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Ward-Prowse aumenta o drama do Chelsea com um golaço de falta que dá a vitória ao Southampton

Especialista em cobranças de faltas, Ward-Prowse marcou o único gol do jogo em Stamford Bridge e aumentou a série de jogos sem vencer do Chelsea pra quatro

O Southampton aumentou a má fase do Chelsea neste sábado ao vencer por 1 a 0, em pleno Stamford Bridge, graças a um golaço de James Ward-Prowse, de falta. Os Blues chegaram a quatro jogos consecutivos na Premier League sem vencer, mesmo após a chuva de contratações em uma janela de inverno que foi recorde.

É bom lembrar que o momento do Southampton também não é bom. O time demitiu o treinador Nathan Jones e ainda não conseguiu contratar um substituto. Rubén Sellés, interino, foi quem comandou a equipe, montada em um tradicional 4-4-2. Apesar do técnico interino, o time mostrou um jogo coletivo bastante interessante, bem armado e organizado, especialmente na defesa.

No Chelsea, o técnico Graham Potter colocou cinco jogadores contratados em janeiro como titulares: o zagueiro Benoit Badiashile, que chegou do Monaco, Enzo Fernández, vindo do Benfica, João Félix, contratado do Atlético de Madrid, Noni Madueke, vindo do PSV, e David Datro Fofana, que chegou do Molde. Com tantas caras novas e mudanças, o esperado aconteceu: o time não pareceu ter qualquer coesão. Ficou com cara de time reserva escalado antes de grandes jogos, sem ter hábito de jogar junto.

Com tudo isso, o Southampton ameaçou com Kamaldeen Sulemana, que aproveitou um passe errado para trás de Badiashile para finalizar e exigir uma grande defesa de Kepa Arrizabalaga para impedir o gol. O primeiro tempo seria fraco, sem grandes oportunidades e com um Chelsea que seguia com muitos problemas para criar chances de gol.

Assim, tudo indicava que a partida iria para o intervalo sem gols. Nos acréscimos do primeiro tempo, James Ward-Prowse teve a chance em uma cobrança de falta, sua especialidade. E o camisa 8, capitão dos Saints, cobrou com a categoria habitual: colocou fora do alcance de Kepa Arrizabalaga e saiu para o abraço: 1 a 0 para os visitantes em Stamford Bridge.

Com isso, os Blues foram para os vestiários ainda mais pressionados e com algumas vaias da torcida em Stamford Bridge. A pressão aumentou ainda mais sobre o time comandado por Potter. Como era de se esperar, o time veio com mudanças para o segundo tempo: Wesley Fofana e Raheem Sterling substituíram Kalidou Koulibaly e David Datro Fofana. Os Saints também mexeram, colocando três jogadores descansados logo depois, aos 14 minutos.

Ainda sofrendo ofensivamente, Kai Havertz foi colocado em campo no lugar de Mason Mount, que pareceu desconfortável jogando aberto pela esquerda para que João Félix atuasse pelo meio, quase como um seguindo atacante atrás de David Datro Fofana. Nada funcionou. Então entrou também Mykhaylo Mudryk, que substituiu o jovem Madueke. Uma contratação de janeiro por outra.

Os Saints se fecharam na defesa, tirando espaço do Chelsea, que gosta de correr com a bola e tem dificuldades em jogar criando no meio com paciência. Assim, o que se viu foi o Chelsea pressionar quase que só na base do abafa, de ir para cima com tudo que tem, com muita determinação, mas com pouquíssima organização de movimentos ofensivos. No fim do jogo, Azpilicueta ainda precisou ser substituído dando um susto na torcida por uma lesão na cabeça. Ainda não se sabe a situação dele, mas a pancada na cabeça foi forte.

No fim, a vitória do Southampton por 1 a 0 pesa mais ainda na má fase do Chelsea, que continua sendo um time muito caro, mas sem qualquer coesão e perdido em suas ideias. O bom técnico Graham Potter vive uma pressão cada vez maior e a possibilidade de não ter qualquer competição europeia para disputar na próxima temporada está cada vez mais perto.

Foto de Felipe Lobo

Felipe Lobo

Formado em Comunicação e Multimeios na PUC-SP e Jornalismo pela USP, encontrou no jornalismo a melhor forma de unir duas paixões: futebol e escrever. Acha que é um grande técnico no Football Manager e se apaixonou por futebol italiano (Forza Inter!). Saiu da posição de leitor para trabalhar na Trivela em 2009, onde ficou até 2023.
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