Al-Hilal cogita rescisão de Neymar e motivos vão além do combo ‘salário alto + lesões’

O tão esperando retorno de Neymar aos gramados tem virando frustração. Pouco mais de 12 meses após a lesão no ligamento cruzado anterior e no menisco do joelho esquerdo, o brasileiro fez na última segunda-feira (4) a sua segunda partida após se recuperar, mas já emendou uma nova lesão.

O atacante esteve em campo na vitória por 3 a 0 do Al-Hilal contra o Estenghlal Tehran, pela Champions League Asiatica. Mas não por muito tempo. Neymar entrou aos 15 da segunda etapa e foi substituído quando ainda restavam poucos minutos para o fim, com dores na coxa direita.

A situação tem preocupado a diretoria do Al-Hilal, que já pensa em adotar medidas drásticas. Segundo reportagem do UOL, a cúpula do time saudita cogita a rescisão do brasileiro já em janeiro, antecipando em seis meses o fim do seu contrato, que vai até o fim da atual temporada, com a opção de renovação por mais um ano.

Os motivos que pesam para a rescisão de Neymar com o Al-Hilal

Neymar chegou ao Al-Hilal em agosto de 2023 em uma negociação junto ao PSG por 90 milhões de euros (cerca de R$ 550 milhões) que chocou o mundo. O atacante brasileiro chegou para ser o principal nome do time saudita e dividir, ao lado de Cristiano Ronaldo, o protagonismo na Liga Saudita.

Mas com apenas cinco jogos disputados, Neymar virou uma verdadeira dor de cabeça para time de Jorge Jesus. A lesão no ligamento cruzado do joelho esquerdo tirou o brasileiro de toda a temporada 2023-24.

Um ano depois da lesão, o brasileiro voltou aos gramados, mas sentiu dores na coxa direita e precisou deixar o campo 30 minutos após entrar. A expectativa é que o craque fique de duas a três semanas em tratamento.

Apesar da lesão muscular ser algo “previsto” pelo departamento de fisiologia do time saudita, principalmente considerante o tempo que o atacante esteve fora com problemas no ligamento, o novo revés começou a gerar dúvidas na cúpula do Al-Hilal.

A reportagem do UOL revelou ainda que os dirigentes da equipe têm dúvidas sobre utilização do brasileiro nos últimos seis meses do seu contrato com a equipe e se, de fato, vale a pena mantê-lo.

Até porque, a permanência do jogador pode significar o fim da linha para outras peças importantes do time de Jorge Jesus.

Acontece que, conforme as regras da Liga Saudita, cada equipe pode ter até sete estrangeiros acima de 21 anos inscritos na competição. O Al-Hilal tem hoje nove jogadores que atendem a este critério.

As peças, porém, têm sido cruciais para o bom momento do time de Jorge Jesus, que lidera o Campeonato Saudita com 25 pontos, seis a mais que o Al-Nassr, de Cristiano Ronaldo, os únicos que ainda não perderam no campeonato.

Salário astronômico de Neymar também é problema

Além das questões de campo, o alto salário de Neymar também é algo que faz a diretoria do Al-Hilal repensar a permanência do jogador para a sequência da temporada.

Entre valor de transferência e o salário do brasileiro na última temporada, o Al-Hilal já desembolsou mais de 1 bilhão e meio de reais. Caso opte por manter Neymar até o fim da temporada atual, o clube saudita ainda terá que pagar mais R$ 990 milhões, valor correspondente ao salário anual do brasileiro.

O clube, então, espera conseguir uma rescisão amigável com o craque, facilitando um desejo antigo de Neymar em voltar a atuar no futebol brasileiro, fato já admitido publicamente pelo jogador.

Um retorno ao Brasil, principalmente no Santos, clube que revelou o jogador, pode ser a melhor opção para Neymar se recuperar e voltar a brilhar também na Seleção Brasileira já pensando em sua última participação na Copa do Mundo, em 2026.