Southgate confirma Rooney e rebate os críticos: “Somos um país estranho”
O técnico Gareth Southgate confirmou o retorno de Wayne Rooney à seleção inglesa, nesta quinta-feira, ao inclui-lo na lista de 28 jogadores que enfrentarão os Estados Unidos, amistoso que se tornou o jogo de despedida do atacante do DC United, e a Croácia, partida decisiva da Liga das Nações – Rooney enfrentará apenas os americanos. Do passado ao futuro, Southgate convocou o atacante Callum Wilson, do Bournemouth, pela primeira vez.
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O retorno de Rooney à seleção inglesa, dois anos depois de sua última partida, foi recebido com muitas críticas. Alguns argumentaram que a ideia desvalorizaria o mérito de disputar uma partida pelo time nacional, outros que tiraria a chance de um jovem jogador, embora o planejado seja Rooney atuar apenas alguns minutos como substituto no segundo tempo do jogo em Wembley contra os americanos.
Reagindo a essas críticas, Southgate disse que a Inglaterra é um país estranho. “Porque lamentamos o fato de não termos vencido tanto quanto gostaríamos e então temos um jogador que deveria ser considerado no mais alto patamar e estamos perdendo muito tempo justificando um tributo a ele”, disse. “Acho que há vários exemplos de pessoas que jogaram pela Inglaterra em circunstâncias diferentes. O fato é que é uma oportunidade de fazer um tributo ao que ele conquistou”.
“Se alguém merece mais uma partida pela Inglaterra, é alguém que já jogou 119 vezes por ela, mais do que alguém que jogou uma vez ou algumas vezes. Ele mereceu essa partida ao longo de 10 anos e seis grandes torneios com a Inglaterra e sendo o maior artilheiro da história do time. Do meu ponto de vista, estou ansioso para vê-lo, trabalhar com ele nos próximos dias e lhe dar a despedida que merece, o que nem sempre é possível para os jogadores. Tenho certeza que o público lhe dará o tratamento que ele merece”, completou.
Southgate contou que, se dependesse dele, o tributo a Rooney seria realizado antes da Copa do Mundo. Mas o próprio jogador pediu para ser depois do torneio na Rússia, para não tirar a concentração dos seus companheiros. “Agora temos a oportunidade com um jogo em Wembley. Eu ainda sou capaz de olhar para o futuro da equipe, eu escolhi algumas coisas que quero ver, mas eu também conversei bastante com os jogadores sobre a importância da camisa, da história, de honrar ex-jogadores. Trouxemos vários ex-jogadores para conversar com o time e todos respeitam que a contribuição de Wayne merece a melhor despedida possível. Eu entendo que isso causou muito debate, mas, para mim, é uma pequena maneira de apreciar o que ele fez pelo país”, disse.
Uma das novidades é o atacante Callum Wilson, 26 anos, que recebe sua primeira chance pela seleção inglesa. Ele tem atuado muito bem pelo Bournemouth, sexto colocado da Premier League, com seis gols e quatro assistências em 11 rodadas. “Ele é uma ameaça correndo por trás das defesas. Ele esteve envolvido, entre gols e assistências, em um alto número de gols nesta temporada, então é uma boa oportunidade para vê-lo e observar como ele se encaixa no que fazemos”, explicou.