O moderno Monumental ainda passa por reformas e tenta corrigir problemas internos; confira
Trivela presenciou as reformas do estádio durante a goleada histórica por 4 a 1 sofrida pela seleção brasileira para a Argentina
BUENOS AIRES (ARGENTINA) — O River Plate se orgulha de ter o maior estádio da América do Sul. E de fato, o Monumental de Núñez se ergue imponente com seus quase 85 mil lugares, às margens do Rio da Prata, a ponto de ter sido eleito também como o melhor estádio do continente.
A casa dos Millonários impressiona a todos que pisam sobre seu concreto. Especialmente depois da reforma mais recente, entre 2022 e 2023. As obras ampliaram sua capacidade, aproximaram as arquibancadas do campo e modernizaram a sua estrutura. O estádio ficou ainda mais grandioso, é inegável, longe do perfil das modernas arenas.
Mas é verdade também que o Monumental de Núñez ainda é um canteiro de obras a céu aberto, com estruturas que ficam aquém de sua imponência.
A reportagem da Trivela esteve no estádio para testemunhar in loco o massacre da Argentina sobre o Brasil, com uma histórica goleada por 4 a 1 na última terça-feira (25). Foi possível perceber também que a casa do River Plate está longe — bem longe — de ser finalizada, com problemas estruturais ainda aparentes.
Já era assim às vésperas da final da Libertadores de 2024, vencida pelo Botafogo diante do Atlético Mineiro, como mostramos nessa reportagem. E a estrutura não mudou muito desde então.
Obras por todos os lados
Apesar de operar normalmente e suportar um evento com 80 mil pessoas sem grandes transtornos, o Monumental de Núñez ainda passa por reformas. As obras são perceptíveis em vários pontos do estádio. A entrada da imprensa pela porta Belgrano é rodeada de tapumes, com tijolos aparentes e até mesmo uma escada de madeira utilizada pelos operários.
Do lado de fora, alguns trechos do estádio estão cobertos de areia e terra e servem de estacionamento para máquinas e também contêineres de lixo.
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Estrutura da imprensa ainda deixa a desejar
A estrutura para a imprensa ainda deixa a desejar. Mesmo a tribuna de imprensa seja bastante grande, muitos jornalistas — a maioria brasileiros — ficaram espremidos entre uma cadeira e a mureta na última fileira do espaço reservado.
No local, mal dava para sentar com as pernas dobradas. Não havia mesa, nem tomadas para a imprensa escrita conectar computadores ou celulares.
As conferências de imprensa de Dorival Júnior e de Lionel Scaloni foram em um auditório improvisado em uma cantina do estádio.
A zona mista também foi improvisada nos corredores da antiga estrutura do estádio, com espaço limitado para os jornalistas. O Monumental, de tão grande, também abriga uma escola infantil e ginásios para outros esportes, como basquete e vôlei.
Depois de prometer “porrada neles”, Raphinha saiu do Monumental de Núñez sem falar com a imprensa pic.twitter.com/VBYCJDKnh8
— Eduardo Deconto (@eduardodeconto) March 26, 2025
Por que o Monumental segue em obras?
O River ainda faz uma série de reformas em 2025 que são parte da modernização do Monumental de Núñez. Recentemente, o clube inaugurou painéis de led instalados por todo o anel superior do estádio para uso de publicidade e patrocínios.
O teto do hall principal do clube também foi concluído, mas o local segue em obras em suas colunas de sustentação e também no escritório do quadro social. Mas a principal obra é a troca de todo o piso do anel inferior do estádio, além da troca dos canos para escoamento de água e esgoto no teto.
