Libertadores

Como o Botafogo pode encarar o São Paulo na Libertadores?

Com bons números em setores diferentes, Botafogo e São Paulo inicial, nesta quarta, no Nilton Santos, a disputa das quartas de final da Libertadores

O confronto entre Botafogo e São Paulo, nesta quarta-feira (18), pelo jogo de ida das quartas de final da Copa Libertadores vai colocar frente a frente o melhor ataque contra a melhor defesa da competição continental.

O poderoso setor ofensivo do Glorioso não deve ter vida fácil contra a defesa do time paulista, no Nilton Santos, às 21h30 (horário de Brasília).

Como muitos nomes de qualidade do meio para frente e um estilo de jogo intenso, o Botafogo também tem o melhor ataque entre os clubes da Série A em 2024. Até aqui, o time marcou 99 gols na temporada. Na Libertadores, foram 21 gols em 12 partidas. No mesmo período, o Tricolor marcou 74.

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Melhores ataques da Copa Libertadores

  • Botafogo: 21 gols (12 jogos)
  • Atlético-MG: 16 gols (8 jogos)
  • Peñarol: 16 gols (8 jogos)
  • River Plate: 16 gols (9 jogos)
  • Flamengo: 13 gols (8 jogos)

Mas, se por um lado o São Paulo não marcou tanto, por outro, outro setor promete dificultar a vida do alvinegro no Nilton Santos.

O time paulista tem a quarta melhor defesa da temporada entre os clubes da Série A. Foram 44 gols sofridos até aqui. Apenas Palmeiras, Internacional e Flamengo têm defesas menos vazadas.

Na Copa Libertadores, a defesa do São Paulo tem se mantido soberana. O Tricolor sofreu apenas três gols na competição. O Botafogo sofreu 12 gols.

Melhores defesas da Copa Libertadores

  • São Paulo: 3 gols (8 jogos)
  • River Plate: 5 gols (9 jogos)
  • Flamengo: 5 gols (8 jogos)
  • Atlético-MG: 7 gols (8 jogos)
  • Fluminense: 8 gols (8 jogos)

Com o técnico Luis Zubeldia, os números são ainda mais impressionantes. Em seis jogos na Libertadores, o Tricolor levou apenas um gol sob o comando do argentino. No total, foram 22 gols sofridos em 32 partidas, uma média de 0,68 por jogo.

Raio-x: como foram os gols sofridos pelo São Paulo

Para entender quais podem ser os pontos fracos dessa boa defesa do São Paulo, a Trivela reviu os 22 gols sofridos pelo time de Zubeldia – e aqui, cabe ressaltar que todos esses gols saíram em 16 partidas.

Em outros incríveis 16 jogos, a equipe do técnico argentino não foi vazada.

  •  8 gols em finalizações de dentro da grande área;
  • 4 gols em finalizações de fora da área;
  • 3 gols em finalizações de dentro da pequena área;
  • 3 gols de cabeça;
  • 2 gols de pênalti;
  • 2 gols contra;

Oito das 22 jogadas que resultaram em gols, como em um cruzamento ou lances trabalhados, foram concluídas pelo lado direito da defesa do São Paulo. Nesta parte do campo, o Botafogo tem nomes como Thiago Almada e Savarino, e pode ter Alex Telles entrando durante a partida, fato que pode desequilibrar o confronto a seu favor. 

São Paulo sofre com gols no fim dos tempos

Também chamou a atenção o número de gols sofridos na reta final das partidas. O São Paulo de Zubelbia sofreu seis gols após os 35′ do segundo tempo, e três nos acréscimos do primeiro tempo.

Os gols no fim do jogo, que marcaram o fracasso do Botafogo no último Campeonato Brasileiro, agora viraram uma das armas do time de Artur Jorge.

Intenso, em boas condições físicas e com bons nomes no banco de reservas, o Glorioso não costuma se acomodar nas partidas. Sob o comando do português, o Botafogo marcou 11 vezes nos 10 minutos finais da partida, sete delas, quando o relógio marcava mais de 40′.

Foto de Gabriel Rodrigues

Gabriel RodriguesSetorista

Jornalista formado pela UFF e com passagens, como repórter e editor, pelo LANCE!, Esporte News Mundo e Jogada10. Já trabalhou na cobertura de duas finais de Libertadores in loco. Na Trivela, é setorista do Vasco e do Botafogo.
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