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Na Roma, Dybala redescobriu a alegria e encontrou um técnico que o ama, diz Mourinho

O argentino saiu do banco de reservas para forçar a prorrogação contra o Feyenoord nas quartas de final da Liga Europa

Paulo Dybala era dúvida para o jogo de volta das quartas de final da Liga Europa contra o Feyenoord no Estádio Olímpico. Começou no banco de reservas, entrou aos 28 minutos do segundo tempo e, no apagar das luzes, fez o gol que forçou a prorrogação, durante a qual a Roma marcou mais duas vezes, venceu por 4 a 1 e avançou às semifinais. Nada muito diferente do que tem feito em toda a temporada, como uma referência técnica do time da capital italiana, redescobrindo a alegria de jogar futebol e com um técnico que o ama, segundo José Mourinho.

Dybala chegou à Roma no começo da temporada, ao fim do seu contrato com a Juventus. Apesar de alguns problemas físicos, tem sido muito importante, com 16 gols em 33 partidas por todas as competições. Ele tem vínculo até 2025, mas por que deixaria um lugar em que está tão feliz? “Ele reencontrou a alegria perdida. Encontrou um treinador que o ama. Ele pode pensar que pode jogar em um dos maiores times do mundo, e está certo, mas aqui encontrou um espaço de muito amor e alegria”, afirmou Mourinho, depois da vitória sobre o Feyenoord.

Mourinho disse aos jogadores que esta partida seria diferente, provavelmente decidida nos minutos finais. A sua ideia era tirar Dybala e Tammy Abraham do banco de reservas para aquele momento, e o plano quase foi prejudicado pela lesão de Wijnaldum no primeiro tempo. “Este time tem valor. Jogou muito bem em uma partida difícil de jogar e administrar. A lesão de Wijnaldum não ajudou a manejar um jogo assim porque me tirou uma oportunidade de mudança, sabendo que tinha uma alteração reservada para Dybala, mas os rapazes, com inteligência e vontade, fizeram uma grande partida contra um ótimo time, mas nós fomos superiores”, afirmou.

“Por jogos assim entende-se por que tenho tantos cabelos brancos: 150 jogos, acho, de competições europeias, eu vi de tudo. Eu havia dito aos jogadores que seria diferente, o importante era ficar tranquilo”, acrescentou Mourinho, que sempre foi um treinador muito personalista e midiático, mas está em uma fase da carreira em que, segundo ele, os jogadores são os mais importantes.

“E eu sou o último. O que eu quero é deixar a torcida feliz, colocar os rapazes em condições de melhorar. Estou orgulhoso disso. Tenho certeza que a torcida ficou feliz com o que fizemos, com nossos limites, mas lutando até o último minuto. Minha alegria é normal, por ter vencido e pelo modo como o time jogou. Pela alegria dos torcedores. Durante a partida, eu também pensei que, se não tivéssemos vencido, teria voltado para casa orgulhoso dos rapazes. São coisas inegociáveis, e meus rapazes entenderam perfeitamente. Antes do jogo eu disse: ou vencemos ou voltamos para casa exaustos. Vencemos e merecemos”, completou.

Com a punição da Juventus revertida, a Roma caiu para o quarto lugar, com três pontos de vantagem para o Milan, e continua brigando por vaga na Champions League contra a Atalanta na próxima segunda-feira.

Foto de Bruno Bonsanti

Bruno Bonsanti

Como todo aluno da Cásper Líbero que se preze, passou por Rádio Gazeta, Gazeta Esportiva e Portal Terra antes de aterrissar no site que sempre gostou de ler (acredite, ele está falando da Trivela). Acredita que o futebol tem uma capacidade única de causar alegria e tristeza nas mesmas proporções, o que sempre sentiu na pele com os times para os quais torce.
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