Seis meses depois do caso de racismo contra Kevin Prince-Boateng, seis torcedores do Pro Patria foram condenados à prisão. Os agressores passarão de 40 dias a dois meses na cadeia, além de serem multados em € 10 mil euros. A promotoria, no entanto, haviam solicitado penas de quatro a seis meses aos acusados.
O episódio aconteceu em amistoso disputado pelo Milan durante a intertemporada. Por conta de cantos racistas dos torcedores, Boateng chutou a bola em direção às arquibancadas, tirou a camisa e deixou o gramado. O meio-campista foi acompanhado pelos outros jogadores rossoneri, incluindo Urby Emanuelson, Sulley Muntari e M’Baye Niang, que também foram vítimas de agressões.
Depois do caso, Boateng tornou-se símbolo na luta contra o racismo no futebol. Apesar das críticas de alguns dirigentes a sua atitude, incluindo Joseph Blatter, o ganês se tornou membro na força tarefa criada pela Fifa para discutir a questão, ao lado de Jozy Altidore. Já na última semana, a entidade aprovou regulações mais rígidas para casos do tipo.
Aplicar punições desportivas mais rígidas é uma necessidade, mas a prisão dos torcedores dá um exemplo ainda maior. A questão do racismo vai muito além dos gramados e precisa ser tratada como crime que é, resultando em penas necessária aos infratores. Logicamente, os clubes também precisam pagar pelas infrações em suas arquibancadas. Resta saber se a atitude se tornará costumeira no futebol italiano, onde o problema é tão arraigado, ou se limitará a um clube nanico como o Pro Patria.