‘Importantes no tempo que fiquei escondido’: Alisson fala de relação com a família após brilhar pelo Atlético-MG

Nome mais comentado do Atlético-MG depois de ter entrado, mudado o jogo e marcado um golaço na última quarta-feira (14), o jovem Alisson Santana não esconde o sorriso no rosto pelo momento que viveu. Melhor ainda foi poder ter compartilhado isso tudo com a família, que deu apoio a ele mesmo nos momentos mais difíceis.

Alisson era um pedido da torcida há muito tempo, mas Felipão não dava chances reais ao garoto. Com a saída de Pavón para o Grêmio, abriu-se então uma vaga, e aí o jovem finalmente teve sua oportunidade, e não a desperdiçou, pelo contrário, agarrou como poucos ao mudar o jogo e marcar um golaço.

– Confesso que ainda não caiu a ficha. Estou muito feliz e sorrindo à toa. Demorei a dormir, liguei para a minha família e amigos, eles ficaram muito felizes. O resultado não veio, que é o que mais importa, mas fiquei muito feliz pois consegui aproveitar a oportunidade da melhor maneira — disse o jogador.

⚽️??? O gol, a comemoração e os aplausos dos companheiros pra Alisson!

Grande partida, Cria! Vamos por mais! ?? pic.twitter.com/03aJv5HhkZ

— Atlético (@Atletico) February 15, 2024

Alisson se destacou pelo Atlético na Copinha de 2023, quando teve grandes atuações mesmo sendo um Sub-17 em um torneio Sub-20. Por azar, se lesionou antes do jogo que viria a culminar a eliminação atleticana na competição. Mesmo assim, passou a treinar com os profissionais após se recuperar da lesão e, em junho, foi relacionado para o profissional pela primeira vez, logo em um jogo de Libertadores.

Mas Alisson foi estrear mesmo como profissional em julho, já com Felipão no comando, atuando muito bem em dois jogos do Campeonato Brasileiro (contra Corinthians e Grêmio), mesmo entrando na fogueira de o time estar perdendo. Apesar de ter se destacado, não recebeu mais reais oportunidades depois, entrando em outras partidas apenas nos acréscimos, sem tempo para demonstrar nada. Em outubro, ainda se lesionou após retornar ao Sub-20 para jogar e perdeu alguns jogos.

Nesses altos e baixos do ano de 2023, Alisson teve ao seu lado sua família, que ele afirmou ser muito importante principalmente nas horas ruins, dando total suporte a ele.

– Eles foram muito importantes para mim no tempo que fiquei escondido, vamos dizer assim, machucado e tals. Nesse processo eles ficaram muito colados em mim, me deram conselhos e eu me senti muito fortalecido, não me senti sozinho. Poder compartilhar esse momento feliz com eles foi muito gratificante para mim — afirmou Alisson

Rafael Leão, Savinho, Cristiano Ronaldo e Messi, as inspirações de Alisson

Alisson surge no Atlético com características parecidas com as de Savinho, maior promessa que saiu da base atleticana nos últimos anos e que hoje brilha no Girona, da Espanha, e já está a caminho do Manchester City. Para o jogador que ainda está no Galo, o ex-companheiro, que tem só um ano a mais, é referência.

– Com o Savinho tenho uma relação muito boa. Torço muito por ele e estou muito feliz pelo momento que ele está vivendo. Ele vira uma inspiração e referência para a gente, pois saiu do mesmo lugar que a gente está, então buscamos ter ele como referência pois, se ele chegou, a gente também consegue chegar — afirmou.

Antes da coletiva, a Trivela percebeu que Alisson curtiu uma postagem de Rafael Leão nas redes sociais, jogador português do Milan que tem características bem parecidas com a do jovem atleticano. Questionado se ele também é uma inspiração, o meia do Galo afirmou que busca mais referências fora de campo do que dentro das quatro linhas.

– Referência dentro de campo eu não tenho muitas, busco mais fora de campo, como atleta. Então viso os grandes, como Cristiano Ronaldo e Messi, o que eles fazem fora de campo me motiva e tento imitar eles. O Rafael Leão é um grande jogador, gosto muito dele, sinto que tenho as mesmas características, por isso eu sigo ele, mas a referência fora de campo mesmo é o Cristiano e o Messi — destacou.

Por falar em referência, Alisson entende que já é uma para os jogadores que ainda estão na base e não treinam ainda no profissional: “Quando estávamos na base víamos os meninos do Sub-20 ou Sub-17 que já estavam no profissional como referência, então acredito que sou sim para alguns meninos da base”.