Premier League

Perfeito em sua proposta, Chelsea impôs ao Liverpool mais uma derrota em Anfield

O Liverpool tinha 68 jogos de invencibilidade em Anfield pela Premier League. Agora, está há sete rodadas sem vencer como mandante, com cinco derrotas seguidas. A crise do atual campeão inglês aprofunda-se a cada semana, agora derrotado em um confronto direto por vaga na Champions League por um Chelsea que aplicou com perfeição a sua estratégia para sair do estádio com vitória por 1 a 0, a sua primeira na casa dos Reds desde 2014.

O Chelsea segue sem perder pelo Campeonato Inglês desde a chegada de Thomas Tuchel e, embora esteja com certa dificuldade para fazer gols, o seu plano funcionou com perfeição contra o Liverpool. Impecável, a defesa deu pouco espaço para que o ataque sem confiança do adversário engrenasse e, diante de uma pressão muito abaixo do normal para um time de Jürgen Klopp, houve uma enxurrada de lançamentos para acionar Mason Mount ou Timo Werner nas costas da defesa.

Esse foi o fator determinante para a partida. Klopp perdeu seus principais instrumentos de pressão no meio-campo, com Jordan Henderson machucado e Fabinho deslocado à defesa graças ao excesso de lesões, e não tem conseguido encontrar uma solução para compensar com outros jogadores. A formação com Thiago, Curtis Jones e Wijnaldum já fez partidas melhores, mas, nesta quinta-feira, deu muito espaço especialmente para que Jorginho distribuísse bolas longas.

Como aos 24 minutos, quando Werner pegou a linha de defesa vermelha no meio-campo e partiu em velocidade. Alisson, de volta ao gol do Liverpool após um breve tempo afastado pela morte do seu pai, estava adiantado, na entrada da área. Errou o bote, e Werner conseguiu marcar, apesar da recuperação de Ozan Kabak. O atacante alemão, porém, estava centímetros impedido.

O Liverpool até criou alguma coisa no primeiro tempo, especialmente em dois lançamentos bonitos de Salah. Mané recebeu o primeiro em ótima situação dentro da área, mas furou a finalização, e Curtis Jones não conseguiu dominar o segundo. O egípcio foi o mais competente do trio de ataque apagado dos donos da casa e não ficou nada satisfeito de ter sido substituído por Diogo Jota, também de volta ao time, no segundo tempo. E com certa razão: Firmino e Mané estavam sendo menos efetivos.

Antes do intervalo, mais um lançamento do Chelsea pegou a defesa do Liverpool desprevenida e, desta vez, não houve perdão. Kanté atravessou o gramado com um passe longo, Mount dominou na ponta esquerda, levou para dentro, abriu o ângulo e bateu com precisão no canto de Alisson para fazer 1 a 0.

O segundo tempo não fugiu do roteiro. O Liverpool frustrava-se a cada investida para tentar empatar a partida, entre erros dos seus próprios jogadores e ações eficientes da defesa azul, enquanto o Chelsea esperava a chance de matar o jogo. Andrew Robertson cortou uma delas em cima da linha, no rebote de uma defesa de Alisson, que se redimiu bem ao impedir que Mount colocasse a bola entre as suas pernas, após mais uma transição rápida dos Blues nas costas da defesa alta do Liverpool.

Em todos os 90 minutos, apenas uma cabeçada de Wijnaldum representou uma finalização correta do Liverpool. E nem foi perigosa. Embora tenha dado sinais de recuperação com algumas boas vitórias, os Reds seguem incrivelmente irregulares e podem começar a se preocupar com classificação à próxima Champions League.

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Foto de Bruno Bonsanti

Bruno Bonsanti

Como todo aluno da Cásper Líbero que se preze, passou por Rádio Gazeta, Gazeta Esportiva e Portal Terra antes de aterrissar no site que sempre gostou de ler (acredite, ele está falando da Trivela). Acredita que o futebol tem uma capacidade única de causar alegria e tristeza nas mesmas proporções, o que sempre sentiu na pele com os times para os quais torce.
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