Itália

Carrasco do Barcelona ‘treina sozinho’ no Milan para ganhar R$ 24 milhões por ano

Divock Origi está 'encostado' no clube italiano e conta com contrato generoso para se manter satisfeito

Dentre os vários traumas da torcida do Barcelona nos últimos anos, poucos foram iguais à semifinal da Champions League de 2019, quando venceu o Liverpool por 3 a 0 na ida e conseguiu sofrer 4 a 0 na volta, abrindo o caminho para o título europeu dos ingleses.

Os Reds conseguiram esse feito mesmo sem Salah e Firmino, dois dos principais craques da época, muito bem substituídos por Divock Origi.

O atacante belga iniciou a goleada concluindo cruzamento de Henderson e fez o quarto, definitivo para classificação, em uma icônica cobrança de escanteio de Alexander-Arnold que deixou toda defesa catalã paralisada.

Passados mais de cinco anos dessa temporada, na qual Origi também marcou um gol na final da Champions contra o Tottenham, o centroavante definitivamente vive outra realidade no Milan, clube que defende desde 2022 — mesmo que com salário generoso.

Origi treina em separado no Milan, mas segue lucrando com alto salário

No início da temporada atual, ao retornar de empréstimo no Nottingham Forest, o atacante de apenas 29 anos foi informado que seria “rebaixado” ao time sub-23 do Rossonero.

— Origi e [Fodé] Ballo-Touré estão convocados, mas no Milan Futuro [nome do time que disputa a Série C]. Eles não fazem parte do projeto do time principal — disse o diretor Zlatan Ibrahimović ainda em julho. Foi a última vez que o nome do belga foi citado por pessoas do Milan.

Ele nunca chegou a atuar pela equipe de garotos da terceira divisão (diferente de Ballo Touré) e não entra em campo em jogos oficiais desde abril.

Origi nem ao menos trabalha no CT do Milan com o técnico Paulo Fonseca e, recentemente, foi visto fazendo trabalhos individuais com um personal em Florença e em Roma, já que precisa ficar pelo menos metade de um ano na Itália por conta de questões fiscais.

Mesmo com essa triste situação, o belga pelo menos algo para celebrar: seu contrato. Vindo de graça em 2022, o staff do jogador firmou um incrível salário anual de 4 milhões de euros (cerca de R$ 24,2 milhões), segundo informações do jornal italiano Gazetta dello Sport.

Os vencimentos mensais são acima de 300 mil euros (R$ 1,8 milhão) e o vínculo é até junho de 2026. Ou seja, se cumprir seu contrato até o fim, o Milan terá gasto 16 milhões de euros (R$ 97 milhões) em salários para Origi.

A ver se o jogador prefere continuar com um acordo financeiro acima da média ou quer ter algum desafio em outro lugar a partir de janeiro, quando abre a próxima janela de transferências, sabendo que não terá o mesmo salário.

O Liverpool se despede de Origi, o centroavante dos gols agonizantes, um predestinado a ser ídolo em Anfield

A decepcionante passagem do belga na Itália

Contratado logo após o título da Serie A em 22, Origi chegou com um status que não conseguiu cumprir. Na temporada 2022/23, fez 36 jogos, mas apenas 10 como titular. Foram dois gols, ambos no Campeonato Italiano e de pouca importância. Inclusive, em maio do ano passado vestiu pela última vez a camisa rossonera.

Por conta do salário, foi emprestado já na temporada seguinte, retornando à Inglaterra. Em um ano no Forest, Divock só marcou um gol em 22 partidas, novamente quase todas saindo do banco de reservas.

Ele até chegou a ser especulado no Fenerbahçe na última janela, um desejo antigo, mas o negócio não evoluiu.

Foto de Carlos Vinicius Amorim

Carlos Vinicius AmorimRedator

Nascido e criado em São Paulo, é jornalista pela Universidade Paulista (UNIP). Já passou por Yahoo!, Premier League Brasil e The Clutch, além de assessorias de imprensa. Escreve sobre futebol nacional e internacional na Trivela desde 2023.
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