Serie A

A semana atropelou a Roma como um caminhão: qual será a vida sem Mourinho?

Eliminado pela Lazio da Copa da Itália e batido pelo Milan na Serie A, a Roma precisa voltar logo a vencer -- ou vai sobrar para José Mourinho

Poucas semanas na história recente da Roma foram tão ruins quanto a semana passada e seus dois jogos — que mais pareceram cinquenta, de tanto que afundaram o time romanista na crise. Primeiro a traumática eliminação para a Lazio na Copa da Itália, quando a equipe simplesmente não conseguiu entrar em campo e acabou sendo derrotada por 1 a 0 diante dos arquirrivais em um dos Derby Della Capitale mais esperado dos últimos anos. Depois, um atropelo diante do Milan, que nem precisou se esforçar para impor aos comandos de José Mourinho um tranquilo 3 a 1, pela Serie A.

Com os dois resultados negativos em sequência, ambos diantes de rivais históricos, a temporada da Roma, que estava dando sinais de que poderia desabar, iniciou o processo de demolição. José Mourinho, até então uma unanimidade entre diretoria e torcedores romanistas, encerrou sua segunda na Itália como consequência da série de maus resultados recentes dos romanistas. O português, que estava em sua terceira temporada comandando o time da capital italiana, foi demitido na terça-feira (16) como parte do processo de reestruturação que os donos da equipe decidiram fazer com a temporada em andamento.

No primeiro jogo sem o lendário técnico português, a Roma recebe no estádio Olímpico o frágil Hellas Verona, primeiro time na zona de rebaixamento do Campeonato Italiano, mas que vem de vitória diante do Empoli e quer usar a crise romanista como escada para tentar fugir do grupo do descenso. Será a chance de a torcida entender o quanto Mourinho era realmente culpado da situação vivida — mesmo demitido, ele ainda conseguia apoio de parte (cada vez menor) dos torcedores romanistas.

Roma joga para continuar tendo chances de algo relevante na Serie A

Não é surpresa alguma que a Roma não esteja nem perto da disputa pelo título do Campeonato Italiano — a última vitória romanista no torneio data ainda de 2023, mais especificamente no dia 23 de dezembro, quando a equipe venceu o Napoli, outra equipe que também faz temporada bem abaixo do esperado. O que está em jogo agora é que, em pleno janeiro, com metade da temporada a ser disputada, a Roma pode começar a dar adeus às chances de competições europeias se continuar na atual toada.

Atualmente nona colocada na Serie A, a Roma, apesar da derrota para o Milan, ainda deu alguma sorte na rodada com os resultados de seus adversários diretos por vagas em competições europeias. Quarta colocada, a Fiorentina só empatou com a Udinese e está cinco pontos na frente dos romanistas; a Lazio, que venceu seu quarto jogo consecutivo, e chegou a 33 pontos contra 29 dos arquirrivais. Bologna, que perdeu para o Cagliari, estacionou em 32, enquanto Napoli, que venceu a Salernitana, ficou com 31. E exceção maior fica por conta da Atalanta, que simplesmente enfiou 5 a 0 no Frosinone e se fixou na quinta colocação do torneio.

Vencer o Hellas Verona, então, tornou-se crucial para a Roma: se não sair de campo com a vitória, dificilmente se manterá por muito tempo na posição de ainda disputar vaga nas competições europeias. E a situação pode piorar, já que Paulo Dybala, um dos principais atletas do time na atual temporada, pode estar de malas prontas para deixar a Itália.

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Tensão em torno da possível saída de Dybala faz a Roma sofrer também fora de campo

Autor de cinco gols e seis assistências nos 13 jogos que participou na temporada, o argentino Paulo Dybala tem uma cláusula em seu contrato que o faz, durante janeiro, ser uma barganha para qualquer clube que não atue no futebol italiano. Para tirá-lo da Roma, o interessado que jogue fora da Itália teria de pagar míseros 12 milhões de euros, o que deixa a situação tensa para torcedores romanistas.

Até que a cláusula deixe de valer, no final de janeiro, quando a janela de transferências do inverno na Europa se fecha, a dúvida sobre a saída de Dybala irá pairar sobre o Olímpico, trazendo ainda mais dúvidas sobre o restante da temporada. Interessado, o Chelsea é tido como principal destino possível e depende mais de negociação com o próprio jogador, já que o valor da multa está longe de ser problema para os Blues.

Neste cenários de (muitas) incertezas para o restante da temporada, resta à Roma vencer o Hellas Verona e tentar colocar um ponto final no período de derrotas e eliminações. É o primeiro passo para arrumar uma casa que está bagunçada demais e, em caso de derrota, pode se transformar em (mais um) passo em direção a um precipício que o torcedor romanista não esperava cair por agora.

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