019, que fez 63.

Atlético para o G8

Pensar apenas em G8 é arriscado e o pior dos cenários para o Atlético no momento. Primeiro, pois essas colocações dão vaga “apenas” para a pré-Libertadores, fase que o clube disputou neste ano. Segundo, que ela não tem garantia, já que, no momento, a posição garante lugar na Sul-Americana. Para se tornar uma posição de Libertadores, é necessário que dois dos campeões de Copa (Liberta, Sula e do Brasil) estejam dentro do G6.

Apesar disso, é importante saber a pontuação mínima que o clube precisa fazer caso seja necessário torcer por esse cenário. A média dos últimos cinco anos é de 54 pontos, ou seja, o Atlético teria que repetir a pontuação do primeiro turno (27) para chegar nesse número. Mas, em dois desses anos (2022 e 2019), o oitavo colocado teve 55 e 56 pontos, respectivamente. Ou seja, para garantir o oitavo lugar é 56 pontos.

Foto de Alecsander Heinrick

Alecsander HeinrickSetorista

Jornalista pela PUC-MG, passou por Esporte News Mundo e Hoje em Dia, antes de chegar a Trivela. Cobriu Copa do Mundo e está na cobertura do Atlético-MG desde 2020.
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