Mundial de Clubes

Como o Fluminense tem achado seus artilheiros no Mundial de Clubes?

Tricolor chega na semifinal e enfrentará o Chelsea não precisando tanto de gols marcados pelos centroavantes

Único brasileiro na semifinal do Mundial de Clubes, o Fluminense tem sido a grande história da competição. Mesmo com orçamento abaixo dos concorrentes e trabalho de apenas três meses de Renato Gaúcho, o time carioca tem deixado tudo em campo e já derrubou os super-ricos Internazionale e Al-Hilal.

Agora, a missão é contra outro bilionário, o Chelsea. Para superá-los, o Tricolor pode apostar novamente em uma arma que tem sido muito efetiva para marcar seus gols: jogadores que saem do banco de reservas.

Dos oito gols da equipe na Copa do Mundo de Clubes, metade vieram de atletas que não começaram o jogo. Em todo o torneio, só o Manchester City tem mais (cinco), segundo a plataforma de estatísticas “Opta”.

Foi assim com Hércules nas duas fases anteriores. O meia ex-Fortaleza marcou o segundo gol das vitórias sobre sauditas e italianos no segundo tempo, aproveitando os adversários mais cansados e estar mais descansado.

Antes dele, na única vitória do Flu na fase de grupos, Nonato e Keno saíram do banco e fizeram o segundo e quarto gol, respectivamente, na vitória por 4 a 2 sobre o Ulsan HD, essencial para classificação na segunda colocação, pois o time empatou as outras duas partidas por 0 a 0.

O mérito também fica nas mãos de Renato Portaluppi, mostrando conhecimento do elenco e de quais jogadores podem transformar as partidas.

Má fase de atacantes e bom momentos dos meias também pesam os gols do Fluminense

O elenco tricolor tem dois camisas nove: Everaldo e Cano. O primeiro, titular apenas na primeira rodada contra o Borussia Dortmund, ficou marcado pelo receio em finalizar em chances claras — ganhando até música por isso — e ainda não marcou na competição. Já o argentino, essencial para abrir o placar no jogo com a Inter e responsável pela assistência do terceiro gol frente ao Ulsan, não tem monopolizado os números como fez em outro momento.

Esse Flu de Renato, somado ao papel essencial dos reservas, também tem tido muito gols de meio-campistas. Além dos dois de Hércules e um de Nonato, Matheus Martinelli também foi outro atleta do meio que balançou as redes, sendo um golaço para iniciar a vitória sobre o Al-Hilal.

Autores dos oito gols do Fluminense no Mundial de Clubes:

  • 2 – Hércules
  • 1 – Arias, Keno, Freytes, Martinelli, Nonato e Cano

Até entre assistentes o protagonismo não tem ficado só no ataque. Além de Cano e Arias, os laterais Fuentes e Samuel Xavier foram os outros com passes para gols na Copa do Mundo.

Matheus Martinelli comemora classificação do Fluminense
Matheus Martinelli comemora classificação do Fluminense (Foto: Marcelo Gonçalves/FFC)

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‘Faltam só dois jogos': Tricolor sonha com decisão

A torcida do clube das Laranjeiras, empolgada com a campanha histórica da equipe, tem contado os jogos para alcançar o sonhado título. “Faltam dois jogos”, é o que apontam parte dos torcedores nas redes sociais, em misto de ansiedade e euforia.

Frente ao Chelsea, novamente o lado brasileiro entra como azarão pela disparidade econômica e terá que competir em alto nível outra vez. Ao menos, encontrará um adversário desfalcado de dois titulares: o centroavante Liam Delap e o zagueiro Levi Colwill. Ainda há dúvidas sobre as condições do lateral Reece James, desfalque de última hora na vitória sobre o Palmeiras.

— A gente sabe da qualidade do adversário, do nível que eles jogam. Mas se cada um correr, se cada um fizer a sua parte um pouquinho a mais, conseguimos neutralizar eles e fazer o nosso jogo. Um correndo pelo outro, correndo um pouco mais do que precisa, porque a gente sabe que se corrermos igual eles, provavelmente vamos perder — disse Renê sobre o próximo jogo.

A partida com os Blues está marcada para acontecer na próxima terça-feira (8), a partir das 16h (horário de Brasília), no MetLife Stadium. Quem avançar enfrenta o vencedor do confronto entre PSG e Real Madrid ou Borussia Dortmund.

— Ser campeão seria a realização do sonho de todos, da torcida, da direção, do presidente, dos jogadores. Acho que até do povo brasileiro com a gente nessa torcida. Então é continuar trabalhando com os pés no chão, porque a gente sabe que chegamos até aqui dando nosso melhor. Não foi nada fácil, é continuar desse jeito porque a semifinal também não vai ser nada fácil. Que a gente possa vencer e, se Deus quiser, ir para a final, que é um sonho de todo mundo — completou Renê.

Foto de Carlos Vinicius Amorim

Carlos Vinicius AmorimRedator

Nascido e criado em São Paulo, é jornalista pela Universidade Paulista (UNIP). Já passou por Yahoo!, Premier League Brasil e The Clutch, além de assessorias de imprensa. Escreve sobre futebol nacional e internacional na Trivela desde 2023.
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