Os bastidores que você precisa saber de uma tensa e histórica eleição no Corinthians

A expectativa para a eleição do Corinthians neste sábado (25), era preocupante diante a semana conturbada vivida pelos dois candidatos ao cargo de presidente do Timão, com denúncias, tiros na sede do clube e pichações, a goleada para o Bahia na última sexta-feira (24), que gerou além dos protestos nas arquibancadas, tentativas de invasão no gramado e ao vestiário do time, foram ingredientes catalisadores para a véspera da eleição.

Alguns sócios, por se sentirem coagidos e inseguros em votar e continuar nas dependências do clube, optaram por votar e ir para suas casas antes que o resultado saísse e um possível caos fosse instaurado dentro da sede, mas não foi o que aconteceu, durante as mais de oito horas de votação tudo acontece de forma tranquila e organizada.

Como funcionou o sistema de votos e a contagem 

As urnas emprestados pelo TRE-SP, chegaram na sexta-feira (24) a noite, assim que organizadas dentro do Ginásio Poliesportivo Wlamir Marques, o local onde acontece as partidas de futsal e basquete foi lacrado, sendo aberto somente às 8h deste sábado (25), as cabines com os equipamentos eletrônicos foi colocado dentro de pequenas cabines dentro da quadra. Assim que as catracas foram liberadas, os sócios do clube apresentavam suas carteirinhas e assim que liderados já entravam e procurava a cabine destinada a ele.

Os dois candidatos chegaram cedo e ficaram todo o período de votação na entrada da quadra recebendo seus aliados e cumprimentando os sócios que chegavam para votar, Augusto e André só foram às urnas no período da tarde.

Seguranças por toda a parte, serviço de canil especializado com cachorros treinados e presença do batalhão de choque 

Confirmando a apuração da reportagem da Trivela, o número de seguranças particulares contratados era grande, tanto dentro do ginásio, quanto fora dele, nas imediações do clube. Também foi contratado uma espécie de “canil” com cachorros treinados da raça Pastor Alemão que circulavam pelas laterais da quadra e na frente da entrada do ginásio por onde os sócios acessavam as catracas.

O Batalhão de choque da polícia militar também esteve frente para garantir 100 % a segurança de todos, tanto dentro, quanto fora da sede onde aconteciam os protestos das torcidas organizadas.

A polícia só precisou intervir em dois momentos específicos, em um princípio de tumulto no meio da aglomeração e depois do anúncio final, quando o faixas e materiais de campanha do candidato da Renovação e Transparência foram queimados.

André Luiz Oliveira, candidato derrotado, foi embora antes da contagem das unar ser encerrada oficialmente

A votação foi encerrada oficialmente às 17h, em seguida a comissão eleitoral pediu que ficasse dentro da quadra somente os candidatos e sua chapa, apesar da demora para que o pedido fosse atendido, os apoiadores dos dois lados passaram a ocupar as arquibancadas do ginásio catando sempre o hino do clube.

Assim que as primeiras urnas foram abertas, com Augusto Melo saindo à frente por mais 100 votos, a eforia começou a tomar conta das chapinhas que apoiaram a candidatura do presidente eleito, e acada nova contagem divulgada mais comoração era vista, já que ficava clara a gigantesca diferença na disputa. Na metade da apuração um novo tumulto aconteceu quando o André Negão optou por deixar a quadra, diante de um resultado contrario a sua eleição, o candidato saiu cercado por seguranças ao de vaias e gargalhas dos sócios que já comemoravam a vitória de Augusto.