Quando uma estrela deixa um clube e vai para o maior rival, pode esperar que dificilmente não vai rolar uma roupa suja. Quando Christian Vieri assinou contrato com o Milan, já dava para prever, e de fato, no dia seguinte, o presidente da Inter deu entrevistas deixando claro que se sentia traído pela escolha do atleta ser justamente o Milan. “Vieri fez a escolha mais cômoda”, disse Moratti.
Nesta quinta, a resposta. “Não me queriam lá”, disse o atacante de 32 anos. “15 dias atrás, a Inter ligou para o meu empresário pedindo para rescindir o contrato. Não pedi nada em troca. Não havia outra saída. E quando me vi livre, tentei ir para o time mais forte. Por isso que quando o Milan me procurou, em menos de duas horas nós fechamos negócio”, afirmou o atacante, espirrando veneno, em declaração ao diário italiano Corriere Della Sera.
A saída de Vieri da Inter é um golpe bem sensível. O bolonhês é o maior artilheiro recente da Inter, tendo marcado 112 gols em seis temporadas, mais de 100 deles pela Série A italiana. Sua saída da Inter era cogitada há meses, porque o técnico Roberto Mancini acha que Vieri não pode jogar com Adriano, e neste caso, a opção pelo brasileiro, mais novo, é óbvia.
Com Vieri, o Milan passou a ter um ataque formado só por jogadores ‘titulares’. Além de ‘Bobo’, o técnico Carlo Ancelotti contará na próxima temporada com o ucraniano Andriy Shevchenko, com o italiano Filippo Inzaghi e com Alberto Gilardino, cujo anúncio oficial aguarda só uma questão burocrática, segundo comenta a imprensa italiana.
Christian Vieri é um atacante de 32 anos. Taticamente, é um centroavante de área, típico, com muita força física e com um arremate extremamente potente de qualquer distância (especialmente com o pé esquerdo). Em 45 partidas pela seleção italiana, marcou 22 gols. É um ‘cigano do futebol, e o Milan será seu 10o clube profissional.
