Libertadores
Tendência

O Atlético Mineiro teve que virar, mas buscou vitória vital – com Paulinho arrebentando novamente

O atacante marcou duas vezes e comemorou com o punho aos céus, em solidariedade a Vinícius Júnior

Candidato a um dos melhores reforços do futebol brasileiro em muito tempo, Paulinho decidiu novamente para o Atlético Mineiro e ajudou a resgatar uma campanha na fase de grupos da Libertadores que parecia prestes a afundar. Nesta terça-feira, marcou duas vezes no Mineirão para arrancar a vitória por 2 a 1 sobre o Athletico Paranaense e levar o Galo aos seis pontos, temporariamente na vice-liderança, mas ainda muito mais bem colocado para avançar.

O Atlético Mineiro pode ser ultrapassado pelo Alianza Lima ou receber a companhia do Libertad, que se enfrentam ainda nesta terça-feira, mas era essencial ganhar do Furacão, depois de somar apenas três pontos no primeiro turno da fase de grupos. Principalmente porque seus últimos dois jogos, contra os peruanos e os paraguaios, serão realizados fora de casa. O Athletico lidera com sete e fecha a sua campanha com duas partidas como mandante.

Paulinho chegou a 13 gols na temporada, decisivo na Libertadores. Ele marcou e deu duas assistências contra o Carabobo, guardou três vezes nos duelos contra o Millonarios e também deixou o seu na derrota para o Atlhetico Paranaense na Arena da Baixada. Ao comemorar, Paulinho ergueu o punho, em um gesto de protesto que era característico do ídolo do Galo, Reinaldo, e em apoio a Vinícius Júnior.

“Foi para mostrar apoio total ao Vinícius. Jogamos juntos na seleção de base, temos a mesma idade e tivemos uma bela parceria. Ficamos muito tristes com o que acontece lá fora. É algo que não cabe mais em lugar nenhum do mundo. Mostrar para ele que vamos lutar até o fim contra esse racismo ridículo que muita gente no continente europeu e aqui também ainda tentam propagar pelo mundo. Mostrar para ele que tem meu total apoio e o apoio do Atlético”, disse, ao Paramount+.

O resultado era mais importante ao Atlético do que o Athletico, e isso ficou claro durante a partida. O Galo foi para cima desde o início e dominou o primeiro tempo. Aproximadamente aos 15 minutos, parecia que não demoraria para abrir o placar. Paulinho exigiu uma defesa no reflexo de Bento, e, logo depois, ele carimbou a marcação. No entanto, o domínio do time da casa não gerou tantas chances claras, e Pablo chegou a levar perigo, com uma batida bloqueada, nos acréscimos. Antes do intervalo, Pavón fez Bento trabalhar bem, após girar dentro da área.

Hulk deu um passe maravilhoso para abrir os trabalhos do segundo tempo, encontrando a projeção de Hyoran entre os zagueiros, mas o chute de canhota do meia-atacante acabou acertando a trave. Logo na sequência, o medo: Cannobio acionou Cristian, que girou batendo em cima da marcação. O goleiro Éverson não foi muito bem na jogada e tocou a bola apenas com a ponta dos dedos. Alex Santana ficou com a sobra na boca do gol e mandou para dentro.

A derrota era catastrófica para o Atlético Mineiro. Rubens mandou a bomba de fora da área, para outra boa defesa de Bento, e Eduardo Coudet se mexeu, com as entradas de Renzo Saravia, Patrick e Igor Gomes, a substituição mais importante. Aos 24 minutos, ele tentou acionar Hulk dentro da área. Pedro Henrique o marcava e deixou a bola passar para Paulinho bater na saída de Bento. Já perto do apito final, Gomes cobrou falta da esquerda, e Paulinho se antecipou na primeira trave para desviar de cabeça e levar o Mineirão à loucura.

Foto de Bruno Bonsanti

Bruno Bonsanti

Como todo aluno da Cásper Líbero que se preze, passou por Rádio Gazeta, Gazeta Esportiva e Portal Terra antes de aterrissar no site que sempre gostou de ler (acredite, ele está falando da Trivela). Acredita que o futebol tem uma capacidade única de causar alegria e tristeza nas mesmas proporções, o que sempre sentiu na pele com os times para os quais torce.
Botão Voltar ao topo