Libertadores
Tendência

Palmeiras teve solidez suficiente para buscar uma importante vitória em Guayaquil contra o Barcelona

O Palmeiras chegou a seis pontos, dividindo a liderança, e fecha a campanha com duas partidas em casa

O Palmeiras teve uma atuação muito sólida e contou novamente com a sua forte bola parada para superar um dos desafios mais difíceis da sua fase de grupos na Libertadores. Em Guayaquil, derrotou o Barcelona, outro candidato a avançar às oitavas de final, por 2 a 0, com gols de Raphael Veiga, cobrando pênalti, e Gustavo Gómez. Chegou a seis pontos e se igualou ao Bolívar na liderança.

Uma rara vitória como visitante dos bolivianos (a maior da sua história pela Libertadores) deixou a chave mais embolada. O Palmeiras perdeu na altitude contra o Bolívar na estreia, com um time reserva, mas se recuperou derrotando Cerro Porteño e agora o Barcelona, ambos nas últimas posições com três pontos. Nesta quarta-feira, bastou resistir a uma pressão inicial para começar a assumir as rédeas da partida e, se sofreu alguns sustos depois de marcar o segundo gol, não teve a sua vitória ameaçada.

Abel Ferreira repetiu a escalação do dérbi do último sábado, e o Palmeiras teve alguns problemas nos 10 minutos iniciais. Empolgado, o Barcelona criou três chances perigosas. Christian Ortíz cabeceou para fora logo no primeiro minuto, e Weverton teve que fechar o seu canto para frustrar Agustín Rodríguez, que depois recebeu um bom passe dentro da área, mas mandou no lado de fora da rede. Aos 13 minutos, o chute de longe de Dudu marcou a mudança de maré da partida.

O Palmeiras passou a ter mais posse de bola e teve a paciência para encontrar os espaços. Veiga arriscou de fora da área, e o desvio deixou Mayke cara a cara com o goleiro. Ele preferiu tentar o cruzamento para Rony, na boca do gol, mas a defesa cortou. Tanto Mayke quanto Rony pareciam impedidos na jogada. A nota negativa foi a lesão no ombro de Murilo, perto da meia hora. O autor de um dos gols da vitória sobre o Corinthians foi substituído por Luan.

Veiga deu um lindo passe para a segunda trave, e Rony virou uma acrobacia, mas pegou meio mal na bola. Mario Pineida não teve tanta dificuldade para salvar em cima da linha e mandou para escanteio. Na cobrança Gómez subiu livre e mandou para fora. Outro canto, pouco depois, terminou com outra testada do capitão alviverde que saiu pela trave esquerda. Aos 41 minutos, Luan buscou Veiga entre as linhas. O meia não alcançou, a bola passou por todos e chegou a Rony. Mendoza fechou bem o ângulo, cara a cara.

Em uma noite inspirada, Veiga recebeu de Piquerez no círculo central, completamente livre, e soltou nas costas da defesa. Foi um pouco longo, mas Rony não desiste de nenhuma e foi atrás. Mendoza saiu meio estabanado do gol, direto em suas pernas, e cometeu pênalti. Veiga cobrou com tranquilidade, abriu o placar para os visitantes e comemorou destacando a faixa preta de luto usada em homenagem ao médico Gustavo Magliocca, que morreu nesta quarta-feira de câncer aos 42 anos.

Logo no começo do segundo tempo, um desvio da zaga do Barcelona na primeira trave deixou Gómez na boca do gol: 2 a 0. O Palmeiras ligou o modo administração com a vantagem dupla no placar. Não administrou tão bem assim, mas contou com Weverton quando foi necessário. Depois de Leonai Souza acertar a trave com uma bomba de fora da área, o goleiro alviverde fez boas defesas contra Adonis Preciado e Luca Sosa. Os visitantes tinham o contra-ataque, geralmente desacelerado, sem correr tantos riscos até o apito final.

Não foi uma atuação brilhante, mas competente o suficiente para não sofrer tanto em um jogo fora de casa em Libertadores, que deixa a classificação bem encaminhada ao Palmeiras, que já divide a liderança e terá dois jogos no Allianz Parque para encerrar sua campanha.

Foto de Bruno Bonsanti

Bruno Bonsanti

Como todo aluno da Cásper Líbero que se preze, passou por Rádio Gazeta, Gazeta Esportiva e Portal Terra antes de aterrissar no site que sempre gostou de ler (acredite, ele está falando da Trivela). Acredita que o futebol tem uma capacidade única de causar alegria e tristeza nas mesmas proporções, o que sempre sentiu na pele com os times para os quais torce.
Botão Voltar ao topo