Corinthians conseguiu o melhor que dava para conseguir na última rodada: uma boa vitória
Como a vaga nas oitavas estava fora de alcance e apenas um desastre evitaria a Sul-Americana, o Corinthians não podia sonhar com muito mais do que ganhar com uma atuação satisfatória

O Corinthians não precisava fazer quase nada para ficar em terceiro lugar e entrar na repescagem da Copa Sul-Americana. Isso não aconteceria apenas se fosse derrotado pelo Liverpool, do Uruguai, em Itaquera, o que sempre pareceu um feito impossível até para a sua fase atual. Não à toa, Vanderlei Luxemburgo escalou o time titular misturando jovens e reservas. E conseguiu o melhor que dava para conseguir: uma vitória tranquila por 3 a 0 com uma atuação bastante satisfatória.
Chegou tarde demais para mudar seu destino na Libertadores. O Corinthians ficou em terceiro lugar com sete pontos, ainda a quatro de uma vaga nas oitavas de final. Mas ainda pode sonhar com uma longa campanha continental na Sul-Americana e está em um momento no qual apresentar um bom futebol vale para ganhar confiança em qualquer situação, depois de apenas uma vitória nos últimos cinco jogos.
Domínio do Corinthians no primeiro tempo
Luxemburgo nem levou titulares ao banco. Deu chance a reservas, como o goleiro Carlos Miguel, e para alguns jovens. Wesley e Felipe Augusto começaram jogando, e Pedro, na mira do Zenit São Petersburgo, entrou no segundo tempo. Foi mais do que o suficiente para dominar o Liverpool no primeiro tempo. Matheus Araújo perdeu uma grande chance logo aos seis minutos, depois de uma engrossada de Federico Pereira dentro da área – e não seria a última dos uruguaios nesta noite.
Sebastián Britos fez duas defesas importantes para barrar Adson. A primeira bem bonita após o corintiano tabelar com Giuliano e bater de primeira. Depois, chutou pelo alto e novamente parou no goleirão. Giuliano perdeu uma bola no meio-campo e permitiu um raro momento de perigo do Liverpool, e Murillo quase abriu o placar, em uma bola viva dentro da área. Araújo girou bonito no campo de ataque para evitar a marcação e abriu na direita para Adson. A tentativa cruzada passou perto na trave e frustrou Araújo que pedia o passe para finalizar de frente.
Mas passou rápido. Aos 31 minutos, Wesley recebeu pela esquerda, dançou na frente do defensor e bateu na trave. A sobra caiu nos pés de Araújo, que apenas empurrou às redes e abriu o placar para o Corinthians.
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Carlos Miguel brilha em cobrança de pênalti
O placar quase foi dobrado de imediato depois do intervalo, mas Giuliano estava impedido, depois de um desvio em novo esforço de Adson, o chuta-chuta da noite. A checagem do assistente de vídeo para confirmar a posição do meia alvinegro foi longuíssima. Felipe Augusto exigiu uma defesa de média distância de Britos e depois mostrou muito senso de posicionamento. Juan Izquierdo esqueceu de passar giz no taco, Adson pegou a sobra e bateu sem ângulo. A bola pegou na trave, no joelho esquerdo de Augusto e entrou.
Era para o jogo morrer, mas outra checagem do VAR de quase cinco minutos terminou com a conclusão de que o toque de mão de Giuliano que inadvertidamente bloqueou uma bomba à queima-roupa dentro da área foi pênalti. Rubén Bentancourt cobrou aberto de perna direita, e Carlos Miguel fez a defesa. No rebote, bateu cabeça com sua própria defesa, mas se recuperou a tempo de fazer uma linda intervenção no rebote de Gastón Martirena.
Aos 39 minutos, Adson conseguiu marcar o gol que estava merecendo. Pedro disparou pela ponta esquerda e cruzou para trás. Izquierdo novamente não brilhou na jogada, e Adson mandou a sobra para dentro, fechando uma noite mais agradável do que o esperado para a torcida corintiana – pela vitória contundente e pela boa atuação dos garotos.
Como fica a classificação no Grupo E
- 1° colocado: Independiente del Valle, com 12 pontos (classificado às oitavas)
- 2° colocado: Argentinos Juniors, com 11 pontos (classificado às oitavas)
- 3° colocado: Corinthians, com sete pontos (repescado à Sul-Americana)
- 4° colocado: Liverpool-URU, com quatro pontos