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Higuaín foi tão bem recebido no San Paolo quanto se poderia imaginar

Gonzalo Higuaín deixou muita gente brava em Nápoles, quando aceitou se transferir para a Juventus. E, pelo jeito, ele ainda não foi perdoado pela torcida. No último domingo, retornou ao San Paolo pela primeira vez, com a camisa da Velha Senhora, e, diante de 50 mil pessoas, foi recebido com todo o carinho que se poderia imaginar: nenhum.

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Higuaín não foi muito bem no empate por 1 a 1. Deu apenas um chute a gol e não tocou na bola nenhuma vez dentro da área do Napoli. Resultado também das circunstâncias da partida. A Juventus abriu o placar bem no começo e basicamente apenas se defendeu durante os minutos restantes. Aceitou o domínio do time da casa, que precisava muito mais ganhar o jogo, o que sempre prejudica o centroavante.

“Ele não é um robô, é um cara muito sensível”, justificou o técnico da Juve, Massimiliano Allegri. “Ele fez uma boa partida. É normal que não seja fácil, depois de três anos, vir a Nápoles e ouvir o estádio inteiro te vaiando”.

E foi realmente isso que aconteceu. Vaias muito altas quando o nome de Higuaín foi anunciado pelo alto-falante, antes da partida, quase sempre que ele tocava na bola e no minuto 71, em referência à Smorfia, um livro dos sonhos tradicional entre os napolitanos, com números que são frequentemente usados para jogar na loteria. O número 71 tem um sentido, digamos, pejorativo: “homem de merda”.

As vaias antes da partida

As vaias no minuto 71

 

 

Durante a partida

  Higuaín e a privada

Higuaín, camisa 71, no fundo de uma privada, com a mensagem, em tradução livre, "um dia, de repente, você acaba indo parar no banheiro" (Foto: Getty Images)
Higuaín, camisa 71, no fundo de uma privada, com a mensagem, em tradução livre, “um dia, de repente, você acaba indo parar no banheiro” (Foto: Getty Images)

 

 

Os cartazes nas arquibancadas

Os cartazes com "71" nas arquibancadas do San Paolo (Foto: Getty Images)
Os cartazes com “71” nas arquibancadas do San Paolo (Foto: Getty Images)
Foto de Bruno Bonsanti

Bruno Bonsanti

Como todo aluno da Cásper Líbero que se preze, passou por Rádio Gazeta, Gazeta Esportiva e Portal Terra antes de aterrissar no site que sempre gostou de ler (acredite, ele está falando da Trivela). Acredita que o futebol tem uma capacidade única de causar alegria e tristeza nas mesmas proporções, o que sempre sentiu na pele com os times para os quais torce.
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