Salvatore Schillaci, artilheiro da Itália na Copa de 1990, morre aos 59 anos

Salvatore Schillaci, o “Totò”, ícone do futebol italiano e artilheiro da Copa do Mundo de 1990, faleceu nesta quarta-feira (18), aos 59 anos, após vítima de um câncer de cólon.

O ex-atacante estava hospitalizado desde o início de setembro em Palermo, sua cidade natal, e seu estado de saúde havia piorado nas últimas 24 horas, conforme informou o hospital local.

Schillaci, que brilhou nos gramados italianos, é lembrado por sua atuação memorável na Copa de 1990, disputada em seu país, quando surpreendeu o mundo ao se tornar o artilheiro do torneio com seis gols.

A Federação Italiana de Futebol (FIGC) emitiu um comunicado lamentando a perda de uma de suas grandes lendas. O presidente da entidade, Gabriele Gravina, disse que a alegria e paixão de Schillaci pelo esporte permanecerão para sempre na memória do futebol italiano.

Popò Schillaci construiu carreira na Itália e brilhou na Copa de 1990

Salvatore Schillaci, nascido em Palermo em 1º de dezembro de 1964, foi um atacante que conquistou fama mundial durante a Copa do Mundo de 1990. Suas atuações inspiraram a seleção italiana.

Até então, Schillaci não era um nome amplamente conhecido, mas sua ascensão meteórica no torneio, marcada por seus seis gols, o transformou em herói nacional.

Seu desempenho foi fundamental para que a Itália alcançasse o terceiro lugar na competição, e ele foi eleito o melhor jogador, além de garantir a chuteira de ouro com a artilharia de seis gols.

Antes de sua campanha histórica na Copa do Mundo, Schillaci fez seu nome jogando no Messina, clube da Série B italiana, onde marcou 39 gols em 105 partidas entre 1982 e 1989.

Em 1989, ele se transferiu para a Juventus, onde ficou durante três temporadas, conquistando a Copa da Uefa em 1990. Pelos bianconeri, Schillaci marcou 36 gols em 132 jogos.

Após a passagem por Turim, Schillaci se transferiu para a Inter de Milão, com quem disputou 36 partidas e marcou 12 gols entre 1992 e 1994.

Sua carreira também o levou ao Japão, onde foi o primeiro jogador italiano a atuar no país asiático, pelo Jubilo Iwata, até 1997, marcando 65 gols.

Paixão e esforço de Schillaci são lembrados pelos italianos

Apesar de ter jogado apenas 16 partidas pela seleção italiana, Schillaci foi imortalizado pela Copa de 1990, em especial por suas notti maghice (noites mágicas), como os italianos apelidaram seu desempenho naquela edição.

Além de seu segundo lugar na disputa da Bola de Ouro daquele ano, ficando atrás apenas de Lothar Matthäus, virou o símbolo da paixão e do esforço que personificou a Squadra Azzurra naquele mundial.

Schillaci deixa três filhos e sua esposa, além de um legado eterno no futebol.