Liverpool esclarece proibição de bandeira do Japão em jogo da Premier League

O Liverpool esclareceu que a proibição de um torcedor entrar com uma bandeira customizada do Japão em homenagem a Wataru Endo foi um erro. O clube afirmou que a política de proibir bandeiras foi erroneamente interpretada pelos funcionários em Anfield no jogo diante do Nottingham Forest, no último domingo (29).

A confusão se deu por uma orientação da Premier League, que proibiu bandeiras de Israel e Palestina nos jogos da liga, após o início do conflito entre os dois países no início de outubro. Os funcionários do estádio admitiram que foi um erro confiscar a bandeira em homenagem a Endo, porque ela não feria qualquer das proibições feitas.

Segundo o Liverpool, bandeiras de países isoladamente são proibidas, mas se elas estão claramente relacionadas a um jogador ou ao clube, então são permitidas, desde que sigam os requerimentos de tamanho e tenham um certificado de segurança contra incêndios.

O torcedor Mark Sweatman foi quem levou a faixa para ser colocada na Main Stand e já levou a bandeira a outros jogos do Liverpool nesta temporada, desde que o volante japonês foi contratado, em agosto. A bandeira levada pelo torcedor combina a bandeira do Japão com o nome do jogador.

Sweatman tem 45 anos e tem uma relação próxima com o Liverpool. Ele é um professor que tem um negócio de produção manual de bandeiras. Ele já foi contratado pelo Liverpool para fazer diversos projetos com o seu trabalho sendo exibido nas lojas da LFC em Liverpool e até na Tailândia. Portanto, está acostumado a produzir bandeiras com a temática de futebol e está acostumado também a levar bandeiras para Anfield.

Na terça-feira (31), Sweatman foi informado que os stewards estavam errados em o tratar como o trataram no domingo, suas bandeiras eram grandes demais para serem mostradas na Main Stand. O Liverpool só permite bandeiras e banners de até 2m x 1m tanto no setor Kop quando no setor de visitantes. A bandeira de Endo tem 2,4m x 1,4m.

“Sinto que me puniram por fazer barulho no domingo”

Mark Sweatman ficou bastante insatisfeito com a situação e até deixa no ar que a proibição da sua bandeira, mesmo após o esclarecimento, desta vez pelo tamanho, soa como uma represália por ele ter reclamado do que aconteceu no domingo.

“Estou absolutamente devastado”, afirmou Swatman, em entrevista ao The Athletic. “Mostrei diversas bandeiras no mesmo lugar em todos os jogos em casa desde que a Main Stand abriu, em 2016. Eles não eram grandes demais nos últimos sete anos. O clube até fez matérias no seu programa de jogo e o site do clube anteriormente dizendo aos torcedores onde eles podem ver o meu trabalho no estádio”.

“Sinto que eles decidiram me punir por fazer barulho no domingo, quando me disseram que eu não poderia levar a bandeira de Endo porque era uma ‘bandeira nacionalista’ e contra as regras”, afirmou o torcedor. “Primeiramente, eles pediram desculpas pela razão que me foi dada, mas então eles disseram que eu nunca deveria ter recebido permissão para a minha bandeira na Main Stand”.

“Eles me ligaram de volta para dizer que querem continuar trabalhando comigo, mas que minhas bandeiras precisam estar dentro dos requisitos de tamanho daqui para frente. Eles disseram que eu posso levar versões menores das minhas bandeiras, mas aquela de Endo me custou cerca de 200 libras em materiais e cerca de 20 horas de trabalho para produzir. Quem irá pagar por isso? Não parece justo”, continuou.