Mundial de Clubes

Em clima leve, Fluminense faz último treino antes de semifinal do Mundial de Clubes

Após coletiva de Diniz, grupo do Fluminense realizou atividade neste domingo no King Abdullah Sporting City, complexo esportivo que compreende o estádio do jogo de segunda

O Fluminense passou por meses de muita pressão até o título da Libertadores. Do trauma da torcida por 2008 até a conquista da glória eterna em 2023, o Tricolor pode ter blindado seu elenco, mas sentiu, além da felicidade, um alívio imenso pela primeira taça continental de sua história. Na Arábia Saudita, para o Mundial de Clubes, entretanto, as coisas são diferentes. O clima leve deu o tom do último dia da equipe antes da semifinal contra o Al Ahly.

Da entrevista descontraída de Fernando Diniz até os primeiros minutos de treino no King Abdullah Sporting City, complexo esportivo que compreende o estádio do jogo de segunda (18), às 15h (de Brasília), o Flu tinha muito mais risos que sisos.

O cenário era um lindo fim de tarde no deserto de Jeddah. O sol baixou e a bola começou a rolar em campo. Os jogadores fizeram uma roda de bobinho, um trabalho subestimado pelos torcedores e de extrema importância para o estilo do Fluminense em campo. Enquanto isso, Fábio, Vitor Eudes e Pedro Rangel treinavam com o preparador de goleiros André Carvalho em uma das balizas.

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Clima de descontração no Fluminense em véspera de estreia no Mundial

A todo momento era possível ouvir risadas e brincadeiras entre os jogadores. Os mais experientes, como Marcelo e Felipe Melo, tentavam amenizar o clima com os jovens como Alexsander, Martinelli e John Kennedy. Tudo em perfeita comunhão.

— Foi um ano em que não dá para afirmar que a idade foi um problema e que eles não correram. Pelo contrário. Nós nos aproveitamos muito da imensa categoria e do profissionalismo desses jogadores, da generosidade que têm com todos no Fluminense, dos ensinamentos que passam para os mais jovens, crescimento que conseguiram promover em mim como treinador, quanto para o André e Nino que são jovens. Esses jogadores fazem um bem enorme para o Fluminense e conseguem jogar muito bem — afirmara Diniz na coletiva minutos antes.

Fluminense e Al Ahly se enfrentam na segunda (18), às 15h (de Brasília) no King Abdullah Stadium, a Joia da Coroa. Quem passar desta semifinal enfrenta o vencedor de Manchester City x Urawa Reds Diamonds na final do Mundial de Clubes.

Fluminense desgastado?

Antes do treino, Diniz deu uma entrevista coletiva ao lado de Keno. O técnico do Fluminense falou sobre vários assuntos, mas um dos mais explorados foi a possibilidade de um desgaste.

O clube chega para a semifinal do Mundial de Clubes após uma longa e desgastante temporada, de 70 jogos disputados entre três competições. Apesar de se tratar de uma época difícil, Fernando Diniz crê que o fato do grupo tricolor estar onde sempre sonhou irá superar qualquer cansaço.

— O time chegou aqui preparado para fazer uma boa competição. É um sonho muito grande. O desgaste natural que temos da temporada é suprimido pela vontade de estar aqui. A gente vem de um feito histórico que foi a Libertadores — argumentou.

Time experiente

Perguntado se a média de idade mais alta do time do Fluminense pode prejudicar a equipe, Fernando Diniz discordou categoricamente, afirmando que a temporada mostrou que se trata de um time totalmente preparado para os desafios que encontra pela frente.

— Falando da pergunta do colega, sobre o Fluminense ser um time mais velho e que pode ter dificuldade para correr. As pessoas podem enxergar isso dessa forma. Eu vejo um time de jogadores extremamente talentosos, que nos ensinam todos os dias os caminhos para sermos campeões, até porque todos são multicampeões: Keno, Marcelo, Felipe Melo, Ganso, Fábio, David Braz, Cano, entre outros. São pessoas extremamente sérias e comprometidas com o trabalho. É uma alegria muito grande para mim trabalhar com eles, pode acreditar e eles acreditam cada vez mais que podem competir tendo um pouco mais de idade — discordou Diniz.

Foto de Caio Blois

Caio BloisSetorista

Jornalista pela UFRJ, pós-graduado em Comunicação pela Universidad de Navarra-ESP e mestre em Gestão do Desporto pela Universidade de Lisboa-POR. Antes da Trivela, passou por O Globo, UOL, O Estado de S. Paulo, GE, ESPN Brasil e TNT Sports.
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