Libertadores

Palmeiras empata com o Boca e volta de Buenos Aires com mais preocupações do que chegou

Palmeiras vai mal na Bombonera, deixa Boca Juniors jogar e fica no empate no jogo de ida da semifinal da Libertadores

Na primeira partida da semifinal da Libertadores, o Palmeiras teve mais sorte do que futebol em La Bombonera, nesta quinta-feira (28). Após jogo em que foi pior que o Boca Juniors, o time volta para São Paulo com um empate em 0 a 0 e mais preocupações do que trouxe para Buenos Aires quando chegou.

O time de Abel Ferreira mostrou um futebol de pouca criatividade, que não encontrou soluções para os desafios propostos pelo time da casa. A sorte do Palmeiras é que os comandados de Jorge Almirón tem pouquíssima qualidade técnica.

Porque se tivesse cometidos menos erros em lances cruciais, teria fatalmente vencido o Palmeiras por dois ou mais gols de diferença. O Palmeiras precisa mudar completamente sua proposta tática e sua postura se quiser fazer a final da Libertadores.

Poucas vezes o Palmeiras se mostrou tão acuado e inoperante sob o comando de Abel.

Boca não deixa Veiga jogar e trava o Palmeiras

O Palmeiras começou o primeiro tempo melhor. Com paciência, o time de Abel Ferreira rodava a bola para atrair o Boca. Surtiu efeito no início. Arthur, pela direita, onde rende muito mais, aparecia livre fazendo a diagonal. Mesma movimentação que Rony tentava da esquerda para o centro. O camisa 10 chegou a desperdiçar chance clara após enfiada de Zé Rafael.

Mas a partir dos 25 minutos, o Boca cresceu no jogo, após uma bola enfiada de Barco para Merentiel desviar a milímetros da trave de Weverton. Mesmo em impedimento, o lance acendeu a torcida e o time argentino. Que se teve menos a bola, soube aproveitar seus minutos a menos com verticalidade e força.

O Palmeiras insistia muito pela direita de seu ataque. Até porque, os argentinos não deixavam Raphael Veiga pegar na bola. E sem ele, o lado esquerdo, com Piquerez, não era útil. A bola simplesmente não chegava ao uruguaio.

Foram 11 arremates dos Xeneizes na etapa inicial, contra apenas três dos palmeirenses – nenhum realmente incomodou Romero. Pelo Boca, os dois mais perigosos foram cabeçadas de Cavani. Aos 47, o uruguaio subiu livre e cabeceou muito próximo à trave esquerda de Weverton. O apito final da primeira etapa foi um alívio.

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Xeneizes mantiveram a pegada e mandaram no jogo

O Palmeiras teve oito minutos de respiro no começo do 2º tempo, inclusive com uma boa chegada de Mayke, outra de Zé Rafael e uma excelente infiltração de Veiga, após lançamento de Rocha. A jogada terminou em um chute de esquerda do camisa 23, que saiu à direita de Romero.

Mas o Boca respondeu com força e chegou a balançar a rede, após Weverton já ter salvado o Verdão em arremate cara a cara de Fabra. Na sequência, antes de Advíncula fazer o gol, Fabra empurrou Marcos Rocha que dominou o rebote e, verdade seja dita, demorou para despachar a bola.

O Boca cresceu no barulho de sua torcida e encurralou o Palmeiras. Aos 23, em rebote de chute de Fabra que Weverton espalmou fraco, Cavani deixou de fazer o gol por milímetros, quase de frente com o pé da trave esquerda do goleiro alviverde.

O time argentino seguiu martelando e, ao Palmeiras, só restou se fechar e tentar encaixar um contra-ataque. Até houve chegadas e chutes, é verdade. Principalmente porque Veiga passou a atuar como um ponta-esquerda, para poder ter a bola. Mas a verdade é que, assim como no primeiro tempo, o segundo também foi todo do Boca.

Ainda bem para o Palmeiras que o futebol, ao contrário do boxe, não concede vitórias por pontos.

Estatísticas de Boca Juniors 0 x 0 Palmeiras

  • Posse de bola: Boca 56% x 44% Palmeiras
  • Chutes: Boca 18 x 9 Palmeiras
  • Chutes no gol: Boca 7 x 2 Palmeiras
  • Faltas: Boca 13 x 15 Palmeiras
  • Passes certos: Boca 80% x 78% Palmeiras
Foto de Diego Iwata Lima

Diego Iwata LimaSetorista

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero, Diego cursou também psicologia, além de extensões em cinema, economia e marketing. Iniciou sua carreira na Gazeta Mercantil, em 2000, depois passou a comandar parte do departamento de comunicação da Warner Bros, no Brasil, em 2003. Passou por Diário de S. Paulo, Folha de S. Paulo, ESPN, UOL e agências de comunicação. Cobriu as Copas de 2010, 2014 e 2018, além do Super Bowl 50. Está na Trivela desde 2023.
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