Premier League define limite para comemorações provocativas: ‘Precisamos lidar com isso’
Após provocação do Arsenal no final de semana, diretor da liga inglesa indica linha dura em celebrações

Em 25 de janeiro, Iliman Ndiaye marcou o gol da vitória do Everton sobre o Brighton pela Premier League e decidiu imitar na comemoração uma gaivota, animal mascote do adversário. O atacante foi advertido com cartão amarelo porque o árbitro considerou uma provocação e essa atitude parece que se tornará mais comum na Inglaterra.
Em declarações para mídia inglesa nesta semana, o diretor de futebol da liga inglesa, Tony Scholes, definiu que há uma linha entre provocações “divertidas” e outras que buscam zombar ou criticar adversários, sejam outros jogadores, um clube ou uma torcida.
— Há uma linha, não há? Há também um equilíbrio. Gostamos de ver celebrações. Algumas foram muito engraçadas, divertidas. Mas há uma linha e, uma vez que ela cruza para a zombaria ou a crítica, então precisamos lidar com isso.
Segundo as regras da Federação Inglesa (FA, na sigla em inglês), as comemorações não devem ser “excessivas” e “causar excessiva perda de tempo” As advertências, como cartões amarelos, podem ser usadas caso o jogador “gesticule ou aja de forma provocativa, irrisória ou inflamatória”.
Os vários casos de provocações só nesta temporada da Premier League
O cartão sofrido por Ndiaye é muito raro e há vários exemplos de comemorações com provocações. Como no último final, quando o Arsenal goleou o Manchester City por 5 a 1, o jovem Lewis-Skelly comemorou meditando, como faz Erling Haaland do adversário.
Gabriel Magalhães também celebrou gritando bem próximo do norueguês em um dos gols, uma clara resposta a provocações feitas no duelo do primeiro turno pelo atacante.
Imitar uma celebração foi o mesmo caminho que tomou Neal Maupay ao cravar contra o Tottenham, quando defendia o Brentford, ainda no começo de 2024, e atirar um dardo, como faz Maddison, que criticou a imitação em entrevista pós-jogo.
Já Jamie Vardy, do Leicester, foi outro que se envolveu com provocações, mas diretamente para torcida dos Spurs. Ele marcou um dos gols na vitória por 2 a 1 no dia 26 do último mês e gesticulou para torcida que tem um título de Premier League, de 2016, enquanto o adversário não possui nenhuma taça.
Ainda mais grave, Phil Foden, do City, e Joshua Zirkzee, do Manchester United, celebraram gols como se estivessem atirando na torcida adversária com armas. Em nenhum desses casos houve punição pelo árbitro durante o jogo ou pela PGMOL, a associação dos árbitros ingleses, após as respectivas partidas.