Ásia/OceaniaEliminatórias da Copa

Defesa da Jordânia sucumbirá diante do Uruguai

Os jordanianos já podem comemorar o fato de estarem na repescagem contra o quinto colocado das eliminatórias da Conmebol. Na repescagem asiática, diante do favorito Uzbequistão, a inoperância ofensiva do adversário e as cobranças de pênalti (9 a 8) levaram o país de 6,5 milhões de habitantes a encarar o forte Uruguai, que conta com Luis Suárez, Diego Forlán e Edinson Cavani no comando ofensivo. Atletas bastante capacitados para uma defesa que costuma levar muitos gols dos oponentes asiáticos.

Na campanha das eliminatórias, a Jordânia começou na segunda fase e passou facilmente pelo fraco Nepal, fazendo 9 a 1 em duas partidas. A quantidade de bolas na rede não representa muita coisa, mas sim o tento sofrido, sinal da fragilidade da equipe. Na primeira fase de grupos, a Jordânia ficou em segundo lugar na chave A, atrás do Iraque e à frente de China e Cingapura, mas levou sete gols em seis partidas, mais do que iraquianos (quatro) e chineses (seis) – os cingapurianos sofreram 20 e tiveram a segunda pior campanha da fase.

Na etapa final, que definiu os classificados para o Mundial do Brasil, a Jordânia continuou sofrendo muitos gols, como nas goleadas a favor de Japão (6 a 0) e Austrália (4 a 0), ambas fora de casa. Foram 16 em oito rodadas, o pior retrospecto no quesito entre as dez seleções da fase final. O que salvou a campanha dos árabes foram as vitórias diante de japoneses e australianos, em seus domínios, que lhe permitiram jogar a repescagem com os uzbeques.

Das poucas armas que o técnico egípcio Hossam Hassan terá contra o Uruguai, uma delas é justamente o estádio King Abdullah, na capital Amã. Nos nove jogos disputados em casa, a Jordânia venceu seis, empatou dois e perdeu apenas um (3 a 1 para o Iraque, na segunda fase). Se a defesa costuma não fazer a parte dela, é certo que a dupla formada pelo atacante Ahmed Hayel, do Al Arabi (Kuwait), e pelo meia Hassan Abdel Fatah, do Al Wahdat (Jordânia), será a outra esperança dos asiáticos. Cada um fez sete gols até aqui, pouco menos da metade dos 30 tentos jordanianos nas eliminatórias.

O atacante reserva, Abdallah Deeb, do Al Orubah (Arábia Saudita), da segunda divisão, também costuma entrar em campo e deixar sua marca – foram três gols. Apesar dos 33 anos, Amer Deeb, meia e capitão do time, que costuma atuar no lado direito do gramado, é outro que aparece na frente para finalizar – autor de cinco gols e titular absoluto. Parece que a Jordânia tem pouquíssima qualidade para brigar pela vaga com o Uruguai e a sorte dos asiáticos será posta em prática no jogo de ida, em Amã. Se perder ou empatar com gols, a Jordânia desembarcará em Montevidéu apenas para um teste de luxo.

Azarões da Oceania

Na teoria, a situação da Nova Zelândia é parecida com a da Jordânia. Campeã das eliminatórias da Oceania com extrema facilidade, somando 18 pontos em seis jogos (100%) contra Nova Caledônia, Taiti e Ilhas Salomão, a Nova Zelândia sabe que não terá vida fácil diante do México. O porém fica por conta da terrível fase dos latinos, que só venceram o Panamá no estádio Azteca, local do jogo de ida, e só estão nos playoffs por incompetência do Panamá.

Para superar o México e se classificar para a terceira Copa da história – segunda consecutiva –, a Nova Zelândia precisa contar com seus principais atletas. Os experientes continuam sendo as apostas do técnico local Ricki Herbert. Shane Smeltz e Chris Killen, que estiveram na África do Sul, são os mais perigosos na frente, assim como o ainda jovem Chris Wood, hoje com 21 anos, que também jogou o último Mundial. Porém, os três estão lesionados e não participaram do tour de uma semana pelos Estados Unidos, em que a Nova Zelândia empatou sem gols com Chivas USA e Trinidad & Tobago.

A defesa não conta mais com o capitão Ryan Nielsen, aposentado, mas o grande destaque é Winston Reid (25), do West Ham, que terá a companhia de Andrew Durante (Wellington Phoenix) e Tommy Smith (Ipswich Town). A novidade no setor é o zagueiro Bill Tuiloma, 18 anos, do sub-19 do Olympique de Marselha.

As ausências dos meias Marco Rojas (21, do Stuttgart) e Tim Payne (19, do Blackburn Rovers), igualmente por lesão, atrapalham o planejamento de Herbert, que torcia para ter time completo nos treinamentos, a fim de testar mudanças táticas e dar padrão de jogo a um elenco que antes da repescagem terá jogado apenas cinco vezes (jogos oficiais) em 2013.

Mas quem sabe todos os jogadores se recuperam a tempo e a Nova Zelândia não surpreende mais uma vez? A pressão estará com os mexicanos e os neozelandeses poderão decidir em casa. É bom lembrar que os All Whites não perderam na fase de grupos na África do Sul, com três empates diante de Eslováquia (1 a 1), Itália (1 a 1) e Paraguai (0 a 0), ficando à frente dos italianos.

Mundial sub-17
  • Começa hoje a competição, com sede nos Emirados Árabes Unidos. Além dos emirianos, que estão no Grupo A, ao lado de Brasil, Eslováquia e Honduras, os outros asiáticos são: Uzbequistão (Grupo C, com Croácia, Panamá e Marrocos), Japão (Grupo D, além de Venezuela, Rússia e Tunísia), Irã (no E, com Canadá, Áustria e Argentina) e Iraque (no F, com México, Nigéria e Suécia). A Nova Zelândia representa a Oceania e figura na chave B, ao lado de Uruguai, Costa do Marfim e Itália.
Amistosos
  • As seleções asiáticas já classificadas para o Brasil entraram em campo nas datas-Fifa. A Coreia do Sul perdeu para o Brasil (2 a 0), mas superou Mali (3 a 1). O Japão foi derrotado duas vezes, por Sérvia (2 a 0) e Bielorrússia (1 a 0), enquanto a Austrália levou de 6 a 0 da França, mas passou pelo Canadá (3 a 0), na estreia do ex-jogador Aurelio Vidmar como técnico, depois de demissão do alemão Holger Osiek, que não aguentou as goleadas para Brasil e França.
Elim. Copa da Ásia 2015
  • O Irã não disputou amistosos, pois entrou em campo pelo qualificatório da Copa da Ásia. Os persas lideram o Grupo B, com sete pontos. Omã, também com sete (chave A), Arábia Saudita, que tem seis (Grupo C), Bahrein (sete, na Chave D) e Emirados Árabes (nove, no E) são os melhores colocados. Os dois primeiros de cada grupo e o melhor terceiro colocado geral (hoje a Malásia) se garantem na fase final, na Austrália. Além dos anfitriões, Japão (campeão de 2011), Coreia do Sul (terceira colocada), Coreia do Norte (campeã da AFC Challenge Cup) e o vencedor da mesma competição em 2014 entram direto.
OFC Champions
  • Nesta semana começou a Liga dos Campeões da Oceania 2013/14. A fase preliminar conta com Pago Youth (Samoa Americana), Tupapa Maraerenga (Ilhas Cook), Kiwi (Samoa Ocidental) e Lotoha’apai United (Tonga). Apenas o campeão ingressará na fase de grupos, diferente da temporada passada, quando o vencedor ainda encarava o pior da competição nos grupos do ano anterior. Em 2012/13, os mesmos times participaram e o Tupapa levou a melhor.
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