Último encontro com o Peñarol fez o Flamengo ‘virar a chave’ na Libertadores

O Flamengo encara o Peñarol nesta quinta-feira (19), pelo jogo de ida das quartas de final da Libertadores. Assim como nas oitavas, os rubro-negros precisarão fazer o resultado em casa se quiserem chegar à Montevidéu com tranquilidade, de olho na próxima fase. Para isso, o clube carioca conta com excelente retrospecto como mandante no torneio.

Ainda que apresente excelente nível no Maracanã, o Peñarol chega ao confronto com status de algoz. Foi justamente o Carbonero o último clube a vencer o Flamengo nessas circunstâncias, há mais de cinco anos.

Relembre a partida

Naquela ocasião, o Flamengo entrou em campo pela terceira rodada da fase de grupos da Libertadores 2019. Depois de vencer San José, em Oruro, e LDU, no Maracanã, os rubro-negros tentavam manter os 100% de aproveitamento e encaminhar a classificação diante do Peñarol.

Vice-líder da chave naquele momento, o Carbonero não facilitou nada para o Flamengo. O que se viu foi um autêntico jogo de Libertadores, truncado, pegado e com poucas oportunidades de gol. Gabigol até balançou as redes, mas estava impedido e ainda conseguiu ser expulso minutos depois.

Com um homem a mais, o Peñarol se aproveitou e conseguiu abrir o placar no finalzinho, com o atacante Viatri. Festa uruguaia no Maracanã.

Restam pouquíssimo remanescentes daquela derrota no Maracanã. Bruno Henrique é o único que começou em 2019 e deve iniciar o duelo desta quinta-feira. Arrascaeta estava no banco e não foi acionado. Gabigol teve atuação complicada naquele dia e não foi relacionado para as quartas de final.

O efeito dominó para o Flamengo

De lá para cá, mais de cinco anos se passaram, e o Flamengo nunca mais perdeu em Libertadores. O Peñarol ainda seria eliminado pelos rubro-negros na rodada derradeira da fase de grupos com empate no Uruguai. A classificação seria combustível para o bi da América do clube carioca.

Os rubro-negros chegam com uma série de 28 jogos de invencibilidade no reencontro com os uruguaios. Desse número de partidas, o Flamengo venceu 25 e empatou três, totalizando 92% de aproveitamento. Destaque para o saldo de gols impressionante: 68 (81 gols marcados e apenas 13 sofridos).

Essa excelente sequência ainda foi fundamental para que o Flamengo melhorasse o seu aproveitamento* como mandante. Antes da fatídica derrota para o Peñarol, a equipe da Gávea tinha apenas 72% de conversão em casa na Libertadores.

* O cálculo de aproveitamento do levantamento da Trivela respeita os critérios de pontuação adotados pela FIFA em cada época; até 1994, as vitórias valiam dois pontos. De 1995 em diante, três.

Melhor mandante brasileiro da história da Libertadores

O 100% de aproveitamento nesta edição colocou o Flamengo na liderança do ranking citado. Dos 87 jogos disputados em casa na história da Libertadores, os rubro-negros venceram 64, empataram 11 e perderam apenas nove, ao longo de 19 participações no torneio.

Os quase 80% de aproveitamento superam o São Paulo por centésimos. Cruzeiro e Internacional também estão perto do Flamengo. É importante frisar que a Trivela não contabilizou clubes brasileiros com menos de dez partidas para o recorte. O Criciúma, por exemplo, esbanja 90% de conversão, mas disputou apenas cinco jogos.