O Dortmund precisou sofrer, mas teve mais fôlego e sorte para bater o Hoffenheim
O Borussia Dortmund conquistou uma vitória bastante difícil na PreZero Arena, em que achou seus gols a partir de erros e segurou o abafa quando tinha um jogador a menos

O Borussia Dortmund permanece invicto na Bundesliga, mas não que transmita grande confiança. O time de Edin Terzic pode conseguir os resultados, só que não apresenta um bom futebol com constância. A vitória por 3 a 1 sobre o Hoffenheim, que abriu a sexta rodada do campeonato, teve uma pitada de sorte dos aurinegros. Os visitantes tomaram pressão em boa parte do tempo na PreZero Arena, mas aproveitaram os erros alviazuis para construir o placar favorável e tiveram mais fôlego até o final. Pesou também a falta de contundência do Hoffe, com tamanho volume de jogo e mesmo com um jogador a mais na reta final. Fato é que os três pontos ficam na conta do Dortmund, que começa o fim de semana na liderança provisória da competição.
O Hoffenheim conta com uma boa espinha dorsal. Oliver Baumann e Kevin Vogt são lideranças na defesa. No meio-campo, a trinca central reunia Anton Stach, Florian Grillitsch e Grischa Prömel. Já na frente, Andrej Kramaric se combinava com Maximilian Beier. O Borussia Dortmund tinha a defesa liderada por Mats Hummels, acompanhado por Nico Schlotterbeck. No meio, Salih Özcan e Felix Nmecha davam a sustentação. A trinca de meias tinha Julian Brandt, Marco Reus e Donyell Malen. Na frente, Niclas Füllkrug ganhava a chance de encabeçar os aurinegros.
Jogo de erros no primeiro tempo
De início, as defesas prevaleceram na partida. O senso de antecipação era ótimo para evitar qualquer chance mais clara. Hummels, em especial, foi capaz de desarmes essenciais. No entanto, o passar dos minutos auxiliou o Borussia Dortmund a avançar em campo e a impor sua pressão na marcação. Um primeiro aviso pintou com Malen, mas o goleiro Baumann salvou aos 15 minutos. Logo na sequência, aos 18, uma bobeira do Hoffenheim concedeu o gol aos aurinegros. Numa cobrança de lateral forçada, Brandt bateu a carteira de John Brooks e serviu Füllkrug. Com muita liberdade, o centroavante guardou seu primeiro gol pelo BVB.
O problema do Dortmund é que, rapidamente, um erro se tornaria muito custoso, com o empate do Hoffenheim. Aos 23 minutos, Hummels saiu jogando errado e só conseguiu matar o ataque adversário com uma falta no limite da área. Apesar das dúvidas, foi anotado o pênalti. Kramaric só deslocou Köbel e deixou tudo igual. A partida seguiu aberta, até que o Hoffe se sobressaísse no campo de ataque. Bloqueava a saída do BVB e criava pressão, mesmo que as principais finalizações acabassem bloqueadas ou para fora. Do outro lado, os aurinegros mal passavam da linha central e não tinham transição.
Até por isso, o segundo gol do Dortmund pareceu cair dos céus. Uma jogada isolada, nos acréscimos do primeiro tempo, permitiu que os aurinegros retomassem a vantagem. Uma senhora jogada de Malen pela ponta direita, aliás. O holandês se desvencilhou da marcação de Robert Skov com um lindo drible e depois resistiu ao jogo de corpo de Stach. O cruzamento rasteiro nem foi tão bom, mas o goleiro Baumann rebateu para frente e Reus estava atento para balançar as redes aos 48. Foram dez finalizações do Hoffenheim na primeira etapa, contra só quatro do Dortmund, mas a eficiência diante dos erros fez a diferença para os visitantes.
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O golaço de Ryerson mata o jogo
O Hoffenheim poderia ter empatado logo no recomeço da partida. Prömel apareceu livre para executar uma cabeçada à queima roupa dentro da área e parou numa defesa milagrosa de Kobel. Já aos cinco minutos, Skov ganhou uma chance de apresentar suas credenciais numa falta frontal e mandou no travessão. O Dortmund não aprendia com os problemas e não dava sinais de mudança. Entretanto, um atendimento médico a Julian Ryerson pareceu esfriar o Hoffe. O time continuou no campo de ataque, mas sem a mesma penetração. Era uma partida arrastada, ainda marcada pela passividade do Dortmund.
Karim Adeyemi foi a primeira novidade do Dortmund aos 19 minutos, enquanto Emre Can entrou na vaga de Felix Nmecha. Já o Hoffenheim ganhava mais ofensividade com Marius Bülter e Mergim Berisha. Aos 26, a partida se abriu ao Hoffe quando Ramy Bensebaini tomou o segundo amarelo num intervalo de quatro minutos, num lance bobo na lateral. Com um a menos, o Dortmund tomaria pressão. Berisha tentava chamar a responsabilidade e ofereceu as primeiras ameaças de empate. Restava ao BVB fechar a casinha. Foram três trocas aos 35, com as participações de Sébastien Haller, Niklas Süle e Marius Wolf. Saíram Reus, Malen e Füllkrug.
O Dortmund poderia ter decidido a partida aos 37. Num contra-ataque armado brilhantemente por Ryerson, Adeyemi passou no meio de dois e chutou rasteiro. Baumann realizou uma defesa impressionante com o pé. O Hoffenheim parecia perder o fôlego na reta final, sem a imposição de quem tinha um jogador a mais. O BVB estava bem encaixado e tinha mais escape nos contragolpes. Adeyemi quase serviu Haller dentro da área. Já o gol que matou a partida veio aos 50, pouco depois de um grande desarme de Schlotterbeck. Ryerson brigou pela bola no campo de defesa e acelerou. Escapou de dois marcadores e foi sozinho por todo o campo de ataque. Saiu na cara do gol e ratificou o triunfo com uma pintura, batendo por baixo de Baumann.
O Borussia Dortmund assume provisoriamente a liderança da Bundesliga. Chega aos 14 pontos, mas ainda pode ser ultrapassado por três equipes na sequência da rodada – Bayer Leverkusen, Stuttgart e Bayern ou Leipzig. Já o Hoffenheim perde a chance desse salto, na sexta posição, com 12 pontos. Na sequência da semana, o Dortmund recebe o Milan pela Champions League e depois encara o Union Berlim, antes da Data Fifa. Fora das competições europeias, o Hoffe terá seu próximo compromisso diante do Werder Bremen.