Premier League

Para Klopp, derrota em casa para o Chelsea foi um grande golpe nas pretensões por vaga na Champions

O desempenho do Liverpool em Anfield Road foi um dos grandes responsáveis pela histórica campanha na última temporada, quando, enfim, conquistou a Premier League. Em 2019/20, foram 18 vitórias e um empate em casa. Nesta, em 2020/21, os Reds fizeram 14 jogos, com sete vitórias, dois empates e cinco derrotas. Todas as derrotas são consecutivas: nas últimas cinco vezes que jogou em casa, o time perdeu. A mais recente foi nesta quinta, para o Chelsea, por 1 a 0.

Com isso, o técnico Jürgen Klopp já deixou claro que ficar entre os quatro primeiros colocados e se classificar à Champions League se tornou uma missão difícil. Atualmente, sua equipe está em sétimo na tabela e a quatro pontos do Chelsea, atual quarto colocado. Entre os Blues e os Reds, ainda estão Everton, em quinto, e West Ham, em sexto.

“Foi um grande golpe [às pretensões de chegar à Champions League]”. Ainda não acabou, mas nós não temos que falar sobre isso se perdemos tantos jogos, não temos o direito de ir para a Champions League”, disse Klopp, quando perguntado sobre a questão da disputa por vaga entre os quatro primeiros. “Nós temos que vencer jogos e sabemos disso, iremos trabalhar nisso, mas por hoje, foi o bastante”.

São 10 horas consecutivas do Liverpool sem gols jogando em casa. O time conquistou só um ponto dos últimos 21 disputados em casa desde o Natal, com dois gols marcados, um deles de pênalti. O incrível é que o time ficou quase quatro anos sem ser vencido jogando em casa, mas nas últimas quatro semanas já acumulou mais derrotas nos seus domínios do que nos últimos cinco anos – ou seja, em todo o período de Klopp.

“Um jogo intenso, apertado, um momento decisivo acabou decidindo o jogo com a qualidade de Mason [Mount, autor do gol da vitória do Chelsea]. Não aproveitamos as nossas chances. Isso basicamente explica o resultado. Eu tento ser o mais honesto possível, eu disse aos rapazes o que eu vi nesta noite. Não é que procuremos qualquer tipo de desculpa no momento”, continuou o treinador alemão.

“Estes jogos são decididos em momentos e para conseguir esses momentos de novo é preciso lutar e às vezes em um nível diferente. Não se trata de tática. Se trata de ser resiliente e coração”, continuou Klopp. “Não culpamos as circunstâncias. Há apenas uma pessoa para se criticar. Isso sou eu e somos nós. Foi isso que eu disse aos rapazes”.

Um dos pontos que gerou controvérsia na partida foi a substituição de Mohamed Salah, que pareceu sair de campo insatisfeito. “Quando os rapazes parecem decepcionados não é um problema. Eu não vi o que Mo [Salah] fez. A razão para a substituição foi essa [colocar alguém descansado], e eu poderia ter mudado outros jogadores também, é verdade, mas ele pareceu naquele momento que realmente sentiu a intensidade e eu não queria arriscá-lo. Isso é tudo. Eu o conheço tempo suficiente e é realmente raro, já que normalmente ele parece descansado”, explicou o treinador.

Klopp também afirmou que o problema do time não é só em Anfield, embora sejam cinco derrotas seguidas em casa. “Infelizmente não podemos dizer que é só em casa. Não é sobre Anfield ou o que quer que seja, é no geral, é muito frequente. Nos momentos decisivos temos que melhorar. Temos que mostrar a nossa qualidade nestes momentos e não o fazemos faça isso com bastante frequência”, afirmou o alemão.

O Liverpool volta a campo neste domingo, diante do Fulham, novamente pela Premier League. Depois, vai jogar pela Champions League contra o RB Leipzig, depois de ter vencido a partida de ida e ter uma vantagem.

Foto de Felipe Lobo

Felipe Lobo

Formado em Comunicação e Multimeios na PUC-SP e Jornalismo pela USP, encontrou no jornalismo a melhor forma de unir duas paixões: futebol e escrever. Acha que é um grande técnico no Football Manager e se apaixonou por futebol italiano (Forza Inter!). Saiu da posição de leitor para trabalhar na Trivela em 2009, onde ficou até 2023.
Botão Voltar ao topo