Fora da Libertadores, em crise – e bem longe de um Mundial – Boca Juniors lança camisa em homenagem à 2003
Boca Juniors venceu o Milan em Yokohama na penúltima edição da antiga Copa Intercontinental
Sem chances de classificação para a próxima Libertadores e correndo contra o tempo para eleger seu próximo presidente, o que deve acontecer no próximo domingo (17), o Boca Juniors aproveitou o tradicional ‘Dia do Torcedor do Boca Juniors' para lançar sua mais nova camisa, uma homenagem a um dos mais icônicos momentos da história do clube. O novo uniforme faz alusão ao título da Copa Intercontinental, antigo Mundial de Clubes, conquistado em 2003, quando o time Xeneixe bateu o Milan nos pênaltis após empate por 1 x 1 no tempo normal.
O Boca Juniors era o grande campeão da Libertadores em 2003 e vivia um momento muito diferente do atual. Treinado por Carlos “El Brujo” Bianchi, o time argentino era o bicho-papão da América do Sul, e havia vencido a principal competição da América do Sul em 2000 e 2001, ou seja, era o time a ser batido. Nem mesmo o time estrelado do Milan foi suficiente para impedir o terceiro título mundial do Boca. O time Xeneize é o recordista de títulos Intercontinentais na Argentina.
A nova camisa tem um logotipo especial, que inclui três estrelas (representando cada uma das três conquistas da competição) e a frase “Três vezes Campeão do Mundo” em japonês. Em 1977, na primeira conquista do Boca Juniors, o time argentino superou o Borussia Mönchengladbach após empate por 2 x 2 na ida e vitória por 3 x 0 na volta, ainda quando a disputa era realizada em mais de uma partida. Já em 2000, o adversário foi o todo-poderoso Real Madrid, e a equipe argentina mostrou a sua qualidade vencendo o gigante europeu por 2 x 1, com exibição de gala de Riquelme.
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Xeneizes superaram lendário Milan em seu último título Mundial
O esquadrão montado pelo Boca Juniors no início dos anos 2000 é lembrado com saudades pela torcida Xeneize. Com figuras importantes como Riquelme, Schelotto, Delgado e treinados por Carlos Bianchi, que chegou com a missão de recuperar a moral da equipe após seguidos fracassos nos anos 90, o Boca derrubou gigantes do futebol mundial com um futebol de muita entrega e bom toque de bola.
Na final de 2003, o time não era o favorito diante do Milan, entretanto, nem mesmo a categoria de estrelas como Kaká e Schevchenko foi o suficiente para desbancar os argentinos naquele dia 14 de dezembro. O time Rossonero saiu na frente do marcador com um gol marcado por Tomasson, aos 23 minutos da primeira etapa. Mas Donnet, seis minutos mais tarde, empatou o confronto e levou a decisão para os pênaltis. Nas cobranças, nem mesmo Dida, conhecido por fazer a diferença nas decisões, pode evitar a grande conquista do gigante Boca.
Boca Juniors completa 16 anos sem disputar um Mundial de Clubes
Sem vaga na Libertadores em 2024, restou ao Boca Juniors disputar a Copa Sul-Americana. A última vez em que esteve na disputa de um Mundial de Clubes foi em 2007, na época, a equipe treinada por Miguel Ángel Russo, bateu o Grêmio de Mano Menezes na final da Libertadores e ganhou o direito de disputar pela primeira vez o formato atual do Mundial de Clubes.
Após vencer o Étoile du Sahel da Tunísia por 1 x 0 na semifinal, o Boca Juniors encontrou novamente o Milan em na decisão. Com praticamente a mesma base de 2003, o time italiano não deu chance para os argentinos e venceu fácil por 4 x 2, com direito a grande exibição de Kaká. Vivendo a expectativa da troca na presidência, o lado azul e amarelo de Buenos Aires aguarda por um futuro melhor, com Boca retomando seu protagonismo no cenário internacional.