International Board aumenta diversidade no painel consultivo com mais mulheres, africanos e um brasileiro
Ex-jogador de Ajax, Internazionale, Barcelona e PSG, Maxwell foi escolhido junto com outros seis novos membros, incluindo Jullian Ellis e Daniel Amokachi
A International Football Association Board (IFAB), conhecida como International Board, anunciou novos membros do seu Painel Consultivo, que ajuda a decidir os rumos das regras do futebol no mundo. Entre os indicados está o brasileiro Maxwell, ex-Ajax, Internazionale, Barcelona e PSG e que começou no Cruzeiro. Além deles, quatro mulheres, sendo uma africana, além de um ex-jogador africano, estão na lista.
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O Football Advisory Panel (ou Painel Consultivo de Futebol, em tradução livre) é um dos painéis consultivos da IFAB para decidir sobre os rumos do futebol. Inclui membros experientes do mundo do futebol, como ex-jogadores e árbitros, que ajudem no subcomitê técnico da IFAB no processo de decisão.
Mercy Akide é ex-jogadora da seleção nigeriana e tem 46 anos e foi técnica. Foi a primeira mulher eleita a jogadora africana do ano, um título conquistado de 1999 a 2002. Foi a primeira mulher africana a ser indicada a Jogadora do Ano da Fifa. Foi também a primeira mulher africana a jogar profissionalmente fora do continente.
Kay Cossington é chefe do departamento técnico de futebol feminino da Football Association (FA, a federação inglesa). Foi técnica profissional desde 1996 e passou mais de uma década trabalhando em times de categorias de base da Inglaterra. Treinou também o West Ham, de 1999 a 2005.
Lydia Williams é goleira australiana e joga pelo Arsenal e seleção australiana. Esteve em quatro Copas do Mundo, em cinco Copas Asiáticas, com o título em 2010, e jogou duas vezes Olimpíadas. Foi quarto colocado em Tóquio 2020. Já atuou em clubes profissionais na Austrália, Estados Unidos e na Europa. Além de jogadora, ela é executiva da Professional Footballers Australia, o sindicato das jogadoras do país, além de membro da diretoria consultiva da FIFPro, a associação mundial de jogadores profissionais.
Jillian Ellis (conhecida como Jill Ellis) é uma britânica, que ganhou também cidadania americana, e é um adas técnicas mais badaladas do futebol feminino mundial. Ela trabalhou como diretora da US Soccer e depois se tornou técnica da equipe que conquistou dois títulos seguidos da Copa do Mundo. Foi escolhida a técnica do ano no futebol feminino duas vezes, em 2015 e 2019. Atualmente, ela é presidente do San Diego, clube da NWSL, e também foi escolhida pela Fifa para o Grupo Consultivo Técnico para o Futuro do Futebol Feminino.
Daniel Amokachi é um conhecido ex-jogador nigeriano, que atuou por Club Brugge, Everton e Besiktas e terminou a carreira nos Estados Unidos. Foi jogador da seleção nigeriana por nove anos, de 1990 a 1999, e atuou em duas Copas do Mundo, em 1994 e 1998. Foi campeão da Copa Africana de Nações em 1994 e medalha de ouro olímpica em 1996. Atualmente com 48 anos, ele é embaixador de futebol e conselheiro especial do presidente da Nigéria para esportes.
Arsène Wenger é outro nome bastante conhecido. Com 72 anos, ele tem uma carreira de muito sucesso como técnico, marcando o seu nome na história do Arsenal e dirigindo o Monaco no seu início de carreira. Foi o técnico que montou alguns times inesquecíveis, como os Invencíveis, campeões da Premier League em 2003/04. Atualmente, Wenger é Chefe de Desenvolvimento Global de Futebol na Fifa e é um defensor da Copa do Mundo a cada dois anos.
Maxwell Scherrer entra como representante da Uefa. Brasileiro, começou a carreira no Cruzeiro, onde conquistou a Copa do Brasil, e foi para a Europa, onde teve uma carreira de sucesso com grandes camisas. Atuou por Ajax, Internazionale, Barcelona e PSG, conquistando diversos títulos. Trabalhou no próprio PSG como assistente da diretoria de futebol e atualmente é o Chefe de Desenvolvimento do Futebol da Uefa.
A inclusão de membros mais diversos no painel consultivo da IFAB é importante, porque traz visões diferentes a um esporte que é, afinal, global. As recomendações da IFAB repercutem em todos os continentes e têm um impacto real no esporte. Sendo assim, é importante que o maior número possível de pessoas diferentes sejam consultadas. Claro que é impossível ter uma representatividade total de todos os grupos e todas as partes interessadas, mas ter ao menos mais diversidade do que temos atualmente é um bom passo. Ainda mais em um órgão de tamanha importância como é a IFAB.