Troféu da Supercopa é um alívio e um aumento de confiança para a Juventus

O título da Supercopa costuma não ser muito valorizado pelos clubes, especialmente aqueles que conquistam taças a granel, como é o caso da Juventus. Nesta temporada, porém, este título veio em boa hora para a equipe de Turim. Diante do Napoli, os comandados de Andrea Pirlo conseguiram vencer um jogo difícil, definido só nos acréscimos. O placar de 2 a 0 foi bem mais apertado do que parece, já que o segundo saiu no último lance do jogo. Para um time pressionado por resultados inconsistentes, o título é um grande incentivo.
O tradicional confronto entre o campeão da Serie A e da Copa Itália era também uma revanche desta última. Na final da competição, na temporada passada, o Napoli venceu nos pênaltis, depois de um empate por 0 a 0. O confronto ainda teve outro episódio polêmico recente. Os dois times deveriam se enfrentar no dia 4 de outubro, pela atual temporada, mas o jogo não aconteceu. O Napoli alegou que não poderia viajar, porque desrespeitaria ordens do governo local em relação à COVID-19; a Juve alegava que o protocolo exigia que o jogo acontecesse e foi a campo, esteve no estádio e quer que o Napoli seja punido e a vitória atribuída a ela.
A derrota da Juventus no fim de semana para a Inter foi um golpe na confiança de um time que vinha melhorando. Vencer logo em seguida, com um título diante do Napoli, acaba sendo importante. Especialmente porque o desempenho melhorou em campo, para além do resultado em si.
A Juve não tinha Paulo Dybala, Merih Demiral, Matthijs De Ligt e Alex Sandro, mas teve o retorno de Juan Cuadrado. Aliás, o colombiano já voltou como titular na lateral direita. O Napoli continuava sem Victor Osimhen e Fabian Ruiz e teve Dries Mertens ainda sem estar 100%, razão pela qual começou o jogo no banco.
A primeira chance veio com Diego Demme, aos 29 minutos, quando ele cruzou e Hirving Lozano cabeceou para exigir uma defesa fantástica de Wojciech Szczesny. Cristiano Ronaldo tentou um chute de fora da área, perigoso, mas que foi para fora. Federico Chiesa teve que deixar o campo machucado no intervalo, com a entrada de Federico Bernardeschi.
O primeiro gol sairia, enfim, aos 19 minutos. Depois de escanteio, Timoué Bakayoko acabou desviando para trás e a bola sobrou logo com Cristiano Ronaldo, livre, para finalizar forte e marcar 1 a 0. A reação do Napoli foi rápida. Aos 33, Dries Mertens, que tinha entrado há pouco, sofreu falta dentro da área e o árbitro marcou pênalti, depois de consulta ao VAR. Lorenzo Insigne cobrou, mas mandou para fora. Perdeu a chance do empate.
A pressão do Napoli nos minutos finais foi grande, com os Partenopei cercando o time de Turim, mas sem conseguir criar chances claras. Isso até que Szczesny precisou fazer uma grande defesa em um chute de Lozano, depois da bola desviar em Gioergio Chiellini e sobrar para o mexicano.
Só que nos acréscimos, a partida foi definida. Contra-ataque que Álvaro Morata acionou Juan Cuadrado que, na cara do gol, rolou para o lado para Morata completar para o gol vazio e colocar 2 a 0 no placar. O árbitro sequer reiniciou o jogo: já apitou o fim da partida ali mesmo, já que o relógio já passava dos 49 minutos.
Foi a nona conquista da Supercopa Italiana pela Juventus. A competição foi fundada apenas em 1988 e a Velha Senhora é o clube com mais títulos, seguido por Milan, com sete, Internazionale e Roma, com cinco. Roma e Napoli têm dois títulos cada e Sampdoria, Parma e Fiorentina venceram um título cada.