Demitido com direito a poema, Eriksson completa quatro anos de China sem nenhum título

“Onze anos atrás, você liderou o futebol do Shenzen e nunca nos decepcionou / Nove anos atrás, você assumiu as responsabilidades e salvou o Shenzhen / Memórias de lutas que travamos juntos nunca desapareceram e, agora, convocamos a lenda mais uma vez / Pelo Shenzen, estamos reunidos, começando uma voa viagem juntos / Técnico Wang, seja bem-vindo”. Assim mesmo, com um poema – será que em mandarim isso aí rima? -, o Shenzen anunciou a contratação do seu novo técnico, o ex-jogador Wang Baoshan, e se despediu de Sven-Goran Eriksson, que mais uma vez não conseguiu concluir um trabalho bem sucedido na China.
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O sueco, com seus 69 anos, assumiu o comando do Shenzen, no final do ano passado, no lugar de Clarence Seedorf, que não havia conseguido o acesso à primeira divisão. Com o holandês segurando a prancheta, o clube foi nono lugar, a 19 pontos do segundo colocado, um dos dois times que subiram à elite. Eriksson foi demitido com resultados melhores: com cinco vitórias, cinco empates e três derrotas, ocupa o quarto lugar da Segundona, a três pontos do trampolim para Superliga Chinesa. O que derrubou o veterano ex-Lazio e seleção inglesa foi a sequência recentes de resultados, com nove jogos sem vitória, sendo quatro derrotas e cinco empates.
Eriksson está há quatro anos na China e coleciona resultados medianos. Assumiu o Guangzhou R&F, na metade de 2013, rivalizando com Marcelo Lippi, que treinava o Guangzhou Evergrande. Terminou a Superliga em sexto lugar. Melhorou para terceiro na temporada seguinte e garantiu classificação à Champions League asiática, mas não renovou o seu contrato. Assumiu o Shanghai SIPG e foi segundo lugar, a dois pontos do campeão, mais uma vez garantindo vaga na competição continental.
Foi bem na Champions League asiática, levando o Shanghai SIPG às quartas de final, quando foi derrotado pelo Jeonbuk Hyundai Motors, por 5 a 0, no jogo de volta. Foi terceiro lugar na Superliga Chinesa, resultado insuficiente para continuar no cargo. Acabou substituído por André Villas-Boas, no fim do ano passado, e assumiu o Shenzen, no qual durou apenas seis meses.
Quatro anos de China para Eriksson, que conseguiu alguns bons resultados, brigando sempre na parte de cima da tabela quando esteve na primeira divisão, e teve uma boa campanha continental, mas nunca conseguiu conquistar um título. Será que tentará de novo?