Brasil

Atlético-MG ‘forçou’ escalação de rival que levou frango e fica perto de fazer história

Com um a mais por 65 minutos, Galo atropela o América no jogo de ida da final do Campeonato Mineiro

O Atlético Mineiro está prestes a se sagrar hexacampeão mineiro pela segunda vez em sua história. Neste sábado (8), o Galo se impôs e venceu o América Mineiro por 4 a 0 no Mineirão, no duelo de ida da final do Campeonato Mineiro.

Guilherme Arana, Lyanco, duas vezes, e Rony marcaram os gols da vitória ainda no primeiro tempo.

Mas o Atlético também pode — e deve — creditar a vantagem na decisão a uma questão contratual.

Goleiro Jori, do América-MG
Goleiro Jori, do América-MG (Mourão Panda / América)

Galo “forçou” escalação de goleiro que levou frango

O América não pode contar com o seu goleiro titular, Matheus Mendes, nos dois jogos da decisão. O camisa 1 pertence ao Atlético Mineiro e está emprestado ao Coelho.

Para contar com ele, o clube precisaria pagar uma multa de R$ 750 mil por partida. Por isso, Jori foi — e será — o titular contra o Galo.

E o substituto na meta rival deu uma bela ajuda para o Atlético largar em vantagem na decisão.

Isso porque o Galo fez dois gols contando com falhas de Jori. Uma delas, aliás, grotesca.

Logo aos 5 minutos, Arana foi à linha de fundo e cruzou rasteiro na direção de Rony. Jori se antecipou para encaixar a bola, mas cometeu um frango bizarro: a bola passou por suas mãos e se aninhou calmamente nas redes.

Depois, Jori ainda aceitou aquele que foi o primeiro gol de Lyanco com a camisa do Atlético Mineiro. Já no final da primeira etapa, o zagueiro apareceu como um centroavante dentro da área e finalizou após cruzamento da direita.

O chute saiu sem muita força, mas a uma distância curta do gol. Jori não conseguiu reagir e aceitou por baixo das pernas.

No segundo tempo, a vantagem virou goleada. Logo nos primeiros minutos, Lyanco aproveitou ótimo cruzamento da direita e fez um belo gol de cabeça, ao completar no segundo poste.

Depois, Rony ainda aproveitou lançamento de Rubens para fechar a goleada por 4 a 0.

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Atlético se impõe sem Hulk e expulsão polêmica de rival ajuda

Neste sábado (8), o Atlético não pôde contar com Hulk, que ainda se recupera de uma lesão muscular. Ou seja: o Galo não tinha o seu principal jogador. Mas nem pareceu.

A equipe jogou uma final como se espera. Se impôs desde o primeiro minuto para construir uma vantagem que foi “facilitada” por uma expulsão que gerou reclamações do lado do América.

Logo aos 25 do primeiro tempo, Cuello deu um empurrão em Barros numa disputa de bola. O volante do América usou o braço para reagir à carga e acertou as costas do jogador rival. A arbitragem de imediato aplicou cartão vermelho, mantido com a revisão do VAR.

— O bandeira já foi de imediato avisando o árbitro para dar o vermelho, e tem a norma de esperar o VAR, de checar o lance, de checar os dois lances no caso. O que aconteceu antes para depois o árbitro tomar alguma decisão, ele já foi de imediato dando o cartão vermelho para o nosso jogador, e dando amarelo pra eles, e sem analisar o lance, e o árbitro com mais experiência, com mais inteligência, ele tinha que controlar o jogo — reclamou o lateral Mariano, do Coelho.

Arana foi decisivo na vitória do Atlético
Arana foi decisivo na vitória do Atlético-MG (Pedro Souza/Atlético)

Atlético prestes a fazer história

Com a goleada, o Atlético Mineiro fica a um passo de repetir a história. Atual pentacampeão, o Galo se vê muito próximo de igualar a sua maior sequência de títulos estaduais consecutivos.

Caso saia campeão, o Atlético será hexa e repetirá a série de títulos entre 1978 e 1983. Esta é a maior sequência da era profissional do Campeonato Mineiro.

Mas a maior série da história pertence ao América-MG, que foi decacampeão entre 1916 e 1925, na era amadora da competição.

Quando será a final?

As duas equipes voltam a se enfrentar no próximo sábado (15), às 16h30 (horário de Brasília), no Estádio Independência.

Como venceu o jogo de ida por 4 a 0, o Atlético pode até perder por três gols de diferença ara o América, que será ainda assim hexacampeão mineiro.

Foto de Eduardo Deconto

Eduardo DecontoSetorista

Jornalista pela PUCRS, é setorista de Seleção e do São Paulo na Trivela desde 2023. Antes disso, trabalhou por uma década no Grupo RBS. Foi repórter do ge.globo por seis anos e do Esporte da RBS TV, por dois. Não acredite no hype.
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