Libertadores

As mudanças de Roger que fizeram o Inter buscar empate após sair perdendo por 3 a 0

Jogando em casa, Colorado saiu do que parecia uma derrota vexatória para um 3 a 3 heroico com o Nacional

Os colorados no Beira-Rio viram uma das grandes noites de Libertadores de seu time nesta terça-feira (22). O Internacional saiu de três gols de desvantagem para um heroico empate em 3 a 3 com o Nacional pela terceira rodada do grupo F. O resultado só foi possível graças ao técnico Roger Machado, que mudou seu time a partir do intervalo.

Após o 3 a 1 na etapa inicial, o treinador do Inter decidiu mudar a postura tática da equipe. Além de colocar Rafael Borré (na vaga de Gabriel Carvalho) como dupla de Enner Valencia no ataque, afundou Fernando entre os zagueiros e liberou de vez os laterais como pontas. Com isso, muita gente estava no corredor central e eram várias as opções de passe.

Aos 21 do segundo tempo, justamente com Bernabei, o lateral-esquerdo, pisando na área, o time gaúcho marcou o segundo em lindo passe de Óscar Romero, outra mexida de Roger. Cerca de seis minutos depois, Alan Patrick, que já tinha feito o primeiro de pênalti, cobrou escanteio na medida na segunda trave e Fernando testou para as redes.

A estrutura tática do Internacional no segundo tempo do empate com o Nacional
A estrutura tática do Internacional no segundo tempo do empate com o Nacional (Foto: Sharemytatics)

A segunda parte do jogo foi um grande contraste comparado à primeira. O Nacional começou com tudo, fez dois em dez minutos com Millán e Boggio e ainda ampliou com Coates, já aos 42. Foram três gols com falhas feias da marcação, sendo dois de escanteio.

O Colorado ao menos saiu com um ponto, chegando aos cinco na liderança da chave. Bahia e Atlético Nacional, respectivamente o segundo e terceiro com quatro e três de pontuação, jogam nesta quinta (24), na Arena Fonte Nova.

Internacional faz de pênalti no fim para amenizar amasso do Nacional

O 3 a 1 ao fim da primeira parte foi extremamente justo. O time uruguaio começou a partida com tudo, marcou aos seis e aos dez minutos, e já tinha obrigado defesa de Anthoni com menos de 90 segundos em batida de Jeremía Recoba. Na sequência aos dois gols, quase veio o terceiro com Nico López, que chutou em cima da marcação em cruzamento de Boggio.

O Inter conseguiu segurar o adversário até os 40, quando, seguido, viu Vitão salvar finalização de Villalba e Coates marcar no escanteio seguinte. Antes disso, o Colorado tentava pressionar, só que a arbitragem de Alexis Herrera parava o jogo a todo instante.

Aos 18, o gol de Wesley, que estava impedido, em falta cobrada rápida por Aguirre demorou uma eternidade para ser analisado — assim como o primeiro do Nacional. Aos 22, o VAR incrivelmente chamou o árbitro para analisar um impedimento de Bernabei em jogada que seria um pênalti marcado em Valencia. Outra penalidade veio aos 36, mas de novo Wesley estava impedido.

O ponta de 26 anos acabou como o protagonista do mandante na etapa inicial. Além do gol e pênaltis anulados, sofreu a outra infração convertida por Alan Patrick e obrigou a única defesa de Mejía em batida aos 36 minutos. Com os 11 de acréscimo e a desvantagem menor, o Inter carimbou o travessão com Bernabei, mas foi só isso.

Alan Patrick cobra pênalti em jogo do Internacional
Alan Patrick cobra pênalti em jogo do Internacional (Foto: Reprodução/Flickr Internacional)

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Colorado busca a história

O começo devagar do Inter nem parecia que daria o caminho para uma remontada histórica. Em mais de 20 minutos, o único chute do Colorado tinha sido uma falta de Alan Patrick por cima do gol. Até o Nacional tinha chegado mais perto do gol, visto que uma chapada de Eduardo Vargas, ex-Atlético Mineiro e Grêmio, passou perto da meta de Anthoni.

O tento de Bernabei aos 21 deu o início a uma pressão sufocante do Colorado. Fernando empatou logo na sequência, mas faltou mais fôlego para buscar a virada. Borré teve uma grande chance ao receber no alto sozinho e cabecear torto para fora. Já nos acréscimos, Vitinho não conseguiu completar cruzamento que passou na cara do gol.

Foto de Carlos Vinicius Amorim

Carlos Vinicius AmorimRedator

Nascido e criado em São Paulo, é jornalista pela Universidade Paulista (UNIP). Já passou por Yahoo!, Premier League Brasil e The Clutch, além de assessorias de imprensa. Escreve sobre futebol nacional e internacional na Trivela desde 2023.
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