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Argentinos decidem. E Juve supera Milan sem problemas

Não adianta: Gonzalo Higuaín e Paulo Dybala convivem com a desconfiança já há um bom tempo. Sempre se fala que não jogam tanto quanto se apregoa por aí, que negam fogo na hora de jogos decisivos (e aqui Higuaín é a vítima maior das imprecações), que devem jogar mais e melhor pela seleção da Argentina. As críticas têm lá sua razão de ser. Mas é justo reconhecer: de vez em quando, ambos chamam a responsabilidade e decidem. Foi o que aconteceu em Milão, na 11ª rodada do Campeonato Italiano. A dupla argentina foi decisiva nos dois gols da vitória por 2 a 0 no clássico contra o Milan, que manteve a Juve à espreita de Internazionale e Napoli na disputa da liderança.

E até que vontade não faltou para o Milan. Os jogadores rossoneros tiveram oportunidades de gol no começo do jogo. Como aos dois minutos, quando Ricardo Rodríguez cobrou falta que precisou ser afastada com os punhos por Gianluigi Buffon. No entanto, logo os visitantes de Turim souberam impor a maior qualidade técnica. Quase marcaram aos 16, quando Dybala bateu de fora da área, para a defesa de Gianluigi Donnarumma. Até que aos 23′, a dupla argentina apareceu. Dybala escorou a bola para Higuaín, e da entrada da área, o atacante bateu firme, no canto esquerdo de Donnarumma, para o 1 a 0 bianconero em San Siro – 100º gol de “Pipita” em jogos pelo Campeonato Italiano.

Depois, o Milan é que tentou mais o empate. Ele quase veio aos 25, em bom cruzamento de Fabio Borini, que apenas chegou rápido demais para Nikola Kalinic. E principalmente aos 36, ainda no primeiro tempo: Hakan Çalhanoglu cruzou, Rodríguez desviou, e Kalinic completou de cabeça, dividindo com Buffon no ar. A bola bateu na trave, e só não houve consequências maiores porque Daniele Rugani tirou de cabeça, sendo celebrado pelo goleiro da Juve.

Só que no segundo tempo, a dupla Dybala-Higuaín decidiu atacar de novo. E decidiu o jogo: aos 18 minutos, em passe de Kwadwo Asamoah, Dybala fez o corta-luz, deixando Higuaín livre para bater, fazer 2 a 0 e definir a vitória bianconera, diante de um Milan cada vez mais pressionado, sem confiança alguma – nem da diretoria (o trio de diretores saiu das tribunas do estádio Giuseppe Meazza antes mesmo do fim do jogo), nem da torcida (alguns adeptos saíram das cadeiras aos 40 minutos do segundo tempo).

Enquanto isso, Dybala e Higuaín ganham um pequeno respiro das cornetas. Até a próxima decepção…

 

 

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