Palmeiras: nervoso, Abel Ferreira ignora jejum e escancara falta de peças
Técnico do Palmeiras, Abel Ferreira ficou irritado quando confrontado quanto à inoperância do ataque durante coletiva

O técnico Abel Ferreira chegou nervoso para a entrevista coletiva após o empate em 0 a 0 do Palmeiras com o Boca Juniors, na quinta-feira (28), em Buenos Aires, em jogo válido pela semifinal da Libertadores.
Arisco desde os primeiros minutos, o português se preocupou muito em demonstrar os méritos da estratégia por ele desenhada e deu de ombros para os claros problemas que o time tem mostrado na fase ofensiva. Nas últimas cinco partidas, desde que Dudu rompeu os ligamentos do joelho direito, o Palmeiras anotou apenas um gol.
– Tá, mas qual é a pergunta? – disse Abel, quando indagado sobre estar preocupado com o fato de o Palmeiras estar em um momento ruim ofensivamente.
O português também, mais de uma vez, procurou deixar claro que lamenta o fato de não ter recebido mais opções da diretoria para formar seu ataque.
– Precisava de mais opções, infelizmente não temos. O Dudu lesionou, era um ponta que poderia nos dar largura, mas infelizmente não o temos aqui. Uma coisa vocês podem ter certeza: jogaram os melhores que tínhamos – afirmou o técnico.
Depois, quando indagado sobre mudanças possíveis para suprir o problema ofensivo, colocando alguém na esquerda, ele foi irônico com o repórter que fez a pergunta e pediu então que ele lhe desse soluções. Ao ouvir que poderia usar Endrick com Rony, disse que o camisa 10 não é mais ponta e desdenhou do que ouviu.
Na sequência, quando a reportagem da Trivela perguntou se ele achava que Kevin poderia ser uma opção, dado que, apesar de ter jogado muito pouco, é o jogador com características mais parecidas com a de Dudu, ele manteve o sarcasmo.
– O Kevin é uma opção para a posição. Se não tivermos outro, joga o Kevin. Parece fácil estar sentado aqui, pegar um moleque que há alguns meses não estava na equipe A e colocá-lo para jogar. É fácil, não é? Uma coisa vocês podem ter certeza: faço o melhor que posso com os recursos que tenho – afirmou.
Já para La Bombonera e torcida do Palmeiras, só elogios
Os momentos mais descontraídos da coletiva aconteceram quando Abel foi perguntado sobre como foi enfrentar a “melhor torcida do mundo”, como disse o repórter que fez a pergunta, em referência aos torcedores do Boca.
– A melhor torcida do mundo é a do Palmeiras – afirmou.
Mesmo assim, o ex-jogador Abel destacou a atmosfera da Bombonera, afirmando que é complicado para os atletas adversários e que gostaria de ter entrado em campo.
– Viemos jogar num estádio mítico, em uma atmosfera espetacular, difícil aos jogadores. Eu queria muito vir aqui e desfrutar do espetáculo. Eu disse aos meus atletas: se eu pudesse, pagava para jogar esse jogo. É uma energia muito boa, o próprio estádio, como é feito, parece que estão sempre a falar no teu ouvido – completou o técnico do Palmeiras.
Próximos jogos do Palmeiras
- Palmeiras x Boca Juniors – Libertadores – quinta-feira, 5 de outubro, às 21h30 (horário de Brasília);
- Palmeiras x Santos – Campeonato Brasileiro – domingo, 8 de outubro, às 16h (horário de Brasília);
- Palmeiras x Atlético-MG – Campeonato Brasileiro – quinta-feira, 19 de outubro, às 19h (horário de Brasília).