Libertadores

Botafogo ‘copa’ o Monumental e é campeão da Libertadores pela primeira vez

Com um roteiro que só poderia ter acontecido contra o próprio clube, o Botafogo venceu o Atlético-MG por 3 a 1 e conquistou a Libertadores

O Botafogo é campeão da Copa Libertadores. Com um roteiro que só poderia ter acontecido com o próprio Glorioso e em um jogo com a cara da Libertadores, o time de Artur Jorge superou uma expulsão com um minuto de jogo e venceu o Atlético-MG por 3 a 1, neste sábado (30), no Monumental, em Buenos Aires, e consquistou o seu primeiro título da principal competição continental.

Depois da justa expulsão de Gregore, o Botafogo foi premiado pela coragem de Artur Jorge. O técnico português soube organizar o time com um jogador a menos sem fazer alterações.

Bem defensivamente, o Glorioso construiu uma improvável vitória que começou a ser construída com dois gols ainda no primeiro tempo e grande atuação de Luiz Henrique, que marcou um gol e sofreu o pênalti convertido por Alex Telles, e com Júnior Santos fechando a conta no fim da partida.

E tudo isso com o apoio de cerca de 40 mil botafoguenses, que “coparam” o Monumental, lotando o setor exclusivamente destinado a torcida do Botafogo e ainda foram maioria nos setores mistos.

Torcida do Botafogo encheu setor no Monumental (Foto: Vitor Silva / Botafogo)
Torcida do Botafogo encheu setor no Monumental (Foto: Vitor Silva / Botafogo)

Imprudência muda o jogo para o Botafogo

Pelo momento dos times e estilo de jogo das duas equipes, esperava-se um Botafogo pressionando o Atlético-MG nos minutos iniciais da partida. No entanto, um lance imprudente de Gregore acabou mudando os rumos do jogo.

Com menos deu um minuto, o volante deu uma solada na cabeça de Fausto Vera, que havia abaixado para tentar dividir a bola. O botafoguense acabou expulso direto e o jogo ficou parado por cerca de quatro minutos para atendimento ao jogador do Galo.

A expulsão, no entanto, aparentou, de certa forma, ter ajudado o Botafogo. Com um jogador a mais, o Atlético-MG buscou ter mais a bola e tentou, sem sucesso, pressionar o Glorioso.

O Botafogo, por sua vez, teve campo para buscar o contra-ataque e atacar em velocidade. Luiz Henrique e Thiago Almada foram os responsáveis por tentar levar o Glorioso ao ataque e foram bem.

E, se com um minuto de jogo a situação parecia complicada para o Botafogo, o time conseguiu mudar esse panorama em apenas pouco mais de cinco minutos. Aos 35′, em jogada bem trabalhada, Luiz Henrique cortou a marcação e abriu o placar para o Glorioso.

Cinco minutos depois, o mesmo Luiz Henrique aproveitou um momento de indecisão entre Arana e Everson para tenar roubar uma bola e foi derrubado pelo goleiro dentro da área. Após análise no VAR, o árbitro confirmou o pênalti, convertido por Alex Telles aos 44′.

 

Artur Jorge acerta de novo

O roteiro da vitória do Botafogo, é claro, não poderia ser tão simples. Novamente no começo de um tempo, o Glorioso voltou a se complicar na partida. Logo aos 2′ do segundo tempo, após cruzamento pela esquerda, Vargas, livre, cabeceou sem chances para John.

O jogo seguiu com o Atlético-MG tentando pressionar o Botafogo. Mas, dessa vez, o técnico Artur Jorge precisou mexer no time para melhorar o sistema defensivo da equipe. E, mais uma vez, deu certo.

Com o Galo abusando da bola aérea, Artur Jorge tirou Savarino e colocou o volante Danilo Barbosa em campo. Jogando praticamente como um zagueiro, o camisa 5 foi importante para segurar o ataque do Atlético-MG.

E não foi só nesa substituição em que Artur Jorge acertou. No fim, Júnior Santos, o artilheiro da Copa Libertadores, arrancou pela direita e pegou aproveitou um rebote para fazer 3 a 1 e decretar o título ínédito e histórico do Botafogo.

Foto de Gabriel Rodrigues

Gabriel RodriguesSetorista

Jornalista formado pela UFF e com passagens, como repórter e editor, pelo LANCE!, Esporte News Mundo e Jogada10. Já trabalhou na cobertura de duas finais de Libertadores in loco. Na Trivela, é setorista do Vasco e do Botafogo.
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