Brasil jogou mais acréscimos na Olimpíada do que EUA com duas prorrogações
Seleção Brasileira feminina encarou acréscimos superiores a 15 minutos em ambas as partidas do mata-mata do torneio
Nesta última terça-feira (06), o Brasil venceu a Espanha por 4 a 2 e, sem Marta em campo, conseguiu voltar à decisão dos Jogos Olímpicos após 16 anos.
Em mais um jogo consciente, a equipe comandada por Arthur Elias soube jogar no erro adversário e construiu a sua classificação ainda no primeiro tempo, com dois gols.
No segundo tempo, porém, os torcedores voltaram a se irritar com os acréscimos indicados pela arbitragem – e os números provam que, para a decisão, o desgaste pode ser um fator decisivo.
Isso porque, apesar das norte-americanas terem enfrentados duas prorrogações no mata-mata, as brasileiras, ainda assim, permaneceram mais minutos em campo do que as suas adversárias da decisão do próximo sábado (10).
Brasil tem 24 minutos a mais de acréscimos jogados do que os EUA
A seleção brasileira de futebol feminino está na final das Olimpíadas de Paris 2024. Mas para chegar à briga pela medalha de ouro, foi preciso superar quase um jogo inteiro de acréscimos.
Em uma análise de todos os jogos do Brasil desde a primeira fase, é possível constatar que a equipe de Arthur Elias jogou, pelo menos, 88 minutos adicionais em suas partidas.
O “pelo menos” é porque, na prática, o tempo é maior. Em jogos como os contra a França e Espanha, a arbitragem estendeu a partida além dos minutos acrescidos. Confira a tabela:
Rodada | Adversário | 1º Tempo | 2º Tempo | Total de Acréscimos |
---|---|---|---|---|
1ª Rodada | Nigéria | 7 minutos | 6 minutos | 13 minutos |
2ª Rodada | Japão | 3 minutos | 8 minutos | 11 minutos |
3ª Rodada | Espanha | 7 minutos | 16 minutos | 23 minutos |
Quartas de Final | França | 6 minutos | 16 minutos | 22 minutos |
Semifinais | Espanha | 4 minutos | 15 minutos | 19 minutos |
Total | 88 minutos |
Em um comparativo com os EUA, fica evidente a diferença de minutos jogados além daqueles que estão previstos na partida.
Ao longo da campanha rumo à final, as americanas tiveram um mínimo de 64 minutos em virtude de acréscimos indicados pela arbitragem.
Por outro lado, os EUA precisaram jogar duas prorrogações no mata-mata. Assim, a equipe de Emma Hayes chega mais desgastada pela minutagem, mas tem menos acréscimos ao longo da competição. Confira:
Rodada | Adversário | 1º Tempo | 2º Tempo | Total de Acréscimos |
---|---|---|---|---|
1ª Rodada | Zâmbia | 3 minutos | 4 minutos | 7 minutos |
2ª Rodada | Austrália | 10 minutos | 7 minutos | 17 minutos |
3ª Rodada | Alemanha | 7 minutos | 5 minutos | 12 minutos |
Quartas de Final | Japão | 1 minuto | 4 minutos | 5 minutos |
Semifinais | Alemanha | 0 minutos | 5 minutos | 5 minutos |
Prorrogação 1 | Japão | 2 minutos | 2 minutos | 4 minutos |
Prorrogação 2 | Alemanha | 1 minuto | 1 minuto | 2 minutos |
Total | 64 minutos |
Por que tantos acréscimos na Olimpíada de Paris 2024?
A arbitragem das Olimpíadas foi instruída a acrescer quantos minutos forem necessários para suprir pausas para substituições, atendimentos médicos, faltas, checagens de VAR e ceras dentro de campo.
Assim como aconteceu na Copa do Mundo de 2022, a arbitragem de Paris 2024 está adotando uma postura rígida em virtude de orientações definidas pelo comitê organizador.
Quando é a final Brasil x Estados Unidos pelos Jogos Olímpicos?
A final entre Brasil e Estados Unidos acontece no próximo sábado (10), às 12h (horário de Brasília), no Parc des Princes, região metropolitana de Paris, em duelo que vale a medalha de ouro das Olimpíadas.
Por sua vez, o bronze será disputado no dia anterior. O confronto entre Alemanha x Espanha acontece na sexta-feira (09), às 10h (horário de Brasília), em Lyon.