As cinco maiores frustrações da janela de transferências

O dia de fechamento do mercado de transferências europeu seguiu a tradição e foi repleto de negociações de última hora, acordos inesperados, como Falcao no Manchester United e Welbeck no Arsenal, e a janela em si teve movimentações bem interessantes, como as feitas por Chelsea, Real Madrid, Liverpool e Barcelona. No entanto, em determinadas posições, alguns clubes acabaram se frustrando. Separamos cinco casos de equipes que não se reforçaram em setores importantes e poderão sentir falta ao longo da primeira metade desta temporada.
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Zagueiro titular para o Manchester United
Os Red Devils terminam a janela de transferências com um setor ofensivo de colocar medo em qualquer adversário, após trazer Ángel Di María e Radamel Falcao García, mas o foco na chegada de grandes nomes desviou um pouco da atenção que deveria ter sido direcionada ao enfraquecido setor defensivo. Evra, Ferdinand e Vidic já estavam longe de sua melhor fase, mas a saída do trio precisava ser compensada. Chegaram Rojo e Luke Shaw. O primeiro pode ser usado como zagueiro e é competente, mas o ideal é que fosse contratado alguém com capacidade de chegar perto do nível apresentado por Ferdinand e Vidic em seu auge. Blind chegou a ser usado como defensor na Copa por Van Gaal, mas o mais provável é que ocupe um papel de meio-campista central em Old Trafford. Dos que tem disponível agora, talvez Jones seja o melhor, mas não é o nome para liderar o setor. A Evans e Smalling faltam capacidade técnica, e Blackett, recém-promovido ao time principal, ainda é muito jovem para ser frequentemente opção para o time titular, apesar de ter demonstrado potencial na pré-temporada.
Lateral direito para compor elenco no Borussia Dortmund
Os aurinegros têm em Lukasz Piszczek um ótimo nome para a lateral direita, mas o polonês constantemente sofre com problemas físicos, e Klopp não terá outra boa opção para a posição quando não puder contar com ele. O polivalente Grosskreutz pode muito bem fazer as vezes de lateral direito, mas não é o ideal. Pesa na defesa do Borussia Dortmund o fato de não haver muitas opções no mercado para isso, vide a contratação de Douglas pelo Barcelona, em um plano de longo prazo de ter o brasileiro como alternativa para Montoya.
Atacante como opção para Mazzari na Internazionale

Walter Mazzarri começou a temporada italiana utilizando dois atacantes. Em boa parte da campanha passada, usou dois atacantes. A continuidade dá a entender que essa seja a preferência do técnico, mas ainda assim a Internazionale começou a Serie A com apenas três atacantes no elenco. Icardi, Palacio e Pablo Osvaldo são as opções para o setor. O número é muito baixo para qualquer equipe, especialmente para alguém que também disputa um torneio continental, mesmo que seja a não tão relevante Liga Europa. Dos três, o único com energia suficiente para não sentir tanto uma grande maratona de jogos é Icardi, de 21 anos. Palacio, com 32, e Pablo Osvaldo, de 28, já teriam maior dificuldade. Mazzarri precisará de algum esforço e inventividade para escalar a equipe em alguns momentos, até que possa contratar novamente em janeiro.
Volante de destruição no Arsenal
A lista de meio-campistas do Arsenal traz nomes interessantes, jogadores que já se destacam e alguns em processo de se tornarem grandes atletas, mas nenhum deles tem a característica de destruidor. Não que para ter um time bom Arsène Wenger necessariamente precisasse de um, mas ter um primeiro como volante seria bom para ampliar as possibilidades de esquema tático. Flamini mostou não ser o melhor cabeça-de-área possível, diante do Everton. Arteta, atualmente machucado, também costuma atuar como o meia central mais recuado, mas sua eficiência na criação de jogadas torna um desperdício sua manutenção como alguém à frente dos zagueiros. Um jogador no estilo de Fernando, talvez até do mesmo nível técnico, já seria suficiente para deixar o elenco dos Gunners ainda mais completo.
Lateral esquerdo para o Milan
Embora não conte com nenhum grande nome na zaga, Filippo Inzaghi não pode reclamar de falta de opções para a dupla de zaga. São ao todo sete jogadores para a posição, e o excesso de alternativas para o setor evidencia um grande desequilíbrio dentro do próprio setor defensivo. O Milan tem apenas três laterais. De Sciglio pode atuar tanto como lateral direito quanto esquerdo, Abate joga no flanco direito, e Armero, recém-chegado, no esquerdo. Nenhum dos três inspira lá tanta certeza de atuações boas e consistentes por um longo período, e, para piorar, o número parece insuficiente para toda uma temporada, embora o rossonero esteja fora de competições europeias. A utilização do zagueiro Bonera na lateral esquerda logo na estreia, contra a Lazio, deixou isso claro. No geral, o Milan reforçou seu elenco e vem teoricamente mais forte que na última temporada, mas janeiro precisa servir para ir atrás de opções para as laterais.