O Corinthians se esforçou tanto que conseguiu ser eliminado também na Sul-Americana
Assim como apresentações desde o início da competição internacional, desclassificação corintiana teve desempenho vexatório

A derrota do Corinthians para o Huracán (ARG) na noite desta terça-feira (27) foi o completo reflexo do que fez o Timão durante toda a Sul-Americana.
E por mais que a classificação aos playoffs tenha escapado nos minutos finais, a equipe alvinegra não mereceu destino melhor em momento algum na competição continental.
Talvez ter sido eliminado na Sul-Americana não foi necessariamente um vexame. Mas a apresentação do clube em Buenos Aires, extensa à toda campanha corintiana na competição continental, foi uma grande vergonha.
Não foi bom, nem sofrido, tampouco Corinthians.
E, ainda assim, a classificação só escapou das mãos do clube alvinegro nos minutos finais da última partida da fase de grupos. E graças a um gol marcado em outro jogo.
Ao empatar o duelo com o Racing (URU), no último minuto, o América de Cali (COL) assumiu a segunda colocação na chave e, consequentemente, eliminou o Timão.
E o que seria uma classificação culposa, se transformou em uma eliminação mais do que justa do Corinthians.
O Corinthians foi um conjunto de nada com coisa alguma
O desempenho corintiano no empate sem gols com o Atlético-MG, no último fim de semana, ainda com um time alternativo, deu esperanças por um desempenho melhor do Corinthians em Buenos Aires. Principalmente considerando-se o caráter decisivo do confronto.
Na prática, tudo ficou somente na teoria.
A apresentação corintiana contra o Huracán foi sem sabor algum, completamente insossa e passiva.
A impressão deixada no primeiro tempo foi que o empate era o ideal para o clube – o que não foi.
Quando sofreu o gol, logo no início do segundo tempo, coube ao time tentar sair para o jogo.
Mas isso foi feito de forma pouco efetiva e completamente desordenada.
O reflexo disso foram as alterações promovidas pelo técnico Dorival Júnior durante a etapa final, que primeiramente encheu o time de atacantes e, posteriormente, apostou em ter mais meias em campo.
A consequência foi a inoperância com a bola nos pés mesmo com a necessidade da equipe em buscar o resultado.
- - ↓ Continua após o recado ↓ - -
Dá para tirar algo de bom dessa eliminação?
Se espremer com muita força, ficam duas boas novas ao Corinthians após a derrota para o Huracán e a eliminação na Sul-Americana:
- A volta de Rodrigo Garro;
- O calendário mais folgado.
A entrada do meia argentino, que não entrava em campo desde a final do Paulistão, no dia 27 de março, foi algo muito positivo ao Timão.
Garro ainda está claramente fora de ritmo e precisa ter mais tempo em campo para voltar à melhor sintonia.
De toda forma, o argentino foi o grande responsável pelos grandes momentos corintianos na etapa final.
Uma falta cobrada pelo meio-campista gerou o primeiro chute do Corinthians em direção ao gol adversário somente aos 23 minutos do segundo tempo.
Rodrigo também se movimentou, rondou a área do Huracán, cavou falta e até mesmo protagonizou um lance que gerou grande reclamação de pênalti cometido pelo time argentino.
Já a folga corintiana no calendário é o resultado do famoso mal que vem para bem.
Nenhum clube deseja ser eliminado, sobretudo em um campeonato internacional, mas o Timão mostra claros sinais de desgaste por conta da sequência de jogos, com três competições disputadas de forma simultânea.
Agora, sem a Sul-Americana, caberá ao Corinthians voltar as atenções ao Campeonato Brasileiro e à Copa do Brasil.
Por outro lado, mais uma vez o clube alvinegro tem uma temporada vexatória em torneios continentais.
Além da eliminação na fase de grupos da Sul-Americana, o Corinthians também foi desclassificado da Libertadores em 2025, ainda no ponto preliminar do torneio.