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Brasil dá motivos para empolgar: com futebol de qualidade e ofensivo, Seleção vence Gana com tranquilidade

Amistoso em Le Havre teve três gols no primeiro tempo e um excelente futebol do time, que contou com dois gols de Richarlison e um de Marquinhos nos 3 a 0; linha ofensiva fez grande jogo

O Brasil fez um grande jogo e venceu Gana por 3 a 0 em amistoso nesta sexta-feira, em Le Havre, na França. Com um time ofensivo, a seleção brasileira mostrou bom futebol e muito entendimento entre os jogadores de frente. Fez um primeiro tempo arrasador, que construiu o placar, e no segundo tempo Tite pôde fazer testes para dar minutos a alguns jogadores. O time volta a campo na próxima terça-feira contra a Tunísia, no Parque dos Príncipes.

Diante de um adversário que é potencialmente adversário nas oitavas de final, já que Gana está no Grupo H, que cruza com o Brasil, o Brasil teve uma atuação bastante convincente. Richarlison mostrou grande capacidade no ataque, se integrando bem com os companheiros de setor. Paquetá teve uma atuação muito solta, o que foi facilitado pelo Brasil não ter sido muito exigido defensivamente. Em um jogo que for mais atacado, talvez Paquetá sofra mais na recomposição.

No que Tite queria testar, o equilíbrio, o Brasil foi bem. Atacou com constância e com competência, criou oportunidades e quase não foi ameaçado na defesa. E isso não foi por falta de capacidade de Gana, mas também porque a seleção brasileira não deu chance. É claro que contra times melhores, a tendência é ter mais dificuldade. Diante do adversário que teve, o Brasil foi muito bem e fez o que se espera de uma seleção que chega entre as favoritas para a Copa do Mundo.

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Brasil com formação ofensiva

O Brasil entrou em campo com a formação ofensiva que foi treinada ao longo da semana. Na lateral direita, o técnico Tite colocou Éder Militão, um zagueiro, mas que já atuou nessa posição quando era do São Paulo. Alex Telles ganhou chance no time titular, com Renan Lodi no banco de reservas.

No meio-campo, o único volante de fato era Casemiro, com Lucas Paquetá atuando mais recuado no meio-campo. No lado direito, Raphinha; no esquerdo, Vinícius Júnior. No meio, Neymar, se aproximando de Richarlison, o centroavante. Sem a bola, o Brasil marcava em um 4-4-2, com Neymar mais solto à frente ao lado de Richarlison, além de Raphinha e Vinícius Júnior

A seleção de Gana, comandada por Otto Addo, teria pela primeira vez Iñaki Willliams, que começou a partida no banco. No time titular, no ataque, estavam Jordan Ayew, André Ayew, Kamaldeen Sulemana e Felix Afena-Gyan, da Roma, mais à frente.

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Primeiro tempo

Nos primeiros minutos de jogo, o Brasil chegou com muito perigo pela direita. Raphinha desceu pelo lado direito, avançou e cruzou rasteiro para Richarlison, que tinha muita liberdade, mas ele chutou mal e mandou por cima.

O Brasil abriu o placar rapidamente. Aos nove minutos, Neymar cobrou escanteio e Marquinhos subiu sozinho na pequena área para dar uma cabeçada forte e estufar a rede: 1 a 0. Com um time bastante ofensivo, curiosamente o time abriu o placar em uma bola parada e com um zagueiro – fruto, também da boa trama ofensiva que gerou o tiro de canto, claro.

A chegada do Brasil era muito perigosa. Paquetá avançou pelo meio e acionou Neymar, que colocou na ponta esquerda para Vinícius Júnior. De trivela, o atacante do Real Madrid cruzou bonito para a segunda trave e Raphinha chegou livre para finalizar, mas pegou mal na bola, e mandou fora.

O ritmo brasileiro era alto e o só dava Brasil. Aos 27 minutos, veio o segundo gol. Neymar fez o passe para Richarlison pelo meio e o atacante surpreendeu com um giro rápido, quando o marcador esperava que ele dominasse, e acertou o canto do goleiro. Belo gol de Richarlison e 2 a 0 no placar para o Brasil.

Muito melhor em campo, a Seleção tinha muita facilidade em campo. No final do primeiro tempo, viria mais um gol. O Brasil chegaria ao terceiro gol novamente em uma bola parada. Neymar cobrou falta da esquerda para a área e Richarlison, na primeira trave, desviou de cabeça e marcou: 3 a 0. Foi o placar do primeiro tempo.

Segundo tempo

No segundo tempo, o técnico Otto Addo promoveu a estreia de Iñaki Williams, que substituiu Kamaldeen Sulemana. Saiu também Afena-Gyan e entrou Mohammed Salisu. O Brasil também fez uma mudança: colocou em campo Bremer, zagueiro da Juventus, no lugar de Thiago Silva. A braçadeira de capitão, que estava com o zagueiro, passou para Casemiro.

Com bastante chuva, o jogo reduziu de ritmo. Aos 17 minutos, Tite fez mais três alterações: colocou Fabinho, Antony e Matheus Cunha nos lugares de Casemiro, Vinícius Júnior e Richarlison. Os testes que o técnico pretendia fazer e dando mais tempo de jogo para esses jogadores.

O Brasil continuou melhor em campo e deu poucas chances a Gana. O time brasileiro ficou mais com a bola, tocou e chegou ao ataque, mas menos que no primeiro tempo. Mesmo assim, ainda criou algumas chances. Os jogadores que entraram não conseguiram ter um impacto tão grande. Nem Antony, nem Matheus Cunha, nem Rodrygo.

Dos que entraram, Bremer foi bem, mas pouco foi testado. Gana não conseguiu atacar, então o zagueiro não teve muito trabalho e teve mais tempo com o Brasil atacando do que defendendo. Por isso, é difícil avaliar a sua participação, a não ser que ele não comprometeu.

A seleção brasileira volta a campo na próxima terça-feira, contra a Tunísia, desta vez no Parque dos Príncipes, em Paris, casa de Marquinhos e Neymar, que atuam no PSG. O jogo será às 15h30 (horário de Brasília).

Foto de Felipe Lobo

Felipe Lobo

Formado em Comunicação e Multimeios na PUC-SP e Jornalismo pela USP, encontrou no jornalismo a melhor forma de unir duas paixões: futebol e escrever. Acha que é um grande técnico no Football Manager e se apaixonou por futebol italiano (Forza Inter!). Saiu da posição de leitor para trabalhar na Trivela em 2009, onde ficou até 2023.
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