Libertadores

Tite explica como pretende reverter as vaias no Flamengo: ‘Dói em mim’

Treinador ainda defendeu escolhas que não vingaram na derrota rubro-negra para o Peñarol em pleno Maracanã

A coletiva de Tite foi mais rápida do que o habitual, muito por conta do protocolo da Conmebol para o pós-jogo. Hostilizado pelos rubro-negros nas arquibancadas, Tite foi bombardeado com perguntas sobre as escolhas táticas na derrota para o Peñarol.

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Mais do que qualquer escolha, o treinador também falou sobre as vaias e xingamentos, que tomaram conta do Maracanã durante e depois do jogo. Tite manteve o respeito ao torcedor do Flamengo.

As vaias afetam?

Na opinião do comandante, o caminho é justamente o contrário daquilo que o Flamengo fez nesta noite de quinta-feira (19). Para conquistar um torcedor de time grande, é preciso, acima de bola jogada — que também não foi boa, por sinal, é preciso vencer.

— O lado da experiência também mostra que as reações dos torcedores são compatíveis com o amor pelo clube. Tenho respeito quando a torcida me critica e me vaia. O resultado pode reverter isso. Vencer e classificar lá é o caminho — analisou.

O professor Tite ainda comentou sobre como os resultados interferem no trabalho. A retrospectiva daquilo que foi feito no Flamengo está nas mãos de poucos jogos em 2024. E se não ganhar, acabou.

— Eu tenho que respeitar o sentimento do torcedor. Dói em mim, mas preciso respeitar. Sabe como ganha a confiança de torcedor de time grande? Ganhando títulos importantes. Se não for assim, tchau. Eu sei respeitar o sentimento do torcedor. Até porque também fui torcedor e queria que meu time vencesse. Mas tenho isso de forma muito tranquila. Não é aqui, todo lugar é assim, e só tem uma forma de reverter. O Campeonato Carioca é insuficiente. Tem que fazer uma campanha e ter um grande título. Pessoalmente dói, mas tem essa experiência toda para direcionar o trabalho. Só tem uma forma, trabalho e resultado. — explicou.

Tite, do Flamengo
Tite durante o clássico entre Flamengo e Vasco (Foto: Icon Sport)

Tite ainda foi perguntado, já no fim da coletiva, se vivia a expectativa de renovar com o Flamengo no fim do ano. No seu melhor estilo, desconversou.

Por que Pulgar e não Léo Ortiz?

A Trivela foi direta ao perguntar sobre a escolha para o titular na posição de primeiro volante. Tite confiou em Pulgar, mas o chileno acabou errando. A torcida pedia Léo Ortiz, mas não foi atendida.

— Todas as possibilidades ventiladas agora não têm razão. Pulgar é um jogador de seleção, vinha bem. O Léo estava jogando muito em uma posição que ele não gostaria. Não dá para generalizar uma situação por um erro. —, opinou.

— A escolha foi em cima de um jogador de seleção, de alto nível que tem todo um lastro em cima de uma equipe organizada e treinada mais com ele do que com o próprio Ortiz — finalizou.

Tite sobre a escolha entre Pulgar e Léo Ortiz:

“Todas as possibilidades ventiladas agora não têm razão. Pulgar é um jogador de seleção, vinha bem. O Léo estava jogando muito em uma posição que ele não gostaria. Não para generalizar uma situação por um erro. Pulgar é um jogador de seleção”

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— Gui Xavier (@guivxavier.bsky.social) September 19, 2024 at 9:42 PM

Veja outros pontos abordados na coletiva

Tentativa de reação no jogo

— O jogo do desempenho estava bem-apresentado, e a efetividade ela também faz parte do futebol. Futebol é assim, em alguns momentos fica com a sensação de que vai criar, ou fazer, e a imprecisão te tira. E eu tive essa sensação em alguns momentos durante jogo.

— Jogos se transformavam em outras situações que você cria uma, duas, três, você é efetivo. Futebol te permite isso. Pode-se jogar 10 vezes com o mesmo desempenho e não vai ter o mesmo placar. Hoje, o gol nos pressionou um pouco mais. Lá, talvez eu possa ter o outro lado da moeda.

Por que entrar com Alex Sandro e Varela, que são menos agudos?

— Temos dois grandes jogadores na lateral esquerda. Assim como era com Viña, que alternava. Estou tranquilo com qualquer decisão que seja tomada pela qualidade dos dois. Alex Sandro é construtor, com liberdade maior para De la Cruz, mas qualquer um dos dois vai dar uma resposta importante.

Substituições

— Ideias. Quando tiro Erick, boto o Alcaraz, que é um jogador mais ofensivo e tem chute de média distância. Nós sabíamos que íamos ter um limite de tempo para o Nico (De la Cruz). Você tem uma ofensividade maior com um finalizador de média distância, que é o Charly (Alcaraz). Essa foi a ideia.

Foto de Guilherme Xavier

Guilherme XavierSetorista

Jornalista formado pela PUC-Rio. Da final da Libertadores a Série A2 do Carioca. Copa do Mundo e Olimpíada na bagagem. Passou por Coluna do Fla e Lance antes de chegar à Trivela, onde apura e escreve sobre o Flamengo desde 2023.
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